Audiências do Papa Francisco nesta manhã

Presidente do Chile, Dehonianos

e membros das Pontifícias Obras Missionárias

Cidade do Vaticano (RV) – Francisco iniciou sua série de audiências desta sexta-feira (05/06) recebendo, no Vaticano, a presidente do Chile, Michelle Bachelet.

Papa recebe a presidente do Chile, Michelle Bachelet

Entre os temas tratados, falou-se das boas relações bilaterais existentes, com os votos de que possam ser reforçadas ainda mais no âmbito dos instrumentos jurídicos previstos pelo Direito Internacional. Ainda na pauta, o Papa e Bachelet mencionaram assuntos de interesse comum, como a proteção da vida humana, a educação e a paz social. Neste contexto, reiterou-se o papel e a contribuição positiva das instituições católicas na sociedade chilena, especialmente na promoção humana, na formação e na assistência aos mais necessitados.

Por fim, falou-se da situação da América Latina, com referência especial a alguns desafios que interessam o continente.

O encontro durou cerca de 45 minutos, que se conclui com a tradicional troca de presentes. A presidente deu a Bergoglio um terço de prata e lápis-lazúli e um livro ilustrado sobre as igrejas chilenas, intitulado "Iglesias de la fin del mundo".

O Papa retribuiu com uma medalha de São Martinho, que cede o seu manto ao pobre. Sucessivamente, Bachelet foi recebida pelo Secretário de Estado vaticano, card. Pietro Parolin.

Em entrevista ao jornal da Arquidiocese de Santiago, antes da audiência, a presidente definiu Francisco como um líder espiritual muito importante, não somente para muitos de seus compatriotas, mas para esta época de mudança que o mundo vive.

“Seu olhar renovado sobre a justiça social e sobre o diálogo é uma contribuição para todos”, destacou Bachelet, acrescentando que será uma conversação “profunda”, já que Francisco conhece muito bem a realidade dos países da região.

No próximo domingo, na parte da tarde, o Papa receberá outros dois líderes latino-americanos: às 16h, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e às 17h, a presidente argentina, Cristina Kirchner. (BF)

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Francisco:

Dehonianos são "canais" de amor de Cristo

Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (05/06) os sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (dehonianos) que participam do Capítulo Geral da Congregação.

O Papa saudou o novo Superior-Geral, Pe. Heiner Wilmer, que foi eleito durante o Capítulo, e todos os dehonianos que atuam, muitas vezes em condições difíceis, em diversas partes do mundo.

Ação pastoral

Tenham sempre o "estilo da misericórdia"

Em seu discurso, o Pontífice deu algumas sugestões para a ação pastoral dos sacerdotes, inspirado pelo tema do Capítulo: “Misericordiosos, em comunidade, com os pobres”.

Como religiosos, observou, “vocês são chamados a serem misericordiosos. Trata-se, antes de tudo, de viver em profunda comunhão com Deus na oração, na meditação da Sagrada Escritura, na celebração da Eucaristia, para que toda a nossa vida seja um caminho de crescimento na misericórdia de Deus”.

A seguir, Francisco falou da vida em comunidade, e indicou o exemplo do fundador, Pe. León Dehon, para reencontrar a razão mais profunda da sintonia espiritual entre os dehonianos, ressaltando que o esforço de renovação do Instituto abraça necessariamente a “solicitude” pela situação de cada religioso.

Missão dos dehonianos

“A misericórdia é a palavra-síntese do Evangelho, podemos dizer que é a ‘face’ de Cristo. E o Senhor os chama a ser ‘canais’ deste amor, em primeiro lugar para com os últimos, os mais pobres, que são os privilegiados a Seus olhos. Deixem-se continuamente interrogar pelas situações de fragilidade e pobreza com as quais entram em contato, e tentem oferecer de maneira mais adequada o testemunho de caridade que o Espírito infunde em seus corações.”

O Papa indicou ainda o “estilo da misericórdia” para que os religiosos se abram às necessidades atuais e operem nos novos areópagos da evangelização, privilegiando as realidades que revelam os sintomas das doenças da sociedade de hoje.

Francisco concluiu seu discurso fazendo votos que as orientações elaboradas pelo Capítulo Geral guiem o Instituto a prosseguir com generosidade o próprio caminho, na estrada traçada pelo fundador e pelos dehonianos que viveram sua vida a serviço do Evangelho.

O Capítulo Geral teve início no dia 17 de maio e se encerra neste sábado, 6 de junho. (BF)

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Francisco:

Missão é o maior desafio da Igreja

O Papa concluiu sua série de audiências desta manhã (05/06) recebendo os participantes da Assembleia Geral das Pontifícias Obras Missionárias, que se encerra esta sexta-feira.

Em seu discurso, Francisco recordou que a atividade missionária constitui ainda hoje o maior desafio para a Igreja. “Como gostaria de encontrar as palavras para encorajar uma estação missionária mais ardorosa, alegre, generosa, ousada, cheia de amor até ao fim e feita de vida contagiante”, disse o Papa, citando sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.

Promoção humana

Jesus Cristo é o fundamento e o centro da missão

Sem a inquietação e ânsia da evangelização – ressaltou –, não é possível desenvolver uma pastoral crível e eficaz, que una anúncio e promoção humana.

Portanto, a Congregação para a Evangelização dos Povos e as Pontifícias Obras Missionárias (POM) são protagonistas de uma renovada evangelização, chamadas a atuar nas fronteiras geográficas e humanas, a sair pelas estradas e ir ao encontros dos irmãos e irmãs que vivem sem a força, a luz e a consolação de Cristo, em especial os pobres e marginalizados.

Missão

Aos responsáveis pelas POM, o Pontífice pediu que estejam atentos a não cair na tentação de se tornarem uma ONG, um escritório de distribuição de subsídios ordinários e extraordinários. “O dinheiro é um auxílio, mas pode se tornar também a ruína da missão”, advertiu.

“Com tantos planos e programas, não deixem Jesus Cristo fora da Obra Missionária. Uma Igreja que se reduz à eficiência dos aparatos de partido já morreu, mesmo que as estruturas e os programas em favor dos clérigos e dos leigos “auto-ocupados” durem ainda por séculos.”

Autenticidade

Para Francisco, uma verdadeira evangelização não é possível sem a energia santificadora do Espírito Santo, o único capaz de renovar e impulsionar a Igreja numa saída autêntica de si para evangelizar todos os povos.

E concluiu: “Que Nossa Senhora, estrela da evangelização, nos dê sempre a paixão pelo Reino de Deus, para que a alegria do Evangelho chegue aos confins da terra e nenhuma periferia fique sem a Sua luz”.

Na Assembleia Geral, participa o responsável pelas POM no Brasil, Pe. Camilo Pauletti. (BF)

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                                                                             Fonte: radiovaticana.va      news.va