receberá o Pálio das mãos do Papa Francisco no dia 29 de junho
No próximo dia
29 de junho durante a celebração da Santa Missa por ocasião da Solenidade dos
Apóstolos São Pedro e São Paulo, presidida pelo Papa Francisco em Roma, Dom José
Luiz Majella Delgado, CSsR, receberá a imposição do Pálio, sinal de comunhão com
o Bispo de Roma, juntamente com os demais Arcebispos nomeados desde a
celebração da solenidade ano passado. O Clero da Arquidiocese de Pouso Alegre
estará representado pelos padres Dirlei Abércio da Rosa e Juliano de Almeida
Oliveira, que atualmente estão realizando seus estudos em Roma.
Dom José Luiz |
Conforme o
Cânone 437, § 1, o Metropolita está obrigado, dentro de três meses após a
recepção da consagração episcopal, ou, se já estiver consagrado, após a
provisão canônica, a pedir ao Romano Pontífice, pessoalmente ou por procurador,
o Pálio, que se simboliza o poder com que, em comunhão com
a Igreja Romana, está investido pelo direito na própria província.
§ 2. De acordo
com as leis litúrgicas, o Metropolita, pode usar o pálio dentro de qualquer
igreja da província eclesiástica a que preside, mas de modo nenhum fora dela,
mesmo com o consentimento do Bispo diocesano.
§ 3. O
Metropolita, se for transferido para outra sede metropolitana, precisa de novo
pálio.
O Pálio
Ele é uma
espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5 cm de largura e dois
apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã
preta no caso dos Arcebispos e em vermelho para o Papa: quatro no colarinho e
uma em cada um dos apêndices. É confeccionado pelas monjas beneditinas do
Mosteiro de Santa Cecília, em Roma.
Pálio |
Para fazer os
pálios, elas utilizam a lã de dois cordeiros que são ofertados ao Papa
anualmente, no dia 21 de janeiro, pois neste dia, celebra-se a Solenidade de
Santa Inês, jovem mártir cristã dos primeiros séculos.
Uma vez
confeccionados, os pálios são abençoados pelo Papa, guardados numa arca junto
ao tumulo do Apóstolo São Pedro, o primeiro Pontífice, e entregues pelo próprio
Papa, no dia 29 de junho de cada ano, na Solenidade de São Pedro e São Paulo,
aos Arcebispos nomeados após a celebração do ano anterior. O uso do pálio,
que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser
usado pelos Metropolitas a partir do século VI, tradição que vigora até os
nossos dias.
Para entendê-lo,
é importante ter presente que a Igreja Católica está organizada pelo mundo
afora em províncias eclesiásticas. Cada uma é formada por algumas dioceses (não
há número determinado) e uma arquidiocese, em nosso caso formamos a Província
Eclesiástica de Pouso Alegre, que se compõe da Arquidiocese de Pouso Alegre
(1900), Diocese de Campanha (1908) e Diocese de Guaxupé (1916). À frente
dela esta o Metropolita, que é o Arcebispo da diocese-sede. As palavras “arqui”
e “arce”, colocadas junto às palavras diocese e bispo, vêm da língua grega, e
significam “a primeira”, “o primeiro”. Assim, a Arquidiocese e o Arcebispo são
“a primeira” e “o primeiro”, não em linha de importância, mas para serem aquela
e aquele que devem estar a serviço e promoção da comunhão.
Após a sua
nomeação de Arcebispo, deve o Metropolita pedir ao Bispo de Roma, o Papa, o
pálio, símbolo de seu “poder” (o serviço e promoção da comunhão) na própria
Província Eclesiástica e de sua comunhão com a Sé Apostólica. Uma vez recebido
[pálio], usa-o unicamente dentro das funções litúrgicas, sobre os paramentos
pontificais, dentro da Província a que preside, e unicamente nela.
Fonte: arquidiocese-pa.org.br
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