domingo, 4 de maio de 2025

Catequese importante e oportuna:

Esclarecendo e explicitando

Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||

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Influenciador ou explicitador?

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Nunca me vi como um padre catequista influenciador. No decurso de meu ministério, escolhi explicitar, explicar e tornar mais claro para os fiéis o que vinha dos documentos e das reflexões teológicas e sociais que nem sempre chegavam ao povo de maneira compreensível!

Teólogos, sociólogos psicólogos e pensadores, geralmente são pessoas cultas que estudaram anos para elaborarem seu pensamento. Inclusive Papas e Bispos e Professores Universitários.

Então, cabia a nós catequistas EXPLICITAR e até RESUMIR aqueles grossos volumes de sabedoria. O papel do explicitador da fé é trocar em miúdos o que o cidadão comum vê como complicado demais para entender!

Vi isso quando me deram a tarefa de resumir Sartre em o SER E O NADA, ou os PROLEGÔMENOS DA FÉ! Resumir numa manhã? Mas é isto o papel do CATEQUISTA ou CATEQUETA CATÓLICO!

Quer resumir? Vai ter que ler e achar maneira de levar isto ao povo de maneira que até quem nunca frequentou colégio entenda! Parece fácil? Pois não é! É por isso que precisamos de bons explicadores da fé!

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Em Roma, Aparecida, Guadalupe, Fátima, Lurdes, em seus grandes e pequenos santuários, catedrais, paróquias, conventos, a missa dos católicos é a mesma!

Há acolhidas ou procissão de entrada, atos penitenciais, leituras do AT e do NT, salmos, proclamação do evangelho, homilia ou explicitação do assunto daquele dia, procissão de ofertório, proclamação tríplice da santidade do Deus Uno e Trino, orações diversas por todos, sobretudo por quem mais precisa, momento da consagração e transubstanciação, outra proclamação penitencial, proclamação do Pai Nosso o ato da comunhão, as despedidas e promessas de ir lá fora partilhar e anunciar o que houve naquele púlpito e naquele altar!

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E aí começam as contendas que descreve em suas epístolas. Sempre aparecem os pró-ontem ou pró-amanhã querendo que seu grupo uniformize tudo!

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Em vários lugares proíbe-se ou permitem-se danças, instrumentos suaves ou estridentes, palmas, comunhão “em e de” joelhos, o pão oferecido na boca ou nas mãos. E roupas e trajes sacerdotais com desenho e estilo de antes de 1960 e depois do Concílio.

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Quem permite isso? Os bispos, as conferências episcopais, os costumes do país ou do continente!

Quem dá o tom de unidade na diversidade? O Papa e os bispos e padres que assessoram o Papa no Vaticano!

E quem aceita e quem não aceita? Quem critica duramente? Quem acha que unidade é uniformidade? Eu sei e você sabe quem são!

Nos dias de orações, lá em Roma, pelo falecido Papa Francisco, quem filmou cardeais, bispos, padres e diáconos ministrando a comunhão, viu que “ respeitosamente” ninguém se ajoelhou, todos receberam de pé, nas mãos e, com a devida reverência com ou sem véu.

Como atender a 100 ou 200 mil fiéis, senão com a praticidade do ato? Foi tudo respeitoso e prático! Tinha que assim. Há ocasiões em que a caridade pede praticidade. É higiênico, mais rápido e mais ordenado. Revejam as fotos!

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É o que a maioria dos padres fazem! Aqui ou acolá, há líderes que preferem que tudo seja na boca, ajoelhado, as mulheres com véu, e o celebrante com vestes de renda, túnicas e casulas em cortes em violão ao invés de batas… E até missa de 500 anos atrás!

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Quem decide? Os bispos! Aqui e acolá algum padre decide que no seu domínio será como ele pensa que deve ser. Mas em toda a Igreja, mundo afora proibições e permissões!

Os bispos são “epi” “kopos” para isso! São eles que presidem e decidem em comunhão com o Papa, que é o Bispo de Roma e nosso “epi”, o que foi eleito para presidir os, agora, 1 bi e 400 milhões de católicos do mundo!

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O que concluir? Que o essencial está intacto! Tenho 83 anos, vi tudo desde meus 6 anos. O essencial era aquilo e continua aquilo! Isto não mudou: vamos lá celebrar vida e norte, ressurreição, ascensão, presença eucarística de Jesus entre nós!

As mudanças e atualizações vieram porque os Papas e Cardeais e Bispos decidiram sobre o que mudar e o que manter! Não temos medo do passado nem do presente, nem do futuro! Cremos no Cristo Jesus! Somos a Igreja do pão e do vinho e da partilha, da misericórdia e da esperança!

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É tão difícil entender que que um longo rio que corre há 2000 anos terá corredeiras, cachoeiras, curvas, remansos, enchentes e purificações, mas não volta para trás? E que a Terra Prometida não fica no passado, mas no futuro? E que nossa geração tem um deserto atual e presente para atravessar? … pz

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                                                                                         Fonte: facebook.com/padrezezinho,sjc

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