O fim do
mundo
O profeta Daniel descreve o fim dos tempos e a evidência da ressurreição (Dn
12, 1-3). Mas tal realidade só pode acontecer por uma intervenção decisiva de
Deus, quando cada pessoa receberá o destino de acordo com o seu proceder na
terra: uns para a vida eterna e outros para a ignomínia eterna.
Daniel cita a sabedoria como aquilo que constrói o destino das pessoas. Quem
age com meios violentos não consegue fazer prevalecer o direito de Deus. É a
partir daí que vai acontecer o julgamento divino, “que tarda, mas não falha”. O
que vai ficar é a justiça divina e a glória para quem a faz acontecer.
A meta da história está centrada no fato de que é Deus quem a dirige, levando
consigo a ideia de seu triunfo final sobre todo o mal. Isto significa que o
mundo tem uma meta, a consumação do plano de Deus. Cabe às pessoas uma atitude
de vigilância, porque há uma certeza de que o Senhor virá.
Na visão bíblica, parece não existir fim do mundo, mas fim dos tempos, que vai
coincidir com o retorno de Jesus Cristo na glória de sua ressurreição. Ele virá
para julgar o mundo e a história. O povo eleito, disperso por toda a terra,
será reunido e os justos estarão definitivamente com o Senhor.
O cristão deve ter em mente que o fim é acontecimento presente, que influencia
seu pensar, julgar e agir. Um presente que é passageiro, transitório, mas
apoiado na firmeza da Palavra do Senhor. Só Deus pode determinar o que chamamos
de fim dos tempos. O dia vai chegar, mas isto não está nas mãos dos homens, mas
de Deus.
Dom Paulo
Mendes Peixoto - Arcebispo de Uberaba (MG)
Fonte: Site da CNBBIlustração: http://www.anunciame.com.br
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