A rivalidade e a vanglória causam guerras
O Papa Francisco
celebrou a missa na Casa Santa Marta e recordou que na vida não se deve
"ser seletivos", seguindo os próprios interesses, mas ampliar o
horizonte da existência à gratuidade universal.
Cidade do Vaticano - “A rivalidade e
a vanglória” destroem os fundamentos das comunidades, semeando divisões e
conflitos. Foi o que destacou o Papa Francisco na homilia da missa celebrada
esta manhã (05/11) na capela da Casa Santa Marta. Partindo do Evangelho segundo
Lucas (Lc 14,12-14), o Pontífice condenou “o egoísmo do interesse”, reiterando
que a “gratuidade” pregada por Jesus “não é seletiva”.
A gratuidade é
universal
O ensinamento de
Jesus é claro: “não fazer as coisas por interesse”, não escolher as próprias
amizades com base na conveniência. Raciocinar somente com base na própria
“vantagem”, de fato, é “uma forma de egoísmo, de segregação e de interesse”,
enquanto a “mensagem de Jesus” é exatamente o contrário: a “gratuidade”, que
“alarga a vida”, “amplia o horizonte, porque é universal”. Os seletivos “são
motivos de divisão” e não favorecem “a unanimidade” de que fala São Paulo aos
Filipenses, na primeira Leitura. “Existem duas coisas que vão contra a unidade
– insistiu o Papa – a rivalidade e a vanglória”:
E também a
fofoca nasce da rivalidade, porque muitas pessoas se sentem que não podem
crescer, mas para se tornar mais altas diminuem o outro com a fofoca. Um modo
de destruir as pessoas. A rivalidade. E Paulo disse: “Não. Na comunidade não
existem rivalidades”. A rivalidade é uma luta para destruir o outro. A
rivalidade é ruim: pode-se fazer de maneira aberta, direta ou se pode fazer com
luvas brancas; mas sempre para destruir o outro e elevar a si mesmo. E já que
eu não posso ser assim virtuoso, assim bom, diminuo o outro, de modo que eu
permaneço alto. A rivalidade é um caminho a este agir por interesse.
A vanglória
destroi a comunidade
Tão prejudicial
quanto, é quem se vangloria de ser superior aos outros:
Isso destroi uma
comunidade, destroi uma família também... Pensem na rivalidade entre os irmãos
pela herança do pai, por exemplo: isso acontece todos os dias. Pensem na
vanglória, naqueles que se vangloriam de ser melhores que os outros.
A vida cristã
nasce da gratuidade de Jesus
O cristão,
prosseguiu Francisco, deve seguir o exemplo do Filho de Deus, cultivando “a
gratuidade”: fazer o bem sem se preocupar se os outros fazem o mesmo; semear
“unanimidade”, abandonando “rivalidades ou vanglória”. Construir a paz com
pequenos gestos significa traçar um caminho de concórdia em todo o mundo:
Quando nós lemos
as notícias das guerras, pensemos nas notícias da fome das crianças no Iêmen,
fruto da guerra: está distante, crianças pobres... mas por que não têm o que
comer? Mas a mesma guerra se faz em nossas casas, nas nossas instituições com
esta rivalidade: a guerra começa ali! E a paz deve ser feita ali: na família,
nas instituições, no local de trabalho, buscando sempre a unanimidade e a
concórdia e não o próprio interesse.
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Fonte: vaticannews.va
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