Querem o fim do mundo? Senhor, livrai-nos do mal!
Diante da violência avassaladora da guerra,
às populações atônitas do mundo inteiro não resta que rezar e ajudar aqueles
que sofrem. Há medo e perplexidade diante da loucura de um conflito que pode se
tornar muito maior. Não podemos ficar indiferentes.
Não nos resta que rezar. Diante da
violência inaudita e avassaladora da guerra, diante dos pesadelos de um
conflito maior e devastador, diante da loucura e da irracionalidade que fazem o
mundo tremer, nada mais resta senão invocar a Deus. Toda a humanidade está
angustiada com as notícias que chegam da Ucrânia. Há incredulidade, medo,
perplexidade. Há quem fala de sinais apocalípticos: a pandemia, as alterações
climáticas, a guerra. Há quem recorde como começou a II Guerra Mundial: o
Anschluss, a Sudetenland, a Polônia. O que podemos fazer diante do grande
mistério da iniquidade? Somente elevar os olhos para o céu e rezar.
Podemos ajudar aqueles que sofrem. A
Caritas está na linha de frente. Podemos pensar nas crianças, nas mães, nos
pais, nos avós, nos homens e mulheres da terra ucraniana, que agora está tão
próxima de nós. Eles pedem ajuda, solidariedade. Juntamente com eles estamos
chocados, aterrorizados. Hoje sofrem eles, amanhã quem sabe. Não podemos ficar
indiferentes. Eles são nossos irmãos e irmãs.
O que se quer ocupar? O que se quer
destruir? Que armas serão usadas? Outros países serão atacados? Com que
justificativas estúpidas e falsas? Não queremos acreditar que haja alguém tão
louco a ponto de arriscar devastar o mundo para acrescentar um pouco de poder
ao seu poder. O poder deste mundo passa rapidamente. E depois virá o juízo de
Deus. Mas a história nos ensina que, nestes casos, muitas vezes, o julgamento
humano vem por primeiro.
Soldados vão para a guerra. Obedecem. Eles
matam e são mortos. Por um pedaço de terra que algum poderoso ambiciona. Alguém
vai recusar a ordem de matar inocentes? Alguém se rebelará contra o comando
para realizar um bombardeio indiscriminado e atroz? Ou todos terão orgulho em
esmagar os mais fracos? Gigantes orgulhosos em espezinhar os menores.
Diante desses eventos, sentimo-nos inermes,
sem palavras. Não nos resta que rezar. E ajudar, cada um como pode. Todos nós
devemos rezar. Elevando nossa voz fraca para Deus. Mesmo aqueles que pensam que
são ateus podem rezar. Basta um pensamento. O Criador ouve o grito de todas as
suas criaturas. Devemos estar todos unidos agora, esquecendo toda divisão, todo
contraste, todo rancor, para poder dizer juntos: Senhor, livrai-nos do mal.
Sergio Centofanti
................................................................................................................................................... Fonte: vaticannews.va
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