2° Dia Internacional da Fraternidade Humana
Em 4 de fevereiro de 2019, o Papa Francisco
e o Imame Ahmad al-Tayyeb assinaram em Abu Dhabi o Documento sobre a
Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e a Convivência Comum. E neste dia 4
fevereiro comemora-se o 2° Dia Internacional da Fraternidade Humana instituído
pela ONU.
O Documento sobre a Fraternidade Humana em
prol da Paz Mundial e a Convivência Comum é uma Declaração de intenção conjunta
que fez parte de um caminho marcado por outros documentos produzidos neste
campo, como as declarações finais dos quatro seminários do "Fórum
Católico-Islâmico" realizados em 2008, 2011, 2014 e 2017.
O caminho para construir uma autêntica
fraternidade entre povos de diferentes religiões tem suas raízes na Gaudium
et spes, onde o trabalho das instituições internacionais é apreciado como um
instrumento de desenvolvimento e reconciliação e se expressa ajuda, tanto aos
que acreditam em Deus quanto aos que explicitamente não o reconhecem, para que
"possam tornar o mundo mais conforme à dignidade eminente do homem,
aspirar a uma fraternidade universal apoiada em bases mais profundas, e
responder, sob o impulso do amor, com um esforço generoso e unido aos apelos
mais urgentes de nosso tempo". O conceito da dignidade dada por Deus a
toda a criação, em virtude e por causa da qual somos chamados a proteger e
promover nossos semelhantes, é o fundamento sobre o qual também se apoia o
Documento sobre a Fraternidade Humana. Enquanto as experiências desumanas de
pobreza e guerra - geradas por um terreno fértil para a degradação social,
ética e política onde se alastra o terrorismo - assolam o tempo presente,
através do Documento da Fraternidade assinado em Abu Dhabi, os dois líderes
convidam todos os fiéis a trabalharem juntos em prol de uma cultura do
respeito.
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Assista:
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No II Dia Internacional da Fraternidade
Humana, convocado pelas Nações Unidas, Francisco reafirma que a fraternidade é
o único caminho possível para a humanidade ferida por guerras. “Ou somos irmãos
ou tudo desaba."
Hoje não é o tempo da indiferença: ou somos
irmãos ou tudo desaba. A mensagem do Papa Francisco para o II Dia Internacional
da Fraternidade Humana não é uma premonição trágica, mas é um convite a mudar
de rota, diante de uma realidade feita de “guerras em pedaços”.
A videomensagem foi enviada aos
participantes da mesa-redonda realizada na Expo Dubai 2020, com a participação
de representantes da Santa Sé e de altos expoentes religiosos da Universidade
Al-Azhar, do Cairo.
Em especial, o Pontífice saúda o Grão-Imame
Ahmed Al-Tayyeb, com o qual assinou o Documento sobre a Fraternidade Humana
três anos atrás, o xeque Mohammed bin Zayed e duas instituições: o Alto Comitê
para a Fraternidade Humana e a Assembleia Geral da ONU, que sancionou este Dia
com uma resolução em dezembro de 2020.
Debaixo do mesmo céu
A pandemia, afirma Francisco demonstrou que
ninguém se salva sozinho. Somos todos diferentes, mas todos iguais em dignidade
e “independentemente de onde e de como vivemos, da cor da pele, da religião, da
classe social, do sexo, da idade, das condições de saúde e econômicas, todos
vivemos “Debaixo do mesmo céu”, que é precisamente o tema desta segunda edição.
E por isso, devemos nos reconhecer irmãos,
sendo a fraternidade um dos valores fundamentais e universais na base das
relações entre os povos.
Mas “debaixo do mesmo céu”, quem crê em
Deus tem um papel a mais a desempenhar, que é ajudar os nossos irmãos a elevar
o olhar e a oração ao céu.
“Elevemos os olhos ao Céu, porque quem
adora a Deus com coração sincero ama também o próximo.”
Caminhar juntos
O Papa faz uma proposta: caminhar juntos,
porque hoje é o tempo oportuno, não é o tempo da indiferença nem do
esquecimento.
“Ou somos irmãos ou tudo desaba. E esta não
é uma expressão meramente literária de tragédia, não, é a verdade! Ou somos
irmãos ou tudo desaba, o vemos nas pequenas guerras, nesta terceira guerra
mundial em pedaços, os povos se destroem, as crianças não têm o que comer,
diminui a educação… É uma destruição. Ou somos irmãos ou tudo desaba.”
O percurso da fraternidade é longo e
difícil, constata Francisco, mas é a âncora de salvação para a humanidade. Aos
muitos sinais ameaçadores, aos tempos sombrios e à lógica do conflito, é
preciso responder com o sinal da fraternidade, convidando o outro a empreender
um caminho comum. “Não iguais, não, irmãos, cada um com a própria
personalidade, com a própria singularidade.”
Por fim, o Papa convida todos a se
empenharem pela causa da paz, respondendo aos problemas e às necessidades
concretas dos últimos, dos pobres, de quem é indefeso.
“A proposta é caminhar lado a lado,
“fratelli tutti”, para ser concretamente artesãos de paz e de justiça, na
harmonia das diferenças e no respeito da identidade de cada um. Irmãs e irmãos,
avante juntos neste caminho da fraternidade!”
Bianca Fraccalvieri
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Assista:
................................................................................................................................................... Fonte: vaticannews.va
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