Leão XIV agradece aos funcionários do Vaticano
O Papa Leão XIV
recebeu na Sala Paulo VI os funcionários do Vaticano e seus familiares. O
Estado pontifício emprega cerca de 4.800 pessoas que trabalham em vários
setores, como nos escritórios de todos os Dicastérios, Museus, manutenção,
segurança, comunicação e saúde.
Uma ocasião simplesmente para agradecer: assim foi a audiência que o Papa Leão XIV concedeu a todos os funcionários da Cúria Romana, do Governatorato e do Vicariato de Roma - uma comunidade formada por quase cinco mil pessoas que atuam em vários âmbitos administrativos, técnicos e operacionais. Trata-se de sacerdotes, freiras, religiosos, mas sobretudo leigos.
"Este nosso
primeiro encontro não é certamente o momento para discursos programáticos, mas
é antes uma ocasião para agradecer a vocês pelo serviço que prestam e que eu,
por assim dizer, 'herdei' dos meus predecessores", afirmou o Pontífice,
cujo discurso foi interrrompido várias vezes pelos aplausos dos funcionários e
familiares.
Leão XIV
recordou que chegou ao Vaticano somente dois anos atrás, a pedido de Francisco,
que o nomeou Prefeito do Dicastério para os Bispos: "Então, deixei a
Diocese de Chiclayo, no Peru, e vim trabalhar aqui. Que mudança! E agora... O
que posso dizer? Apenas o que Simão Pedro disse a Jesus no lago de Tiberíades:
'Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo' (Jo 21,17)". E acrescentou:
"Os Papas passam, a Cúria permanece".
A Cúria é a
instituição que preserva e transmite a memória histórica de uma Igreja, do
ministério de seus Bispos. Trabalhar na Cúria Romana, portanto, significa
contribuir para manter viva a memória da Sé Apostólica, para que o ministério
do Papa possa realizar-se da melhor maneira possível. E, por analogia, o mesmo
se pode dizer dos serviços do Estado da Cidade do Vaticano.
Uma Igreja
missionária!
Além da memória,
o Santo Padre ressaltou a dimensão missionária da Cúria e de todas as
instituições ligadas ao ministério petrino, citando a propósito a reforma
colocada em prática por Francisco através de alguns documentos, como a
Exortação Apostólica Evangelii gaudium e a Constituição
Apostólica Praedicate Evangelium.
A missão também
faz parte da bagagem pastoral que Leão XIV desenvolveu em meio ao povo peruano:
"Nunca poderei agradecer o suficiente ao Senhor por este dom! Depois, o
chamado para servir a Igreja aqui na Cúria Romana foi uma nova missão, que
compartilhei com vocês nestes dois anos. E ainda a continuo e continuarei,
enquanto Deus quiser, neste serviço que me foi confiado".
E repetiu o
convite feito na noite de sua eleição a sermos uma Igreja missionária, que
constrói pontes, o diálogo, sempre aberta a acolher com os braços abertos todos
aqueles que precisam. "O Senhor confiou a Pedro e aos seus sucessores esta
tarefa, e todos vocês, de diferentes maneiras, colaboram nesta grande obra.
Cada um dá a sua contribuição, realizando o seu trabalho quotidiano com empenho
e também com fé."
Paciência,
humildade e bom humor!
Leão XIV exortou
os funcionários do Vaticano a cooperarem para esta causa e é possível
fazê-lo a partir do comportamento no ambiente de trabalho. "Cada um
pode ser construtor de unidade com a sua atitude para com os colegas, superando
os inevitáveis mal-entendidos com paciência e humildade, colocando-se no lugar
dos outros, evitando preconceitos e também com uma boa dose de humor, como nos
ensinou o Papa Francisco." E concluiu confiando todos à proteção de Nossa
Senhora:
"Queridos
irmãos e irmãs, obrigado mais uma vez de coração! Estamos no mês de maio:
invoquemos juntos a Virgem Maria, para que abençoe a Cúria Romana e a Cidade do
Vaticano, e também as suas famílias, especialmente as crianças, os idosos e as
pessoas doentes e sofredoras."
Representando os membros da Pontifícia Academia das Ciências, participou do evento o cientista brasileiro Vanderlei Bagnato, que depois visitou a Rádio Vaticano e contou como foi o encontro com o Papa.
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