buscava a santidade radical.
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Dou o meu testemunho.
Conheci muitos pregadores e irmãs que queriam ser santos. E foram. Entre eles
Dom Helder, Irmã Dulce e Monsenhor Jonas. Foram mais de 50 entre padres,
bispos, religiosos, religiosas e, leigos e leigas que deram precioso testemunho
de fé! Entre eles, também o meu mestre de noviços.
Mons. Jonas
queria ser santo, não santo canonizado, mas santo para conquistar almas para Cristo.
Dizia isto no palco, no púlpito e em acampamentos.
Não tínhamos a
mesma visão pastoral, mas ele respeitava a minha e eu a dele. Ele queria salvar
almas e eu queria reparar as injustiças do nosso país e onde quer que eu fosse!
Na visão dele,
se ele levasse pessoas à santidade elas também seriam justas. Na minha visão,
mesmo que eu não conseguisse convencer as pessoas a serem mais santas, se ao
menos as convencesse a fazer algum bem, já seria um passo à frente numa
sociedade marcada pelo egoísmo.
Ele se baseava
em João e eu em Mateus. Ele tinha os seus argumentos e eu os meus! Para mim a
mística era reparar e libertar, para ele a mística era louvar e salvar.
Porém, as canções dele e as minhas eram litúrgicas e de motivação para o louvor ou para a solidariedade. Eu admirava o talento dele e ele dizia que admirava o meu.
O barco dele
estava em alto mar e não dava mais para voltar. O meu barco também tinha ido
para as águas mais profundas e eu cantava que, no meio das procelas, quem
estava no leme era Jesus.
Os meninos e as
meninas dele cantavam suas propostas, os meus meninos e meninas cantavam as minhas.
No começo cantávamos juntos.
Depois era
natural que nossos barcos lançassem as redes em lugares diferentes. O mar é
grande e cada qual tinha seu jeito de lançar as redes. Mas nunca houve conflito
entre nós dois!
Nosso jeito de
pescar mudou, mas nunca duvidei da sua fome de santidade. Quando alguém compara
nós dois, olho a obra dele e a minha, e não tenho nenhuma dúvida de que o
chamado dele era e é mais forte do que o meu!
Isto também é catolicismo! Reconhecer tranquilamente o valor do outro!
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