Caridade: amar com o amor de Cristo!
“É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação”. (2Cor 6,1-2)
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O período
quaresmal é o tempo favorável para nos indagarmos: como cumpro os mandamentos
de Deus? Para onde a minha vivência pessoal e comunitária está me levando?
Rever os próprios passos, examinar atitudes pessoais e comunitárias é essencial
para chegarmos à Páscoa renovados na fé e nas atitudes.
Na Quaresma nos
é dada a oportunidade de vivermos um verdadeiro retiro espiritual, onde, sob a
unção do Espírito Santo, possamos nascer de novo para uma vida mais santa.
Entre o saber o que devemos fazer e a pratica dessas atitudes há que se dar um
passo corajoso para mudança de hábitos. Jesus nos ensina a prática da caridade
e faz dela, a caridade, um novo mandamento de amor!
Ele, o Filho de
Deus, nos manifesta, caridosamente, o Amor do Pai que Ele recebeu! E, nos diz:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,12). A caridade é fruto do
Espírito Santo e da plenitude da lei. “A caridade é paciente, prestativa e
não é invejosa, não se ostenta nem se incha de orgulho. A caridade não procura
seus próprios interesses e não guarda rancor. A caridade tudo desculpa, tudo
crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,4-7).
A prática da
Caridade implica em fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem conosco. Não
é apenas dar algo ao outro, mas é dar-se ao outro! É olhar para o próximo,
entender quais são suas necessidades: materiais ou espirituais? É muito
fácil dar algo: um dinheiro, uma comida ou roupas, porém, o mais difícil é dar
nosso tempo, nossa palavra e um pouco de aconchego.
Caridade é olhar
nos olhos do mais necessitado e, com amor, dar-lhe um pouco de nossa essência.
Ao olharmos para Jesus na Cruz, vemos que Ele se deu por inteiro a todos, Ele
não selecionou alguns para serem beneficiados pela sua morte! Porque então, nós
deveríamos escolher a quem ajudar?
Quaresma é tempo
de renovação, de autoavaliação e discernimento. O que eu aprendi de Jesus, eu
coloco em prática? Ou simplesmente doo o que me sobra para aliviar minha
consciência? Aprender e exercitar a prática da caridade neste tempo quaresmal,
nos fará chegarmos à Pascoa definitiva, à vida eterna, com as mãos carregadas
daquilo que ofertamos aqui, aos nossos irmãos.
A oração, o jejum, a penitência e a caridade são meios de crescimento espiritual e conversão. Olhemos para a Quaresma como uma excelente oportunidade de purificação interior, para que façamos escolhas que favoreçam a obra que Deus quer realizar em nós e através de nós. “Para onde irei, longe do vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar?” (Sal 138, 7). Caminhamos para onde dirigimos nossos passos. Que a Virgem Maria, Mãe de Lourdes e Senhora da Quaresma interceda por nossa conversão.
Dom Carlos José - Bispo de Apucarana (PR)
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