“A
opção pelos pobres faz a Igreja
voltar seu olhar para os filhos e filhas
prediletos de Deus”
Ir ao encontro
dos mais necessitados, marginalizados e dos famintos é um gesto concreto que o
papa Francisco tem proposto aos cristãos do mundo inteiro. “Este pobre homem
grita e o Senhor escuta” é o tema do II Dia Mundial dos Pobres, que será
celebrado neste domingo, 18 de novembro.
Francisco
vai celebrar a data presidindo a Santa Missa na Basílica de São Pedro e em
seguida vai almoçar com cerca de três mil pobres. na Sala Paulo VI, no
Vaticano. O primeiro almoço foi realizado no ano passado. O Pontífice tem
provocado em toda a Igreja maior sensibilidade humana e acolhimento aos pobres,
eis o motivo porque sugeriu o dia mundial do pobre.
O bispo explica
ainda que a natureza da Igreja, na sua essência, evidencia um olhar para os
pobres. A Igreja, nasceu pobre. Jesus Cristo veio ao mundo tão pobre que nem
casa para nascer tinha e morreu crucificado, pobre e despojado.
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Foto: Vatican Media |
Nos Evangelhos,
é possível encontra inúmeras manifestações de Jesus com olhar compassivo e de
misericórdia para com os pobres, os desprezados e os esquecidos da sociedade e
porque também não dizer, ignorados pela própria Igreja.
“O amor fraterno
é a ação transformadora na sociedade que erradica a miséria e recupera a
dignidade de todo ser humano como criatura e filho de Deus”, diz o bispo.
Dados do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostra que, em 2015, o país
tinha 101.854 pessoas em situação de rua. Com a crise do país, é possível que o
número de pessoas em situação de rua já seja bem maior.
Dom Severino
lembra que a opção pelos pobres faz a Igreja voltar o seu olhar para os filhos
e filhas prediletos de Deus e é esse olhar do próprio Jesus, presente no olhar
dos mais pobres, que faz a Igreja voltar-se para o pobre e, ao mesmo tempo,
para Jesus, dele aprendendo, com ele evangelizando e participando da construção
do Reino de Deus.
São inúmeras as
iniciativas da Igreja, pastorais, comunitárias, educacionais e sociais, que
focam seu olhar e sua ação na defesa, promoção e valorização da vida em todas
as suas dimensões, priorizando aquelas vidas humanas mais sofridas,
violentadas, oprimidas, discriminadas, desprezadas.
“A capacidade de
preencher a vida dos que sofrem e promover os excluídos dá prazer de viver e
sentido à vida humana. Os símbolos do sal e da luz, que tanto refletimos no Ano
Nacional do Laicato, vitalizam o ser cristão para dar gosto e brilho à vida”.
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Estátua de Jesus Sem Teto na Catedral do Rio de Janeiro
Foto: Divulgação/ Carlos Moioli
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Segundo a
arquidiocese, a obra de arte poderá ser visitada a partir do dia 18 e a data
não foi escolhida por acaso: Jesus sem-teto, uma estátua em tamanho real, é a
figura de uma pessoa em situação de rua deitada em um banco. O ‘homem’ da
imagem apresenta chagas nos pés, que podem ser vistas, apesar do pequeno
cobertor que tem por cima de seu corpo para proteger do frio.
Dom Severino
ressalta que o olhar da Igreja para os pobres vai além do cuidado para com a
pessoa humana. “Somos seres em relação com a natureza. Proteger a mãe
natureza é valorizar a obra criada por Deus e dar o cuidado e o acolhimento
necessários para que a harmonia e a saúde existencial perpetuem entre nós
criaturas humanas”, afirma.
A Laudato Si, a
Gaudete et Exsultate e as outras exortações apostólicas do Papa Francisco,
chamam a atenção para essa corresponsabilidade na busca da harmoniosa
convivência com todas as criaturas para se chegar à perfeição.
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Fonte: cnbb.org.br Foto de capa: internet
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