Papa confia os doentes
de todo o mundo à proteção de Nossa Senhora
De surpresa, o Papa Francisco deixou o Vaticano ao
amanhecer e foi rezar diante da imagem de Nossa Senhora na Praça de Espanha,
local no centro da capital italiana onde tradicionalmente se realiza o ato de
devoção no dia da Solenidade da Imaculada Conceição. Este ano, devido à
pandemia, o evento foi cancelado.
Vatican News - Na Solenidade da Imaculada Conceição, o
Papa Francisco não deixou de fazer seu ato de devocão diante da imagem da
Virgem Maria, na Praça de Espanha, centro de Roma.
Para evitar aglomerações, o evento, que normalmente se
realiza à tarde, havia sido cancelado. Mas o Pontífice, às 7h da manhã, sob
chuva, depositou um maço de rosas brancas na base da coluna onde se encontra a
imagem de Nossa Senhora.
Sozinho, em oração, pediu à Mãe de Jesus que guarde
Roma e seus habitantes, confiando a Ela todos os que na cidade e no mundo
sofrem com a doença e o desencorajamento.
Segundo uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé,
pouco antes das 7h15, o Papa deixou a Praça de Espanha e foi até à Basílica de
Santa Maria Maior, onde rezou diante do ícone de Maria Salus Popoli Romani e
celebrou a missa na capela do preséprio. Logo depois, regressou ao Vaticano.
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Papa no Angelus:
Como Maria,
estar aberto à graça e
dizer “não” ao mal e “sim” a Deus
Ao celebrar “uma das maravilhas da história da
salvação”, disse Francisco no Angelus desta terça-feira (8), compreendemos que
o ser humano é criado por Deus para a santidade, como a Virgem Maria, livre do
pecado e cheia de graça. Na Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa convidou
a percorrer desde hoje um caminho de conversão, estando abertos à graça:
“digamos de uma vez por todas ‘não’ ao pecado e ‘sim’ à graça”.
Andressa Collet – Vatican News - Na Solenidade da
Imaculada Conceição, o Papa Francisco realizou um ato privado de devoção a
Maria na Praça de Espanha, em Roma, e rezou a oração mariana do Angelus aos
fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, apesar de dia de outuno chuvoso
e frio na Capital Eterna.
A busca pela santidade
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice fez
referência à festa litúrgica deste 8 de dezembro em que a Igreja “celebra uma
das maravilhas da história da salvação”, que é a da Virgem Maria, “salva por
Cristo, mas de uma forma absolutamente extraordinária”, porque Deus quis que
“não fosse tocada pela miséria do pecado”. Dessa forma, ao longo da vida
terrena, Maria esteve livre de qualquer mancha de pecado e “cheia de graça” (Lc 1,
28).
O Papa, então, recordou o hino que abre a Carta aos
Efésios (cf. 1, 3-6.11-12), quando São Paulo nos ajuda a compreender que o
ser humano é criado por Deus para a santidade, uma graça, uma “beleza com que
Nossa Senhora foi revestida desde o início”, desde o ventre da sua mãe.
“E aquilo que para Maria estava no início, para nós
estará no fim, depois de passarmos pelo ‘banho’ purificador da graça. Aquilo
que nos abre a porta do paraíso é a graça de Deus, recebida com fidelidade por
nós. Contudo, até os mais inocentes foram marcados pelo pecado da origem e
lutaram com todas as forças contra as suas consequências. Eles passaram pela
‘porta estreita’ que conduz à vida (cf. Lc 13, 24). [...] Irmãos e irmãs, a
graça de Deus é oferecida a todos; e muitos dos últimos que estão nesta terra
serão os primeiros no céu (cf. Mc 10, 31).”
A conversão deve começar hoje
Francisco alertou, porém, para se abrir à graça de
Deus ainda hoje, iniciando um processo de conversão e evitando de enganar a si
mesmo, aos homens e ao Senhor:
“Cuidado. Não vale a pena ser esperto: adiar
constantemente um exame sério da própria vida, aproveitando-se da paciência do
Senhor. Ele é paciente, Ele nos espera, Ele sempre está para nos dar a graça.
Mas nós nós podemos enganar os homens, mas a Deus não, Ele conhece os nossos
corações melhor do que nós próprios. Aproveitemos o momento presente! Este é o
sentido cristão de aproveitar o dia. Não desfrutar da vida no momento fugaz,
não, esse é o sentido do mundo. Mas aproveitar o presente para dizer “não” ao
mal e “sim” a Deus; para se abrir à sua Graça; para deixar finalmente de se
fechar em si próprio, arrastando-se para a hipocrisia. Enfrentar a nossa
própria realidade, como somos: assim, somos; reconhecer que não amamos Deus e
não amamos o nosso próximo como deveríamos.”
Tudo isso através da conversão, “pedindo primeiro a
Deus perdão no Sacramento da Reconciliação, e depois fazendo reparações pelo
mal feito aos outros”, indicou o Papa, ao finalizar:
“Mas sempre abertos à graça: o Senhor bate à nossa
porta, bate ao nosso coração para entrar conosco em amizade, em comunhão; para
nos dar a salvação. E essa, é para nós, a forma de nos tornarmos 'santos e
imaculados'. A beleza não contaminada da nossa Mãe é inimitável, mas ao mesmo
tempo nos atrai. Vamos nos confiar a ela, e digamos de uma vez por todas ‘não’
ao pecado e ‘sim’ à Graça.”
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