sábado, 15 de agosto de 2015

Papa Francisco:
A fé, maior motivo da grandeza de Maria

Cidade do Vaticano (RV) - No dia em que a Igreja festeja a Assunção de Maria, o Papa Francisco rezou o Angelus com os milhares de fieis reunidos na Praça São Pedro. É a primeira vez, desde 1954, que um Papa recita o Angelus no Vaticano na Solenidade da Assunção.
Eis a íntegra da alocução:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia
Hoje a igreja celebra uma das festas mais importantes dedicadas à Bem-aventurada Virgem Maria: a festa da sua Assunção. Ao final de sua vida terrena, a Mãe de Cristo subiu em alma e corpo ao Céu, isto é, na glória da vida eterna, na plena, na plena comunhão com Deus.
A página do Evangelho do dia nos apresenta Maria que, logo após ter concebido Jesus por obra do Espírito Santo, vai até sua parenta Isabel, também ela milagrosamente na espera de um filho. Neste encontro pleno do Espírito Santo, Maria expressa a sua alegria com o Cântico do Magnificat, pois tomou plena consciência do significado das grandes coisas que estão se realizando na sua vida: por meio dela chega ao cumprimento toda a espera de seu povo.
"A vida de Maria
mostra que Deus cumpre grandes obras através dos mais humildes"
Mas o Evangelho nos mostra também qual é o motivo mais verdadeiro da grandeza de Maria e da sua bem-aventurança: o motivo é a fé. De fato, Isabel a saúda com estas palavras: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu”. A fé é o coração de toda a história de Maria; ela é fiel, a grande fiel; ela sabe – e o disse – que na história pesa a violência dos prepotentes, o orgulho dos ricos, a arrogância dos soberbos. Todavia, Maria acredita e proclama que Deus não deixa sozinhos os seus filhos, humildes e pobres, mas os socorre com misericordia con solicitude, derrubando os poderosos de seus tronos, dispersa os orgulhosos nas tramas de seus corações. Esta é a fé de nossa Mãe, esta é a fé de Maria!
O Cântico de Nossa Senhora nos deixa também intuir o sentido realizado na vida de Maria: se a misericórdia do Senhor é o motor da história, então não "poderia conhecer a corrupção do sepulcro aquela que gerou o Senhor da vida". Tudo isso não diz respeito somente a Maria. As "grandes" coisas feitas nela pelo Onipotente nos tocam profundamente, nos falam de nossa viagem na vida, nos recordam a meta que nos espera: a casa do Pai. A nossa vida, vista à luz de Maria assunta ao Céu, não e uma ociosidade sem sentido, mas e uma peregrinação que, mesmo com todas as suas incertezas e sofrimentos, tem uma meta segura: a casa de nosso Pai, que nos espera com amor. É bonito pensar nisto: que nós temos um Pai que nos espera com amor e que também a nossa Mãe Maria está lá, e nos espera com amor.
No entanto, enquanto transcorre a vida, Deus faz resplender para o seu povo, peregrino na terra, um sinal de consolação e de segura esperança. E este sinal tem um rosto, este sinal tem um nome: o rosto luminoso da mãe do Senhor, o nome bendito de Maria, a cheia de graça, bem aventurada porque acreditou na palavra do Senhor: a grande fiel! Como membros da Igreja, somos destinados a partilhar da glória da nossa mãe, porque, graças a Deus, também nos acreditamos no sacrifício de Cristo na cruz e através do Batismo, somos inseridos em tal mistério de salvação.
Hoje todos juntos rezemos a ela, para que, enquanto se desvela o nosso caminho sobre a terra, ela nos dirija os seus olhos misericordiosos, ilumine o nosso caminho, nos indique a meta, e nos mostre depois deste desterro Jesus, o fruto bendito do seu ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!
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                                                                       Fonte: radiovaticana.va      news.va

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