Com a renúncia
do papa Bento XVI a Igreja Católica deverá organizar o conclave para eleger o
seu sucesso e os cardeais com menos de 80 anos serão convocados para a
eleição.
O processo do
conclave começa a partir de 28 de fevereiro, quando começa o período de
vacância.
Os cardeais
eleitores, serão 61 europeus, 19 latino-americanos, 14 norte americanos, 11
africanos, 11 asiáticos e 1 da Oceania. Números que
podem variar dependendo da data de início do conclave. O cardeal Walter Kasper,
por exemplo, completa 80 anos em 5 de março. A Itália é o
país com o maior número de eleitores com 21 cardeais.
Durante o
conclave, os cardeais permanecem todo o período da eleição entre uma residência
do Vaticano e a Capela Sistina onde votam e não podem ter contato com o mundo
exterior e com os meios de comunicação.
A eleição
Os cardeais
preenchem um boletim retangular, que traz impressa a menção ‘Eligo in Summum
Pontificem’ (elejo como Sumo Pontífice) na parte superior. O boletim é
dobrado e é levado para o altar, onde há uma urna em cima de uma mesa, com três
cardeais escrutinadores, que foram escolhidos por sorteio.
Ao entregar o
seu voto, os cardeais eleitores pronunciam o juramento: “Invoco como testemunha Cristo
Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus,
julgo deve ser eleito”.
Outros três
cardeais têm a missão de recolher os votos dos prelados doentes e existem ainda
três revisores.
O candidato deve
ter, pelo menos, 2/3 dos votos e de acordo com as novas normas estabelecidas
pelo Papa João Paulo II em 1996, se não há um eleito após três dias de votação,
se realizará uma pausa de um dia; ao fim de outros sete escrutínios ocorre
outra pausa de um dia; se o impasse se mantém após mais sete votações, que
acontecem em três dias, a eleição faz-se por maioria simples.
Depois de cada
sessão, as fichas dos votos e “os escritos de qualquer espécie relacionados com
o resultado de cada escrutínio” são queimados com uma mistura de químicos: se o
fumo que sai da chaminé da Capela Sistina for negro, significa que não houve acordo
entre os Cardeais; se for branco, que foi escolhido o novo Papa.
Tendo um eleito,
ele deve responder a duas questões do cardeal Decano: “Acceptasne
eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?”, que quer dizer,
“Aceitas a tua eleição, canonicamente feita, para Sumo Pontífice?” e “Quo
nomine vis vocari?”, que quer dizer, “Como queres ser chamado?”. Esse é o
último ato formal do Conclave.
O novo Papa é
conduzido à ‘sala das lágrimas’ para vestir pela primeira vez os paramentos
papais, que está disponível em três medidas.
Com a escolha do
novo nome, os cardeais um a um prestam homenagem e apresentam a sua obediência
ao novo Papa.
Os fiéis ficam
sabendo do novo sucessor com o anúncio, feito pelo cardeal protodiácono, Dom
Jean-Louis Tauran, que pronunciará as palavras solenes: “Habemus Papam”. Além de anunciar
o novo Papa, o Cardeal Dom Jean-Louis também impõe o pálio, uma insígnia
litúrgica, no novo Papa na missa de início de pontificado.
Fonte: http://www.a12.com
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