Humildade e coragem por amor à Igreja
Cidade do
Vaticano (RV) – No dia em que se recorda um ano da renúncia de seu
antecessor, o Papa Francisco convidou os fiéis a rezar juntos com ele por Sua
Santidade Bento XVI, “homem de grande coragem e humildade”. Dias atrás, em
carta publicada pelo jornal italiano “La Repubblica” ao teólogo Hans Kung,
Joseph Ratzinger se dizia grato pela grande semelhança de visões e pela amizade
que o une ao Papa Francisco. O Papa Emérito afirma que seu único e último dever
é encorajar o atual Pontificado com a oração.
Homem de Deus |
Um ano após sua
renúncia, que surpreendeu o mundo, a atitude de Joseph Ratzinger é hoje vista
como um ato de coragem, que abriu a Igreja para uma “primavera”. Já naquele
dia, o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de
Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, disse esperar para a Igreja
o Pontífice melhor para aquele momento. Entrevistado pela RV naquela mesma
manhã, ele contou que a sua primeira reação ao ouvir a notícia da renúncia do
Papa foi consultar o cardeal que estava ao seu lado para ter certeza de que
tinha entendido direito.
“Foi uma
surpresa para todos nós porque esta atitude da renúncia não é uma atitude muito
comum na Igreja. É um ato de extrema humildade por parte do Papa, de extremo
amor à Igreja e que nos colheu muito de surpresa, a gente via na própria sala
esta surpresa. Não sabíamos de nada, só da questão do Consistório para os
santos e não de sua renúncia. Nesse sentido, foi uma grande surpresa. Da nossa
parte, queremos pedir pela Igreja, pedir também pelo novo Conclave e pedir para
que o Senhor dê a nós o Pontífice que ele pensou para este momento”.
Já Dom Cláudio
Hummes, que havia colaborado diretamente com Bento XVI como Prefeito da
Congregação para o Clero, no Vaticano, foi surpreendido em São Paulo com a
notícia. Em exclusiva ao Programa Brasileiro, em sua chegada a Roma para o
Conclave, Dom Cláudio ressaltou a humildade de Joseph Ratzinger, um homem “que
não se agarrou ao poder e ao prestígio":
“A grandeza dele
está em sua humildade, no despojamento. O Papa e um homem que não se aferra ao
poder e ao prestígio, mas como ele mesmo dizia: eu vejo que não tenho mais
suficientes forças humanas para continuar neste encargo, então para o bem da
Igreja, eu renuncio. Ficou claro que o fez para o bem da Igreja. Talvez seja uma
oportunidade para coisas novas acontecerem, para o bem da Igreja”. (CM/BF)
Fonte: radiovaticana.va..................................................................................................................................
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