segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Composição do conclave e detalhes da eleição do novo papa


Com a renúncia do papa Bento XVI a Igreja Católica deverá organizar o conclave para eleger o seu sucesso e os cardeais com menos de 80 anos serão convocados para a eleição. 
O processo do conclave começa a partir de 28 de fevereiro, quando começa o período de vacância.
Os cardeais eleitores, serão 61 europeus, 19 latino-americanos, 14 norte americanos, 11 africanos, 11 asiáticos e 1 da Oceania. Números que podem variar dependendo da data de início do conclave. O cardeal Walter Kasper, por exemplo, completa 80 anos em 5 de março. A Itália é o país com o maior número de eleitores com 21 cardeais.
Durante o conclave, os cardeais permanecem todo o período da eleição entre uma residência do Vaticano e a Capela Sistina onde votam e não podem ter contato com o mundo exterior e com os meios de comunicação.
A eleição
Os cardeais preenchem um boletim retangular, que traz impressa a menção ‘Eligo in Summum Pontificem’ (elejo como Sumo Pontífice) na parte superior. O boletim é dobrado e é levado para o altar, onde há uma urna em cima de uma mesa, com três cardeais escrutinadores, que foram escolhidos por sorteio.
Ao entregar o seu voto, os cardeais eleitores pronunciam o juramento: “Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”.
Outros três cardeais têm a missão de recolher os votos dos prelados doentes e existem ainda três revisores.
O candidato deve ter, pelo menos, 2/3 dos votos e de acordo com as novas normas estabelecidas pelo Papa João Paulo II em 1996, se não há um eleito após três dias de votação, se realizará uma pausa de um dia; ao fim de outros sete escrutínios ocorre outra pausa de um dia; se o impasse se mantém após mais sete votações, que acontecem em três dias, a eleição faz-se por maioria simples. 
Depois de cada sessão, as fichas dos votos e “os escritos de qualquer espécie relacionados com o resultado de cada escrutínio” são queimados com uma mistura de químicos: se o fumo que sai da chaminé da Capela Sistina for negro, significa que não houve acordo entre os Cardeais; se for branco, que foi escolhido o novo Papa.
Tendo um eleito, ele deve responder a duas questões do cardeal Decano: Acceptasne eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?”, que quer dizer, “Aceitas a tua eleição, canonicamente feita, para Sumo Pontífice?” e “Quo nomine vis vocari?”, que quer dizer, “Como queres ser chamado?”. Esse é o  último ato formal do Conclave.
O novo Papa é conduzido à ‘sala das lágrimas’ para vestir pela primeira vez os paramentos papais, que está disponível em três medidas.
Com a escolha do novo nome, os cardeais um a um prestam homenagem e apresentam a sua obediência ao novo Papa.
Os fiéis ficam sabendo do novo sucessor com o anúncio, feito pelo cardeal protodiácono, Dom Jean-Louis Tauran, que pronunciará as palavras solenes: “Habemus Papam”. Além de anunciar o novo Papa, o Cardeal Dom Jean-Louis também impõe o pálio, uma insígnia litúrgica, no novo Papa na missa de início de pontificado.
                                                                                                      Fonte: http://www.a12.com

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