O encontro decisivo
É interessante
imaginar como tudo acontecia no tempo em
que Jesus passava pelas terras da Palestina, como
as pessoas se encantavam com a fama de um jovem pregador... Jesus realmente
encantava o povo e de algum modo despertou o interesse dos pescadores do lago
de Genesaré: seu olhar, suas palavras, suas atitudes eram diferentes e
provocavam sentimentos e sonhos...
Simão Pedro, bem
como os outros pescadores, já conhecia Jesus, mas não com profundidade. Teve
uma experiência profunda e decisiva de alguém que transformou a sua vida.
Contudo, não sabia quem realmente era Jesus, qual a sua real proposta, que
caminhos deveria enfrentar e qual seria o seu fim. Somente sabia que aquele
homem mudou a sua vida e que não poderia deixar de segui-lo – algo tão profundo
acabava de acontecer que deixava o passado sem importância. Então, o Simão
pescador se
transformou em pescador
de homens.
A narrativa
revela um pedido desconcertante. Os pescadores já tinham tentado apanhar peixes
a noite toda, mas aceitaram jogar as redes por atenção ao pedido de Jesus. Os
apóstolos perceberam a inutilidade de seu trabalho. Precisavam confiar mais na
graça de Deus do que na inutilidade de seus esforços. Depois de uma fantástica
pesca milagrosa, Simão se reconheceu como pecador, reconheceu a sua pequenez
diante da grandeza de Deus. As palavras do Mestre de Nazaré são decisivas: “Não
temas, doravante serás pescador de homens.” (Lc 5,10b). E o texto ainda
acrescenta que deixaram tudo e seguiram Jesus.
Todos nós
precisamos da mesma experiência de Simão e dos apóstolos. Precisamos de uma
experiência fundante, de um encontro com o Senhor, de uma experiência de
conversão, de um novo sentido para a vida, uma experiência de amor. Corre-se o
risco de vivermos o seguimento sem levar em consideração a experiência decisiva
do primeiro
amor.
Quando somos arrebatados
pela presença amorosa de Jesus, não há outro caminho senão perceber a nossa
fraqueza. Isaías já tinha percebido que era um homem de lábios impuros, São
Paulo que não era merecedor de muita coisa, São Pedro que era, de fato, um
pecador... O toque amoroso de Deus faz com que sintamos a nossa pequenez e que
percebamos que o mais importante é o poder da graça de Deus: “É pela graça de
Deus que sou o que sou” (1Cor 15,10). Se nos abrimos para o amor de Deus que
chama, nossa vida será redimida e vocacionada, a graça não será estéril.
Você pode
encontrar o mesmo Jesus do Mar da Galileia, pode avançar para águas mais
profundas mesmo que pareça sem sentido, pode reconhecer-se pecador diante da
grandeza do amor de Deus, pode escutar a mesma voz do Senhor dizendo vem!
Encontro, disponibilidade, perdão, chamado... Cada uma destas palavras fazem
sentido em nossa existência.
Algumas
perguntas... Quando você encontrou o Senhor? Precisa reencontrá-lo? Precisa
avançar para águas mais profundas? O que denuncia sua pequenez diante da
grandeza do Senhor? Que redes precisa deixar para trás?
Fonte: http://catequeseebiblia.blogspot.com.br
Ilustração: http://filhosdesara.blogspot.com.br
Ilustração: http://filhosdesara.blogspot.com.br
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