sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Reflexões para o Dia do Catequista

Viva a catequese
Celebramos o dia e a semana do catequista. Antes de tudo, o agradecimento, o abraço, a bênção e os parabéns a todos(as) os nossos catequistas. Sem vocês a Igreja vai minguar e piorar. Com vocês teremos mais e melhores discípulos de Jesus de Nazaré.  A Igreja não subsiste sem a catequese, sem a transmissão da fé.
Em vossas mãos catequistas está o futuro da Igreja, porque vocês colaboram com os pais e com os párocos na educação da fé das crianças, jovens e adultos. Vocês são mestres e pais da fé de vossos catequizandos e exerceis como catequistas o sacerdócio batismal.
Catequistas: discípulos e missionários de Jesus Cristo
Paulo Apóstolo (cf Rm 15, 15-16) ensina que todo pregador é um ministro que exerce uma função sagrada e seus ouvintes, mesmo pagãos, santificados pelo Espírito Santo, se tornam uma oferta, um sacrifício vivo, cuja vida é uma culto espiritual agradável a Deus. Eis catequistas o vosso sacerdócio batismal exercido através da catequese.
Sois mestres, sois pais, sois sacerdotes, sois profetas, sois missionários em vossa prática e ação catequética. Vosso nome está escrito no céu, disse Jesus aos apóstolos após sua primeira pregação (cf  Lc 10, 20). Eis o que pensa Jesus sobre vocês catequistas. Ele vos oferece o maior presente, a maior recompensa, a máxima glorificação, a maior condecoração. Por isso mesmo vocês precisam do apoio dos pais, dos bispos, párocos, lideranças, pastorais, movimentos e todas as forças vivas da Igreja. 
Sede homens e mulheres encantados, atraídos e conquistados por Cristo Jesus, deixem-se cativar e enamorar por sua pessoa e seu reino. Repassai esta vossa experiência de amizade e fascinação pelo Senhor aos vossos catequizandos. Não basta o livro, o catecismo. É preciso o calor do coração, a alegria da alma, a exultação do afeto por tão grande missão. Cativai vossos catequizandos a serem amigos e seguidores de Jesus de Nazaré.
No Brasil temos ainda poucos homens, esposos e casais catequistas. Vocês não podem imaginar a força motivadora de um casal catequista. Homens, rapazes, esposos chegou a vossa hora. Cristo precisa de vocês na catequese. A Igreja os convoca a serem catequistas, mestres, e educadores da fé. Não sejais omissos. Vossa omissão empobrece o reino de Deus. A omissão é uma das piores tentações. Precisamos de homens catequistas com o mesmo ardor, zelo, competência das mulheres.
Por fim, escutemos o que diz São Gregório Magno aos pregadores: “um pregador deve se fazer ouvir mais por seus atos que por suas palavras. Antes de fazer ressoar as palavras de uma santa pregação, é preciso que o pregador se acorde pelo seu empenho em realizar boas obras”. Este conselho serve para todos nós, ou seja, a incoerência entre o que dizemos e o que somos, nos cansa, desestabiliza e nos desacredita, perante os outros. Aprendamos catequese com a beleza da criação, com a letra dos cantos, com a celebração litúrgica, com o dinamismo pastoral, com o testemunho da fé das pessoas, com a vida dos santos, com boas leituras e bons catecismos. 
Todos somos chamados a catequizar a nós mesmos diariamente através da oração e da leitura orante da Palavra de Deus. Precisamos estar num continuo processo de conversão, da atualização, de santificação. Nosso compromisso com a catequese de iniciação à vida cristã é irreversível. Precisamos superar todo tipo de sacramentalização.
Que se apresse o dia em que cada criança, jovem, adulto batizado seja também evangelizado. Que cada pessoa batizada, crismada, casada na Igreja se torne discípulo missionário, engajado na comunidade e profeta do reino de Deus na sociedade. Com a catequese melhora o cristão, a família, a Igreja e a sociedade.
                                              Dom Orlando Brandes - Arcebispo de Londrina
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                         Fonte: arqlondrina.com.br      Ilustração: paroquiafatimaviamao.org
                     As Bem-aventuranças do catequista
Ser catequista é ser encantador de gente, como Jesus foi. Ser encantador de gente se aprimora com o tempo e talvez seja uma das coisas mais lindas do Catequista: ser capaz de “abrir os olhos” das pessoas para a vida, para si mesmas, para o sagrado mistério do mundo e de Deus.
É uma delícia ser catequista, mesmo em meio a dor, sofrimento, dúvidas e decepções. Por isso, o catequista precisa ser declarado Feliz ou Bem-Aventurado:
Bem-aventurado o catequista que se sente chamado, no fundo do fundo de si mesmo, para essa missão. Foi capaz de ouvir a voz amorosa de Deus que o convida a ser companheiro na tarefa de construir um mundo novo.
Bem-aventurados os catequistas
Bem-aventurado o catequista que se descobre incompleto e, por isso, se coloca a caminho, em busca de formação, de reflexões, de conversas, de partilhas de experiências. É capaz de perder noites de sono, de dedicar dias inteiros a estudar, a ler bons livros, porque sabe que a educação da fé é uma arte que precisa de muita dedicação.
Bem-aventurado o catequista que se esforça para participar do seu grupo de catequistas porque acredita que o trabalho em conjunto é capaz de remover obstáculos e criar coisas novas. Sabe que a amizade é o encantador tempero da caminhada e da vida.
Bem-aventurado o catequista que, mesmo sem recursos disponíveis, aprendeu a ser criativo, sobretudo na arte de ser amigo dos catequizandos e soube inventar lugares e meios para anunciar a beleza de ser cristão e viver em comunidade.
Bem-aventurado o teimoso catequista que não desiste diante de desafios que aparecem na Igreja, na comunidade, no grupo de catequistas, no trabalho com os catequizandos. É capaz de “chorar as mágoas”, sem endurecer o coração. Tem o dom de se alegrar imensamente com as pequeninas conquistas e passos dados.
Bem-aventurado o catequista que descobriu a internet e as redes sociais como lugar de evangelização. Percebeu que Deus se revela em todo lugar. Está atento às novas linguagens e tem na música, na arte, no cinema, na poesia, formas privilegiadas para a transmissão da fé no mundo de hoje.
Bem-aventurado o catequista que percebeu que, sem a Beleza a experiência cristã e a catequese permanecem incompletas, porque Deus é Beleza, esplendor e espanto. A educação da fé provoca admiração, sobressaltos de infinito, paixão pelo Absoluto, uma inexplicável emoção que nos derruba nos caminhos de Damasco, que são os de todas as vidas e nos faz novos e inquietos.
Bem-aventurado o catequista que, apaixonado pela Palavra de Deus, descobriu na experiência de seguir Jesus Cristo a alegria de viver e, por isso, anuncia a Fé na Vida. Procura ser íntegro, justo, solidário, verdadeiro, de bem com a vida, comprometido com a comunidade de fé.
Bem-aventurados os catequistas que foram e são capazes de inspirar a caminhada, agregar pessoas, vislumbrar novos horizontes para a catequese neste país. Souberam prever ou apontar desafios e saídas em momentos de crise e escuridão. Conseguiram manter acesa a chama da alegria, apesar dos dramas que surgem no cumprimento da missão.
Não se trata de ser perfeito, mas consciente da sua imperfeição, o catequista é Feliz porque ama e se deixa surpreender pelo amor de Deus.
                                                                                           Lucimara Trevizan
                           Coordenadora da Comissão de Catequese do Regional Leste 2
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                                                                                 Fonte: soucatequista.com.br

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