Abrir o
coração
com esperança e afastar a “paganização” da vida
com esperança e afastar a “paganização” da vida
Na missa
matutina, Francisco convida a pensar nas babilônias do nosso tempo. “Este será
o fim também das grandes cidades de hoje – afirmou – e assim acabará a nossa
vida se continuarmos a levá-la neste caminho de paganização”.
Cidade do Vaticano
- O fim do mundo e o fim de cada um de nós: este é o tema que a liturgia da
semana propõe e foi o tema também da homilia do Papa ao celebrar a missa esta
manhã (29/11) na capela da Casa Santa Marta.
A primeira
leitura, extraída do livro do Apocalipse de São João, descreve a destruição de
Babilônia, a cidade símbolo da mundanidade, “do luxo, da autossuficiência, do
poder deste mundo”, disse Francisco.
Devastação
A segunda
leitura, do Evangelho de Lucas, narra a devastação de Jerusalém, a cidade
santa. No dia do juízo, Babilônia será destruída com um grito de vitória. A
grande prostituta cairá condenada pelo Senhor e mostrará a sua verdade: “morada
de demônios, abrigo de todos os espíritos maus”. Sob a sua magnificência,
mostrará a corrupção, as suas festas parecerão de falsa felicidade. Sua
destruição será violentada e ninguém mais a encontrará”:
O som dos
músicos, dos tocadores de harpa, de flauta e de trombeta, não se ouvirá mais de
ti; - não haverá belas festas, não… - nenhum artista de arte alguma se
encontrará mais em ti; – porque não és uma cidade de trabalho, mas de corrupção
– o canto do moinho não se ouvirá mais em ti; a luz da lâmpada não brilhará
mais em ti; - será talvez uma cidade iluminada, mas sem luz, não luminosa; esta
é a civilização corrompida – a voz do esposo e da esposa não se ouvirá mais em
ti.
O Senhor dirá:
chega
Chegará um dia,
disse o Papa, em que o Senhor dirá: chega. “Esta é a crise de uma civilização
que se julga orgulhosa, suficiente, ditatorial e acaba assim”.
Jerusalém, prosseguiu
o Papa, verá a sua ruína devido a outro tipo de corrupção, “a corrupção da
infidelidade ao amor; não foi capaz de reconhecer o amor de Deus no seu Filho”.
A cidade santa “será espezinhada pelos pagãos”, punida pelo Senhor, porque
abriu as portas do seu coração ao pagãos.
Há a paganização
da vida, no nosso caso, cristã. Vivemos como cristãos? Parece que sim. Mas na
verdade, a nossa vida é pagã quando acontecem essas coisas, quando entra nesta
sedução de Babilônia, e Jerusalém vive como Babilônia. Quer-se fazer uma
síntese que não se pode fazer. E ambas serão condenadas. Você é cristão? Você é
cristã? Viva como cristão. Não se pode misturar a água com o óleo. Sempre
diferente. O fim de uma civilização contraditória em si mesma que diz ser
cristã e vive como pagã.
Salvação
Retomando a
narração das duas leituras, o Papa afirma que depois da condenação das duas
cidades, se ouvirá a voz do Senhor; depois da destruição, haverá a salvação. “E
o anjo disse: ‘Felizes são os convidados para o banquete das núpcias do
Cordeiro!’. A grande festa, a verdadeira festa!”
Existem
tragédias, inclusive na nossa vida, mas diante dessas coisas, é preciso olhar
para o horizonte, porque fomos redimidos e o Senhor virá para nos salvar. E
isso nos indigna de viver as provações do mundo não num pacto com a mundanidade
ou com a ‘paganidade’ que nos leva à destruição, mas na esperança,
afastando-nos desta sedução mundana e pagã e olhando para o horizonte,
esperando Cristo, o Senhor. A esperança é a nossa força: vamos em frente. Mas
devemos pedir ao Espírito Santo.
Por fim,
Francisco convida a pensar nas babilônias do nosso tempo, nos inúmeros impérios
poderosos, por exemplo, do século passado, que ruíram. “E este será o fim
também das grandes cidades de hoje – afirmou – e assim acabará a nossa vida se
continuarmos a levá-la neste caminho de paganização”. O Papa concluiu dizendo
que permanecerão somente aqueles que depositam sua esperança no Senhor.
Portanto: “Abramos o coração com esperança e nos afastemos da paganização da
vida”.
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Assista:
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Fonte: vaticannews.va
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