"Os cristãos devem fazer escolhas definitivas"
Cidade do
Vaticano (RV) – Entregar-se ao Senhor, inclusive na situações mais
difíceis: esta é a exortação do Papa Francisco, na Missa desta manhã na Casa
Santa Marta. O Papa afirmou que os cristãos são chamados a escolhas
definitivas, como nos ensinam os mártires de todos os tempos. Também hoje,
observou ele, existem irmãos perseguidos que são exemplos para nós e nos
encorajam a nos entregar totalmente ao Senhor.
Escolher Jesus, entregar-se totalmente ao Senhor |
O Papa Francisco
desenvolveu sua homilia a partir das figuras que nos apresentam a Primeira
Leitura, extraída do Livro de Daniel, e o Evangelho: os jovens hebreus escravos
na corte de Nabucodonosor e a viúva que vai ao Templo para adorar o Senhor. Em
ambos os casos, afirmou o Pontífice, estão no limite: a viúva em condição de
miséria; os jovens, de escravidão. A viúva entrega tudo o que tem ao tesouro do
Templo, os jovens permanecem fiéis ao Senhor arriscando a vida:
Os dois – a
viúva e os jovens – arriscaram. Em seu risco, escolherem o Senhor, com um
coração grande, sem interesse pessoal, sem mesquinhez. Não tinham uma atitude
mesquinha. O Senhor é tudo. O Senhor é Deus e se entregaram ao Senhor. E isso
não o fizeram por uma força – permito-me a palavra – fanática, não: 'Devemos
fazer isso Senhor’, não! Há outra coisa: se entregaram porque sabiam que o
Senhor é fiel. Entregaram-se a esta fidelidade que existe sempre, porque o
Senhor não pode se transformar: é fiel sempre, não pode não ser fiel, não pode
renegar a si mesmo.
Esta confiança
no Senhor, acrescentou o Santo Padre, os levou “a fazer esta escolha por Ele”.
Uma escolha que vale seja nas pequenas coisas, seja nas grandes e difíceis
escolhas:
Também na
Igreja, na história da Igreja se encontram homens, mulheres, idosos, que fazem
esta escolha. Quando nós ouvimos a vida dos mártires, quando nós lemos nos
jornais as perseguições contra os cristãos, hoje, pensamos nesses irmãos e
irmãs em situações-limite, que fazem esta escolha. Eles vivem neste tempo. São
um exemplo para nós e nos encorajam a entregar ao tesouro da Igreja tudo o que
temos para viver.
O Senhor, afirmou
ainda o Papa, ajuda os jovens hebreus escravos a saírem das dificuldades e
também a viúva:
Nos fará bem
pensar nesses irmãos e irmãs que, em toda a nossa história, também hoje fazem
escolhas definitivas. Mas pensemos também em tantas mães, tantos pais de
família que todos os dias fazem escolhas definitivas para levar avante sua
família, seus filhos. E isso é um tesouro na Igreja. Eles nos oferecem um
testemunho. Peçamos ao Senhor a graça da coragem, da coragem de prosseguir na
nossa vida cristã, nas situações habituais, comuns, de todos os dias, mas
também nas situações-limite. (BF)
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Francisco logo após a Missa:
"Fé e caridade em primeiro lugar no caminho do cristão"
Cidade do
Vaticano (RV) – Francisco recebeu na manhã de segunda-feira, 25, um grupo
de voluntários que trabalharam nos eventos do Ano da Fé.
“A fé, ao lado
da caridade, ocupa o primeiro lugar no caminho cristão”, começou o Pontífice.
“Eixo da experiência cristã, a fé motiva escolhas e gestos de nosso dia a dia
na família, no trabalho, na paróquia, com os amigos e em vários ambientes
sociais”, continuou.
Fé e caridade: caminho do cristão |
Aos voluntários
reunidos na Sala Clementina, o Papa lembrou que “é justamente nos momentos de
maior dificuldade e provação que os cristãos se deixam conduzir por Deus,
confiam Nele com amor. Nestas situações, quando nos abandonamos a Deus com
humildade, damos um bom testemunho”.
“Em seu precioso
serviço de voluntariado, vocês puderam sentir ainda mais o entusiasmo das
pessoas envolvidas. Testemunhamos que a fé é capaz de aquecer os corações e ser
a força motriz da nova evangelização; pode tornar missionárias as nossas
comunidades”, prosseguiu Francisco.
Agradecendo e
encorajando os voluntários, o Papa fez votos de que a experiência no Ano da Fé
os ajude a abrir-se a si mesmos e suas comunidades ao encontro com os outros,
principalmente os mais pobres de fé e de esperança.
“Muitas pessoas
precisam de um gesto humano, de um sorriso, de uma palavra verdadeira, de um
testemunho através do qual sentir a proximidade de Jesus. Que não falte a
ninguém o sinal de amor e de ternura que nasce da fé”, concluiu o Papa
Francisco. (CM)
Fonte: radiovaticana.va
Fonte: radiovaticana.va
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