no cuidado com os mais
fracos está o verdadeiro poder
Quer ser grande? Faça-se pequeno,
coloque-se a serviço de todos. Com uma palavra tão simples quanto decisiva,
Jesus renova nosso modo de vida. Ele nos ensina que o verdadeiro poder não está
no domínio dos mais fortes, mas no cuidado com os mais fracos: disse Francisco
no Angelus ao comentar o Evangelho deste XXV Domingo do Tempo Comum.
Quantas pessoas sofrem e morrem por causa
das lutas pelo poder! Essas são vidas que o mundo rejeita, assim como rejeitou
Jesus. Quando Ele foi entregue nas mãos dos homens, não encontrou um abraço,
mas uma cruz. No entanto, o Evangelho continua sendo palavra viva e cheia de
esperança: Aquele que foi rejeitado, ressuscitou, é o Senhor! Foi o que disse o
Papa na alocução que precedeu o Angelus ao meio-dia deste domingo (22/09), XXV
Domingo do tempo Comum.
Hoje, disse Francisco, o Evangelho da
liturgia (Mc 9,30-37) nos fala de Jesus anunciando o que acontecerá no ápice de
sua vida: “O Filho do Homem é entregue às mãos dos homens e eles o matarão, mas
depois de três dias ele ressuscitará”. Os discípulos, no entanto - observou o
Pontífice -, enquanto seguem o Mestre, têm outra coisa em suas mentes e lábios.
Quando Jesus lhes pergunta sobre o que estavam falando, eles não respondem.
Quer ser grande? Faça-se pequeno.
“Prestemos atenção a esse silêncio: os discípulos silenciam porque estavam discutindo sobre quem era o maior. Que contraste com as palavras do Senhor! Enquanto Jesus lhes confiava o sentido da própria vida, eles falavam de poder. E agora a vergonha fecha suas bocas, como antes o orgulho havia fechado seus corações. No entanto, Jesus responde abertamente às palavras sussurradas ao longo do caminho: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último”. Quer ser grande? Faça-se pequeno, coloque-se a serviço de todos.”
Com uma palavra tão simples quanto
decisiva, prosseguiu o Santo Padre, Jesus renova nosso modo de vida. Ele nos
ensina que o verdadeiro poder não está no domínio dos mais fortes, mas no
cuidado com os mais fracos.
Quem acolhe o menor, a mim acolhe
Francisco retomou a passagem desta página
do Evangelho em que Jesus chama uma criança, coloca-a no meio dos discípulos e
a abraça, dizendo: “Aquele que receber uma destas crianças por causa do meu
nome, a mim recebe”. A criança não tem poder: ela tem necessidade. Quando
cuidamos do homem, reconhecemos que o homem está sempre necessitado de vida.
“Nós, todos nós, estamos vivos porque fomos acolhidos, mas o poder nos faz esquecer essa verdade. Então nos tornamos dominadores, não servidores, e os primeiros a sofrer são os últimos: os pequenos, os fracos, os pobres.”
Sejamos como Maria, sem vanglória e prontos
para servir
Como faz habitualmente, Francisco concluiu
propondo-nos – à luz da Palavra do Evangelho - algumas interpelações para nossa
reflexão pessoal.
“Sei reconhecer o rosto de Jesus nos pequeninos? Eu cuido do meu próximo, servindo com generosidade? Agradeço àqueles que cuidam de mim? Oremos juntos a Maria, para sermos como ela, livres da vanglória e prontos para servir.”
Raimundo de Lima – Vatican News
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