Anunciemos o Evangelho com humildade
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco se inspirou no martírio de São João
Batista em sua reflexão na homilia da missa matutina, na Casa Santa Marta.
O verdadeiro
cristão é como o Batista: segue o caminho da humildade sem se apropriar da
profecia. A liturgia desta sexta-feira, 7, narra que Herodes mandou matar João
para contentar o amante Herodíades e os caprichos de sua filha. “João, observou
o Papa, é um homem que viveu pouco, teve pouco tempo para anunciar a Palavra de
Deus e terminou mal sua vida, na corte de Herodes”:
Cultivemos a humildade |
“Quando existe
corte, tudo é possível: corrupção, vícios, crimes. As cortes favorecem estas
coisas. João Batista anunciou o Senhor com firmeza, exortando todos a se
converter. Era um homem forte, e mesmo que tenha lhe sido dada a possibilidade
de dizer “Eu sou o Messias”, ele nunca se apropriou da autoridade moral de
Jesus, esta foi a primeira grande coisa que fez”.
“Quando os
fariseus, os doutores, lhe perguntaram se ele era o Messias, ele disse que não.
No momento da tentação e da vaidade, ele foi claro, não roubou o título: este
‘homem de verdade’ fez esta segunda grande coisa, não roubou a dignidade”. E a
terceira coisa que João Batista fez foi ‘imitar Jesus Cristo’, principalmente
se rebaixando: João se humilhou, se rebaixou até a morte. Morreu como um
infrator, ladrão, criminoso na cruz. Francisco advertiu que os cristãos têm
muito que refletir:
Reencontremos o Senhor |
“João também
teve seu ‘jardim das oliveiras’, sua angústia na prisão, quando pensava que
havia errado e seu coração estava nas trevas. Aquela escuridão da alma, a mesma
sentida pela Beata Teresa de Calcutá! A mulher que todos louvavam, a vencedora
do Nobel!”.
“João é o ícone
do discípulo – disse o Papa – onde está a fonte desta atitude de discípulo? Em
um encontro – respondeu. O Evangelho nos fala do encontro de Maria e Isabel,
quando João exultou de alegria no ventre de Isabel. Aquele encontro o
transformou em discípulo”. Assim, o Papa concluiu a homilia colocando aos
presentes as seguintes questões:
“Questionemo-nos
sobre o nosso discipulado: nós anunciamos Jesus Cristo? Aproveitamos da nossa
condição de cristãos como se fosse um privilégio? Caminhamos na estrada de
Jesus Cristo? Na estrada da humildade, da humilhação, do rebaixamento, do
serviço? E quando me encontrei com Jesus, o encontro me encheu de alegria?
Devemos voltar ao encontro, à primeira Galileia do encontro; reencontrar o
Senhor e prosseguir com Ele neste caminho”....................................................................................................................................
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