Pescar gente
Quando
visualizamos toda riqueza dos ensinamentos de Jesus Cristo, a certo momento, à
beira do Mar da Galileia, em vez de pescar peixes, Ele fala em “pescar homens”.
Quem pesca coloca o peixe dentro da barca e se gloria com a vitória
conquistada. Paralelo a isto, pescar homens significa trazer pessoas para o
próprio convívio, mas também tirá-las do poder da morte.
Na cultura de
morte, Jesus anuncia a esperança para a humanidade. Para Ele, o caminho tem
como meta a ressurreição, mas o trajeto leva em conta o valor do corpo, a
dignidade das pessoas, o cumprimento dos direitos e deveres, inerentes à vida,
que tocam a cada pessoa. A vida assumida com liberdade terá uma continuidade na
ressurreição e na eternidade.
Pescar gente
significa formar comunidade cristã, formar as pessoas nos princípios básicos
para uma vida de fraternidade. Jesus manda lançar as redes em águas mais
profundas, indo de encontro com aqueles que estão numa prática de vida
totalmente isolada e distante da convivência comprometida com o que gera
fraternidade.
Na visão da
pesca, todos nós temos o compromisso de tirar a humanidade do reino destruidor,
contribuindo para a superação de tudo que causa morte e dificulta a vida. Para
isto, alguma coisa tem que ser renunciada, esvaziada de nós mesmos, para
beneficiar o outro, facilitando o resultado, a fertilidade e o sucesso da pesca.
No mundo da
droga, do individualismo e de infinitos atos inconsequentes praticados pela
sociedade moderna, conseguimos ver nesse meio como que um “cardume de peixes”
nas portas da morte. É aí que as redes devem ser atiradas, podendo recuperar
pessoas influenciadas e desinformadas das consequências do mal que as envolve,
principalmente no mundo dos vícios.
Dom
Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo
de Uberaba
Fonte: www.cnbb.org.br
Ilustração: http://secretariadomissoesbeja.blogspot.com.br
Fonte: www.cnbb.org.br
Ilustração: http://secretariadomissoesbeja.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário