Francisco
nasceu em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, o primeiro Papa nascido no
continente americano, o primeiro pontífice não-europeu em mais de 1200 anos e
também o primeiro Papa jesuíta da história. Eleito para a Sé de Pedro em 13 de
março de 2013, surpreendendo o mundo, Francisco logo expôs publicamente o seu
estilo pessoal, despojado e frugal, de viver. Renunciou à limusine blindada
papal para se locomover, pagou a conta do pequeno albergue aonde se hospedou
antes do Conclave e decidiu morar na Casa Santa Marta, residência para hóspedes
dentro do Vaticano. Publicou a sua primeira Exortação, A Alegria do Evangelho,
uma ‘plataforma’ de suas ideias e intenções no Pontificado, e, sobretudo,
anunciou que iria reformar as estruturas da Igreja, começando pela Cúria
romana.
Fiéis levam bolo para Francisco |
Completando
78 anos, Francisco segue firme em seu objetivo: racionalizar e modernizar a
administração, empreendendo um grande esforço e enfrentando cepticismos e
resistências, inclusive dentro da Igreja. O Papa se reúne duas ou três vezes
por ano com seus 9 conselheiros, dos cinco continentes, que formam uma espécie
de ‘Conselho ministerial’.
Circulam
vozes de vários gêneros a respeito da reforma, mas o certo é que não vai
terminar em 2015: o trabalho é longo, feito com critério e paciência. Francisco
não tem pressa e não quer errar. No âmbito de uma eventual fusão de
departamentos do Vaticano, mulheres, leigos e até casais deverão ter mais
espaço. Outro agrupamento possível seria a fusão dos setores que lidam com
questões de justiça social: imigrantes, saúde, justiça e paz. Cogita-se que os
Conselhos de Cultura e Educação possam também se fundir, e os serviços de comunicação
(Sala de Imprensa, Rádio Vaticano, Centro Televisivo Vaticano, Osservatore
Romano, etc.) já estão sendo alvos de auditoria, tendo em vista uma reforma que
terá seus contornos anunciados no ano que vem. Na prática, o Papa já conduziu
uma grande reformulação dos serviços econômicos e financeiros do Vaticano, sob
a liderança da Secretaria de Assuntos Econômicos.
Dom Cláudio Hummes ao Papa:
"Que Deus o faça muito feliz"
Leia
a mensagem de seus amigos mais próximos, o Presidente da Comissão
Episcopal para a Amazônia, Cardeal Hummes. Dom Cláudio manifesta o seu carinho
e envia o seu encorajamento.
“Certamente
eu gostaria muito de estar em Roma e poder dar um grande abraço de amigo a ele,
é claro; era o que eu mais desejaria, mas isso não é possível. Todos nós
gostaríamos de fazer isso, de abraçá-lo, e ele sabe disso, que gostaríamos de
estar um momento com ele para lhe dizer o quanto nós o amamos, o quanto
esperamos nele, o quanto desejamos que Deus o abençoe muito, que Deus o console
também nos momentos difíceis, que Deus o ilumine e o encoraje sempre, que Deus
não o faça sentir momentos em que parece que as resistências se tornam fortes,
mas que continue tendo a esperança e a certeza forte de que pode fazer a
reforma da Igreja e a fará, certamente guiado pelas luzes de Deus, do Menino
que vai nascer, com o auxilio dos irmãos que estão querendo ajudá-lo nesta
grande reforma necessária que a Igreja precisa para refletir mais intensamente
a luz de Jesus Cristo no mundo de hoje, neste mundo difícil. Então eu desejo a
ele, e sei que todos nós que estamos aqui neste momento, pensando e falando
nisto, desejamos a ele uma longa vida para que possa ter o tempo necessário de
fazer a reforma da Igreja, que Deus lhe dê sempre muita saúde e muita
felicidade e alegria neste trabalho, por mais difícil que seja. Que ele tenha
sempre também o consolo da solidariedade e do apoio da Igreja, do Episcopado. É
o que desejamos muito a ele neste momento, e que Deus o faça muito feliz”.
Fonte: radiovaticana.va news.va
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