Festa da Apresentação do Senhor
Esta festa nos
convida a vivermos três atitudes: encontrar o Senhor, sofrer com o Senhor e
acolher a luz.
Jesus é aluz que ilumina as nações |
Encontrar o
Senhor. O encontro de Jesus com Simeão e Ana no Templo de Jerusalém significa o
encontro do seu Senhor com a Igreja e com a humanidade. Diz-nos o profeta
Malaquias: “Eis que Eu vou enviar o meu mensageiro, a fim de que ele prepare o
caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor, que
vós procurais”. Hoje temos muitos lugares de encontro com o Senhor, mas não
podemos deixar de encontrá-lo nos espaços do cotidiano e na pessoa do irmão.
Valorizamos o encontro privilegiado na Igreja – sacramento de salvação. A
comunidade reunida, os sacramentos são mediações para o Senhor manifeste a sua
presença. Triste seria não encontrá-lo na Igreja-comunidade que se reúne no
templo. Ora se dá muita importância aos pecados da Igreja e da comunidade, à
liturgia mal preparada, ao grupo desafinado, à falta de acolhida. São defeitos,
mas o encontro com o Senhor está acima de tudo isso, pois se trata de uma
graça. Hoje devemos abrir os braços e acolher o Senhor em nossa vida, em nosso
coração, seguindo o gesto de Simeão e Ana.
Sofrer com o
Senhor. Acolher o Senhor implica em entrar na dinâmica da cruz. A Apresentação
do Senhor é já o começo do mistério da dor redentora de Jesus, que atingirá o
seu ponto culminante com sua morte. Por isso, Simeão diz que ele será “causa de
contradição”; para Maria, sobrou a profecia de uma “espada que transpassa a
alma”. Hoje se propaga uma experiência religiosa como remédio contra o
sofrimento, como negação da dor e dos limites da vida. Seguindo este caminho, logo
vem a crise quando se participa de uma comunidade religiosa, quando práticas
religiosas são realizadas e, nem por isso, os problemas da vida somem num
“passe de mágica”. O papa Francisco nos exorta: “O Senhor que viveu
humildemente nos ensina que nem tudo é mágica em nossa vida e que o
triunfalismo não é cristão. A justa atitude do cristão é perseverar no caminho
do Senhor, até o fim, todos os dias. Eu não digo recomeçar de novo todos os
dias: não, perseguir o caminho, um caminho com dificuldades, mas com tantas
alegrias. O caminho do Senhor”.
Acolher a luz.
Diz-nos Simeão sobre o menino: “luz para iluminar as nações”. A luz de Cristo
inunda tudo. Mas certamente, na nossa vida, muitas são as escuridões que
necessitam de um brilho dissipador: o medo, a incerteza, a depressão, o
ressentimento, o desamor, o desalento... Todas estas trevas são dissipadas,
quando se acolhe o Cristo luz nos braços, com fé e esperança. Também nós que
hoje acendemos nossas velas, devemos sair iluminando a luz do Cristo. Esta luz
deve ser o testemunho de nossa fé e alegria de discípulos. O mundo precisa
deste brilho. Oferecer este brilho de cores é um grande presente a este mundo
imerso nas trevas.
Padre Roberto
Nentwig
Fonte: catequeseebiblia.blogspot.com.br
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