Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos
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- Este é o dia que o Senhor fez para nós: / alegremo-nos e nele exultemos!
- Este é o dia que o Senhor fez para nós: / alegremo-nos e nele exultemos!
- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” / A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!”
- A mão direita do Senhor fez maravilhas, / a mão direita do Senhor me levantou. / Não morrerei, mas, ao contrário, viverei / para cantar as grandes obras do Senhor!
- A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. / Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos!
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2ª Leitura: Cl 3,1-4
Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses
(Na missa vespertina, pode-se proclamar o Evangelho de Lucas 24,13-35)
Páscoa: Ressuscitado em nossa vida
Conforme o evangelho da missa da tarde, os discípulos de Emaús estavam desanimados. Tinham pensado que Jesus fosse o Messias revolucionário, que expulsasse o poder romano. Mas foi morto. Passaram três dias, e nada aconteceu. Desistiram de esperar. Não se lembravam de que na Bíblia está escrito: “Depois de dois dias nos fará reviver, no terceiro dia nos levantará” (Os 6,2).
Não havia por que permanecerem abatidos. Após uns três dias, Jesus reviveu para os discípulos, no caminho de Emaús, abrindo-Ihes as Escrituras. Moisés, os Profetas, os Salmos, tudo começou a falar-lhes de Jesus, como para moça apaixonada tudo fala do namorado. Para quem ama Jesus, os textos da Escritura revelam sua lógica: entrar na glória através da cruz. De repente, os discípulos entenderam que este foi o plano de Deus para com Jesus.
Mais ainda lhes falou o gesto do repartir o pão. Tantas vezes Jesus lhes tinha partido o pão, à maneira de um pai de família que o distribui a seus filhos. Tinha feito disso o sinal da partilha de sua própria vida, na Última Ceia. Agora, reconheceram-no ao partir o pão. Então, ele retirou-se da vista deles, mas não do coração…
A memória de Jesus, na Palavra e na Eucaristia, ensina-nos que ele vive conosco. Ele é o centro de nossa vida. Temos que relacionar tudo com ele, enxergar tudo à sua luz, que venceu as trevas, a vida que venceu a morte, a graça que superou a desgraça e o pecado. Isso é vivenciar a ressurreição de Cristo em nossa própria vida, “procurar as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (2ª leitura). A nossa vida velha e abatida morreu, temos uma vida nova escondida lá com ele. Isso transforma nosso modo de viver. Mesmo se exteriormente andamos envolvidos com as lidas e lutas desta sociedade injusta, interiormente já não nos deixamos vencer por ela. Após uns pequenos três dias, experimentamos a presença daquele que venceu a morte. Por isso, vamos viver de cabeça erguida, os olhos fixos em nossa verdadeira vida, que está nele. Se o pecado nos abate, vamos abrir-nos na comunidade, no sacramento. Se a injustiça nos faz morrer, vamos unir-nos em comunidade em torno a Cristo. Isto é Páscoa, nossa ressurreição com Cristo.
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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.
Reflexão em vídeo do frei Felipe Carretta
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