Papa Francisco:
A medida do amor de Deus é amar sem medida
Perante uma
imensa multidão de fiéis reunida na Praça de S. Pedro para a oração mariana do
Angelus Papa Francisco começou por recordar que a Igreja na Itália e em muitos
outros países do mundo celebra neste Domingo a festa do Corpo e Sangue de
Cristo e comentou o Evangelho de João que apresenta o discurso de Jesus na
sinagoga de Cafarnaum sobre o “pão de vida”. Jesus sublinha nas suas palavras –
disse o Papa – que não veio a este mundo para dar alguma coisa, mas para
dar a si mesmo, a sua vida, como alimento para aqueles que têm fome d’Ele.
E explicou:
Esta comunhão com
o Senhor empenha a nós, seus discípulos, a imitá-lo, fazendo da nossa
existência um pão partido para os outros, como o Mestre partiu o pão que é
a sua carne.
Imitemos Jesus, que se fez pão partido para todos |
E todas as vezes
que participamos na Missa e nos alimentamos do Corpo de Cristo, continuou o
Papa Francisco, a presença de Jesus e do Espírito Santo opera em nós, molda o
nosso coração, e nos comunica atitudes interiores que se traduzem em
comportamentos segundo o Evangelho:
Antes de tudo, a
docilidade à Palavra de Deus, depois a fraternidade entre nós, a coragem do
testemunho cristão, a fantasia da caridade, a capacidade de dar esperança aos
desesperados, de acolher os excluídos. Deste modo, a Eucaristia faz amadurecer
um estilo de vida cristã. A caridade de Cristo, acolhida de coração aberto, nos
transforma, nos torna capazes de amar não segundo a medida humana, que é
limitada, mas segundo a medida de Deus, isto é, sem medida.
Deste modo, nos
tornamos capazes de amar até mesmo aqueles que não nos amam, de resistirmos ao
mal com o bem, a perdoar, a partilhar, a acolher, e a nossa vida se tornam
"pão partido" para os nossos irmãos. E, vivendo assim, descobrimos a
verdadeira alegria, a alegria de nos fazermos dom para os outros, em troca do
grande dom que recebemos, sem o nosso mérito.
Façamo-nos dom aos outros |
E o Papa
concluiu dizendo que Jesus desceu do céu e se fez carne graças à fé de Maria.
Ela, depois de o ter trazido consigo com amor inefável, também o seguiu
fielmente até à Cruz e à ressurreição, convidando em seguida os fiéis a pedir a
intercessão de Maria para que a todos ajude a redescobrir a beleza da
Eucaristia e a fazer dela o centro da vida
Depois do
Angelus o Papa recordou que no próximo dia 26 de Junho celebra-se o Dia das
Nações Unidas para as Vítimas da Tortura, e exprimiu a sua condenação por todos
tipos de tortura no mundo: Por esta circunstância, reitero a minha firme
condenação de qualquer forma de tortura e convido os cristãos a empenharem-se
para colaborar na sua abolição e para apoiar as vítimas e os seus
familiares. Torturar as pessoas é um pecado mortal, um pecado muito grave!
E por último o
Papa dirigiu a sua saudação a todos os presentes, romanos e peregrinos, e de
modo particular, e de todos se despediu com o seu habitual “Bom Domingo,
bom almoço, rezai por mim, … e arrivederci!”
Fonte: news.va
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