Padres que não se dobram
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Há muitas maneiras de se dobrar ou de não
se dobrar! A liturgia é uma delas! Há padres que aceitam as mudanças. Há outros
que não se dobram!!!
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Naquela paróquia havia 1.100 comunhões na
missa das 11 horas. O pároco e três ministros da eucaristia davam comunhão nas mãos.
Até porque o pároco tinha batizados e outras missas às 14 horas.
Veio o novo pároco. Tinha 33 anos. Trocou
de ministros da eucaristia, todos do movimento do novo pároco. Quis implantar
seu movimento na paróquia!
Cancelou a missa das 13 horas, assim a da
11h poderia durar mais.
E ele e seus cinco novos ministros
inauguraram a comunhão de joelhos e na boca e as jovens do movimento vinham de
véu branco na cabeça!
A missa, agora durava 2 horas e 30 minutos.
O sermão era longo e detalhado e cantavam 18 canções durante a missa.
O povo católico, que não era do movimento estranhou,
e, aos poucos, mudou de paróquia. Afinal, mais da metade dos paroquianos tinha
almoço para concluir. Não estavam dispostos a mudar os horários das famílias.
Perguntado sobre o fato, já que me veem
como catequista, limitei-me a dizer que o bispo já sabia das mudanças radicais
naquela cidade. Mais eu não disse! Era assunto para o bispo!
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Eu continuo ensinando que dar a comunhão
nas mãos é mais higiênico e mais pedagógico. Mas é permitido dar na boca.
Depende do padre celebrante!
Se o pároco determina diferente, vai na
consciência dele, do bispo e dos fiéis daquela cidade de três paróquias.
Na paróquia vizinha, o pároco pôs dois
telões para os mais de 800 novos paroquianos. Tinham mudado para lá!
Três engenheiros paroquianos já estão
abrindo duas alas laterais e colocando o altar no centro do templo!
E alargaram o pátio. Os leigos também não
se dobraram ao jovem pároco!
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Se há padres que não se dobram às novas
liturgias iniciadas com o Concílio de 60 anos, também há padres que se dobram e
aceitam as atualizações oriundas do Vaticano II.
Afinal há dois tipos de convicção. Há
católicos convictos de que: atualizar faz parte da fé católica: os rios são
águas que se atualizam!
E há católicos convictos de que a fé é um
grande lago. Para eles o certo é manter tudo como era antes. Mas lagos e lagoas
também se atualizam com as chuvas torrenciais, embora demorem muito mais até
que o povo perceba.
Águas correntes estão em constante mudanças.
Águas paradas parece que não mudam, mas mudam. Seis meses sem chuva mostram a
necessidade premente de mudanças.
E se águas mudam, gente também deveria
mudar e se atualizar!… Atualizar faz parte do ser humano!
Não sendo mudanças radicais, à direita ou à
esquerda da vida, e não sendo centrista demais, o resultado é o diálogo, e o
diálogo só faz bem!
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