em tempo de amores superficiais
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Retiros que se tornaram canções
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Na década de 1990 dei muitos
retiros sobre a FAMILIARIS CONSORTIO de São João Paulo II. Um desses retiros
deu origem à canção ORAÇÃO PELA FAMÍLIA, conhecida em muitas igrejas do mundo inteiro.
Mas fiz mais de 30 canções sobre amizade,
namoro e casamento. Era proposta da Igreja e muitos católicos me pediam canções
para seus encontros!
Resgatei e atualizei uma dessas
palestras dos anos 1990. Esta também virou canção. Pregar e ilustrar as
pregações com novas canções era comum no meu ministério!
Estes dias, a pedido deles, enviei
a palestra para o Rodrigues e a Lara, hoje avós, que também assessoram os
jovens da sua diocese. Apresento a memória de duas páginas dessa palestra,
porém em texto atualizado! Aconteceu em 1992.
***
Na pastoral de juventude e das
vocações, quando algum jovem ou alguma jovem aceitava minha orientação eu
perguntava se meus conselhos seriam oportunos ou inoportunos.
O assunto era apenas amizade,
possível namoro, vocação para o celibato e vocação para casamento e maternidade.
Sobretudo para os jovens depois dos 25 anos.
Se o projeto dele ou dela era
gostar de alguém para casar, formar família, ter filhos e consolidar alguma
carreira , eu abençoava. Mas perguntava se já tinham um projeto de vida com
alguém ou com o povo!
Se o projeto fosse vida religiosa,
celibato e sacerdócio eu orientava sobre amizades apenas amizades.
Vários dos jovens que aconselhei
ficaram padres e irmãs; a maioria optou por namorar e casar, alguns decidiram
não casar e permanecer solteiros no mundo.
Os jovens perguntavam que eu perguntasse.
E a orientação era essa
- “Não brinquem com os sentimentos
de alguém. Se querem bem apenas como amigos, digam isto! Assim o possível
candidato (a) estará livre para procurar um futuro parceiro de vida”
No decurso de meu ministério de
aconselhamento vi seminaristas e postulantes decidirem antes dos votos
perpétuos e decisivos. Perseveraram.
Alguns foram em frente e em poucos
anos voltaram atrás. Repensaram seus votos. Não estavam felizes.
Alguns namoraram, casaram, tiveram
filhos, mas voltaram atrás porque apareceu outra pessoa.
Muitos perseveraram até hoje.
Tiveram filhos, hoje são avós, mas a orientação da Igreja lhes valeu uma vida.
No caso do namoro não brincaram com os sentimentos alheios.
***
A liberdade de costumes de agora
brinca de namorar e desenamorar, casar e descasar ou apenas morar juntos.
Mas orientação da Igreja, para os
jovens católicos sempre foi clara. Amizades sérias, namoros sérios, casamentos
sérios e, caso queiram viver pelo e para o povo, votos sérios.
Pode acontecer mudanças? Pode! Aí
entra, de novo, o papel do conselheiro. Segundas uniões e segundas decisões
costumam ser penosas. Divórcios machucam! Também ali entra o conselheiro ou
psicanalista católico que deixa falar. É mais do que “ir à confissão”. É terapia!
Mas o projeto correto de vida
chama-se FIDELIDADE E SERIEDADE.
Todos os que um dia reconsideraram
e buscaram outros amores porque os primeiros votos não deram certo, sabem que
doeu porque decidir às vezes machuca!
***
Por que escrevi isso para o
Rodrigues e Lara? Aos 84 anos e quase 60 de sacerdócio sei que não se embarca
em qualquer trem, barco ou avião. Há que se ter um rumo e um prumo. Cantei isso
em 1969: A DECISÃO É TUA! Era o conselheiro dizendo isto em prosa, verso e canção!
Agora, atualizando o recado!
Jovens moças e rapazes na idade da decisão!
Se for apenas amizade sejam claros. Orem e ouçam conselhos e é quase certo que
encontrarão seu rumo.
É muito comum grandes amigos não se
casarem. Mas ao menos não brincaram um com o sentimento do outro ou da outra.
Ser amigo é una coisa, ser namorado ou cônjuge é outra!
Nos meus shows e retiros muitas
vezes orei e cantei sobre ser apenas amigos, ser namorados ou ser cônjuges.
Distinguir entre estes sentimentos faz bem aos grupos de jovens. “Distinguir
machuca menos”.
- Gosto dele, mas ainda não é ele!
Gosto dela, mas ainda não é ela!
Está frase deveria estar pregada em
muitas portas de quartos de jovens católicos!…

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