Ser
Bem-Aventurado!
Ser santo é
viver em profunda intimidade com o Deus Santo, que é o autor e a fonte de toda
a santidade que resplandece o amor nos seus filhos e filhas que formam a Igreja
de Jesus Cristo.
Ensina o
Catecismo da Igreja Católica que: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado
ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade.
Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai Celeste
é perfeito”(Mt 5,48).
Vivemos a Festa
de Todos os Santos: os que estão nos altares e os santos desconhecidos, a
multidão incalculável de homens e mulheres que viveram a perfeição cristã neste
mundo e que agora no céu são nossos intercessores.
A santidade é
possível. Possível porque ela é fruto da conversão realizada pelo Evangelho. A
santidade se vive nas coisas simples, no cotidiano, no dia a dia da nossa vida,
vivendo e testemunhando a fidelidade a Cristo.
Ser santo é
viver em profunda intimidade com o Deus Santo, que é o autor e a fonte de toda
a santidade que resplandece o amor nos seus filhos e filhas que formam a Igreja
de Jesus Cristo.
A receita da
santidade está estampada no Evangelho desta Solenidade(cf. Mt 5,1-12a):
“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos
céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados
os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão
Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o
Reino dos céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos
perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois
assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”
Ser
Bem-aventurado é colocar-se a serviço do próximo, tentando ser como Jesus,
tentado ser disponíveis, dóceis e fiéis à ação santificadora e restauradora do
Espírito Santo.
Nós convivemos e
vivemos com muitos santos e santos e muitas vezes não sabemos. A santidade é
suave e doce.
Por isso para
ser santo precisamos abrir espaço em nossos corações para Deus, deixar Nosso
Senhor Jesus Cristo ocupar o nosso coração plenamente.
Ser santo não é
ser sem defeito. Os santos também foram limitados, portadores de misérias como
qualquer um de nós, mas eles se superaram no cotidiano buscando a Deus e nunca
se desviaram do caminho de Deus e nem se enganaram com os falsos deuses dos
dias de ontem, de hoje e de sempre.
Nós conhecemos
muitos santos contemporâneos que nos inspiram a ser melhores e a seguir Jesus.
Cito três que marcaram profundamente a minha experiência cristã: São João Paulo
II, que nos pediu que não tivéssemos medo de abrir nossos corações para Cristo;
Santa Teresa de Calcutá, que gastou a sua vida dando dignidade e oferecendo
saúde para os mais pobres e desvalidos da sociedade e Beata Dulce dos Pobres,
que recolhendo os doentes nas periferias de Salvador, nos lembra que “estive
doente e fui te visitar”. Ser santo é viver o amor a Deus no próximo sem esperar
nenhuma recompensa.
A santidade tem
que superar os estereótipos externos. Muitos vivem a falsa santidade da
aparência. A santidade não é aparente, nem interesseira e nem muito menos
legalista. A santidade reside na misericórdia, na caridade, no amor e na
acolhida. Sem isso não se vive a santidade!
Conduzidos pelo
Espírito Santo, orientados pela Palavra de Deus, sejamos enamorados de Cristo
para sermos bem-aventurados para todos os que conosco convivem nos santificando
e santificando as pessoas, Amém!
Dom Eurico dos
Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - MG
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Os
bem-aventurados
O importante é
ser bem-aventurado e ter o privilégio de dizer que teve uma bela conquista.
Assim é a vida dos santos, como também daqueles que conseguiram vencer nas
eleições. Começa nova fase da história.
O bem e o mal
normalmente se misturam. O mesmo acontece com os vencidos e vencedores. A vida
é cheia dessas coisas, mas uma é certa: ninguém quer ser perdedor. O importante
é ser bem-aventurado e ter o privilégio de dizer que teve uma bela conquista.
Assim é a vida dos santos, como também daqueles que conseguiram vencer nas
eleições. Começa nova fase da história.
No Evangelho
Jesus enumera alguns dos bem-aventurados. Para Ele são os pobres, os que
choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os
puros de coração, os que promovem a paz, os que são perseguidos por causa da
justiça, os injustiçados etc (cf. Mt 5,1-11). Esses são os colocados na lista
dos santos e beneficiados no Reino de Deus.
Mas são
bem-aventurados os que investem na conquista do bem que favorece também a
outros. A santidade é fruto de trabalho, de convergência na direção do bem
comum. Na visão de Jesus Cristo, é o poder sendo colocado a serviço da
construção de uma sociedade centrada no vem viver. Precisa acontecer no Brasil,
principalmente com os novos governos, atendendo as expectativas do povo.
Agora é
construir o bem, a paz e a defesa da vida. No livro do Apocalipse fala-se de
não fazer o mal à terra, ao mar, às árvores (Ap 7,3). Significa que a
administração de um país supõe qualidade e respeito para com tudo que existe na
natureza, em benefício do povo, deixando de lado os interesses egoístas e
privilégios pessoais. Sabemos que é possível um Brasil diferente e de
progresso.
Entendemos como
fundamental a proposta de Deus contida na lista relatada pelas
bem-aventuranças. O que acontecia com os Dez Mandamentos do Antigo Testamento,
a intenção primeira nos novos tempos é construir a suprema felicidade das
pessoas. O caminho precisa estar ancorado numa administração justa, honesta e
transparente, dando garantias de um futuro promissor.
Nesses últimos
dias passamos por momentos turbulentos. Nas redes sociais as mensagens se
engarrafavam, deixando as pessoas sem referências seguras. A criatividade foi
até muito curiosa e carregada de muita notícia falsa dificultando o
posicionamento correto dos eleitores. Não deixa de revelar imaturidade, mas
também posicionamentos muito definidos em relação às eleições.
Dom Paulo Mendes
Peixoto - Arcebispo Metropolitano de Uberaba – MG
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Fonte: cnbbleste2.org.br
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