Solenidade de Cristo Rei
A Igreja festeja
neste domingo Cristo Rei. O Evangelho do dia "celebra a vitória da justiça
ocorrida na ressurreição de Jesus e no momento em que o Senhor é declarado rei
para sempre. A justiça, a verdade e a paz serão eternas".
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Cristo Rei do universo (©Renáta Sedmáková - stock.adobe.com) |
O Evangelho da
solenidade deste domingo é o das bênçãos e das maldições que estão em Mateus,
trecho também conhecido como Juízo Final.
O texto celebra
a vitória da justiça ocorrida na ressurreição de Jesus e no momento em que o Senhor
é declarado rei para sempre. A justiça, a verdade e a paz serão eternas.
Depois de uma
vida sobre a terra, depois do anúncio feito por Jesus de que Deus é nosso Pai e
de que todos os habitantes da terra são irmãos, - depois do Mestre ter
anunciado a vocação de fraternidade e de ter promulgado as bem-aventuranças,
depois do Senhor ter lavado os pés dos discípulos, depois do Redentor ter
morrido na cruz e ressuscitado, depois do Ressuscitado ter feito o envio de
seus apóstolos a anunciarem o Evangelho, pregarem a conversão e o batismo, -
todos aqueles que responderam sim aos apelos amorosos de Deus, apesar das
diversas dificuldades, serão acolhidos na Casa do Pai.
Como podemos
apreender da atitude de Jesus, o Homem por excelência, o que conta para ser acolhido
na felicidade eterna é e será sempre nossa atitude, não apenas de
solidariedade, mas de fraternidade, ou seja, um passo a mais no relacionamento
com o outro. Ele não é apenas alguém com quem divido o pão, o teto e os
sentimentos, mas é alguém que tenho como da mesma família, da mesma origem, a
quem estou unido por laços de afeto.
No Livro de
Ezequiel, primeira leitura de hoje, Deus se apresenta como o Pastor, aquele que
procura a ovelha perdida, reconduz a extraviada, cura a ferida, fortalece a
doente e alimenta todas. Esse discurso é dirigido aos judeus que estão
procurando se recuperar da destruição feita pelo poder babilônico e esse mesmo
povo se encontra agora oprimido também por judeus mais espertos que não têm
escrúpulos de explorar seus compatriotas. Esse discurso é o alento de Deus ao
pobres e aos oprimidos.
No Evangelho,
Mateus nos diz que as obras de misericórdia são a resposta que Deus espera de
nos em meio a uma situação de desgraças e infelicidades. É com pessoas que as
praticam que o Senhor se identifica.
O amor a Deus
está intimamente ligado ao amor ao próximo. A verdadeira religião leva ao
outro. A vida de alguém será considerada bem sucedida não pelos filhos que
tenha gerado, nem pelos títulos acadêmicos que possa ter obtido, e muito menos
pela riqueza que possuir.
Uma vida
realizada será assim considerada por Deus se a pessoa lutou por um mundo justo
e fraterno, se empregou seu tempo, seus conhecimentos, sua saúde para eliminar
situações em que seus irmãos se sentiam marginalizados e se não foram nem
cumplices e nem coniventes com as opressões.
Cristo é Rei e
Senhor porque na luta contra o mal venceu a tentação do acúmulo, da abundância
e do prestígio.
Padre César Augusto dos Santos - Cidade do Vaticano
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Fonte: vaticannews.va
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