"Acompanhar, e não condenar, casais que fracassam no amor"
Cidade
do Vaticano (RV) – A capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, estava
repleta na manhã desta sexta-feira, 28, como todos os dias em que o Papa
celebra a missa da manhã. Comentando a leitura do Evangelho, Francisco dedicou
sua homilia à beleza do matrimônio e advertiu que se deve acompanhar – e não
condenar – aqueles que fracassam no amor.
O
Pontífice iniciou relatando que no Evangelho de Marcos, os fariseus vão a Jesus
e lhes apresentam o problema do divórcio, questionando se era lícito ou não.
Estejamos próximos dos casais que fracassaram no amor |
“Jesus
respondeu explicando aos fariseus porque Moisés havia feito aquela lei.
Deixando a casuística de lado, ele vai ao centro do problema e chega aos dias
da Criação. A casuística é uma armadilha: por detrás da mentalidade de reduzir
tudo a casos, existe sempre uma armadilha contra as pessoas e contra Deus,
sempre!”.
O
Papa citou depois a referência ao Gênesis: “Desde o princípio da Criação, ele
os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará o seu pai e a sua mãe, e os
dois serão uma só carne”.
“Deus
– disse o Papa – não queria que o homem ficasse sozinho, queria uma companheira
para seu caminho. O encontro de Adão com Eva é ‘momento poético’. Por outro
lado, esta obra de arte do Senhor não acaba ali, nos dias da Criação, porque o
Senhor escolheu este ícone para explicar o seu Amor pelo povo”.
“Quando
Paulo deve explicar o mistério de Cristo, se refere à sua Esposa, porque Cristo
é casado, casado com a Igreja, seu povo. Como o Pai havia se casado com o Povo
de Israel, Cristo se casou com o seu povo. Esta é a história do amor, e diante
deste caminho de amor, deste ícone, a casuística decai e se transforma em dor.
“Quando deixar o pai e a mãe e unir-se numa só carne se transforma num fracasso
– e isso pode acontecer – devemos acompanhar as pessoas que sofrem por terem
fracassado no próprio amor. Não condenar, mas caminhar com eles e não fazer
casuística com eles”.
“Deus
abençoou esta obra de arte de sua Criação, e nunca retirou a sua benção.. nem o
pecado original a destruiu! Quando se pensa nisso, se vê “como é lindo o amor,
o matrimônio, a família; como é bonito este caminho e como devemos estar
próximos de nossos irmãos e irmãs que tiveram a desgraça de um fracasso no
amor”. (CM)
Fonte: radiovaticana.va
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