O consumismo e o verdadeiro espírito do Natal
Natal é Jesus.
Assim gostaria de começar esse texto, para que já fique explícito desde o
começo qual é o verdadeiro sentido dessa festa que se aproxima. Sentido esse
que fica muitas vezes em segundo plano nas celebrações, dando lugar a um
consumismo desenfreado que cega o espírito que deveríamos ter nessa época.
O mundo procura a alegria e a felicidade onde elas não se encontram |
Isso não é novo.
Todos sabemos que nessa época o comércio fica aberto até mais tarde para que
possamos comprar aquelas coisas de última hora. Conhecemos a correria para
comprar o tender, o peru, o presente daquela pessoa que tínhamos esquecido,
etc....
Também não é
novidade que existe uma reação à tudo isso. Podemos ver nos jornais, revistas e
internet uma grande quantidade de pessoas que criticam todo esse consumismo que
vemos nessas épocas. Mas aqui percebo um grande problema que estamos vivendo
atualmente. Em vários desses artigos, os autores pregam um retorno à essência
do Natal, que é o sentimento de família, a magia que ronda em torno a figura do
Papai Noel, as luzes que enfeitam essa época “mágica”, a inocente alegria das
crianças esperando o bom velhinho descer pela chaminé e outras coisas desse
tipo.
Por isso comecei
o texto dessa maneira. Natal é Jesus. E não se pode confundir isso apenas com
sentimentos positivos. Celebramos nessa data um acontecimento real. Deus veio
ao mundo em um frágil menino, filho de Nossa Senhora de Nazaré. E é isso que
devemos, como católicos, anunciar para o mundo inteiro.
O mundo está
descontente. Esse exemplo do consumismo de Natal é bem gráfico. Se percebe
intuitivamente que estamos celebrando mal essa festa, mas não se percebe qual é
a Verdade que mostra como celebrá-la bem. De uma maneira mais geral, podemos
dizer que o mundo muitas vezes está triste, cansado e procura sua alegria em
coisas que não podem dar, porque a alegria verdadeira de todo mundo está em
encontrar-se com Deus.
Mas encontrar-se
com Ele não é tão simples assim. Ele não veio cheio de pompa, em um castelo
imponente. Ele veio frágil, em uma manjedoura. Só o encontramos se ficamos
atentos aos sinais dele em nossa vida, como os pastores que receberam a visita
dos anjos e os reis magos que seguiram a estrela que os guiava. É preciso fazer
silêncio e ficar atento. Exatamente o contrário do que muitas vezes fazemos
nessas épocas.
Os presentes e a
festa fazem parte de tudo isso. É um tempo de verdadeira alegria, mas que
precisa ser entendida, para não perder o foco. Os reis magos trouxeram
presentes para o menino Jesus. Presentes valiosos inclusive, ouro, incenso e
mirra. Mas o fizeram sabendo porque o faziam. Tinham encontrado Jesus e essa
era a alegria de cada um deles.
Mas realmente
não importa se não podemos comprar nada nessa época. Existe uma música que é
muito bonita, a canção do pequeno tamborileiro, que conta a história de um
garotinho que havia encontrado a Jesus que tinha acabado de nascer em Belém,
mas como era muito pobre, só podia tocar para Ele o seu velho tambor.
Muitos pensariam
talvez que esse não é um presente digno de Deus, mas conta a música que quando
Ele ouviu o toque do tambor, sorriu para o pequeno tamborileiro. Pensemos se
com as nossas atitudes nesse Natal, estamos fazendo, nós também, com que Jesus
sorria ou não.
Ir. João Antônio Johas Leão
Fonte: a12.com
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