quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Importantes notícias do Vaticano

Papa Francisco nesta quinta-feira:

pessoas com deficiência têm o direito de receber os Sacramentos

Neste Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, Francisco divulga uma mensagem com um forte apelo, tanto às instituições civis quanto à Igreja, pela inclusão e participação ativa de quem vive uma limitação física e/ou psíquica. Em âmbito paroquial, o Papa reafirma a exigência de oferecer – de forma gratuita – instrumentos idôneos e acessíveis para transmitir a fé, de tornar as pessoas com deficiência em catequistas e de fazer crescer nos fiéis um “estilo acolher” para enriquecer a vida das comunidades: “todas as celebrações litúrgicas da paróquia deveriam estar acessíveis para que cada um possa viver a sua fé”.

Andressa Collet - Vatican News - O Papa Francisco divulga uma mensagem neste 3 de dezembro, instituído pela ONU há 28 anos como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, com um forte apelo à criação de novas iniciativas dentro e fora da Igreja para ajudar na construção de um mundo inclusivo para todos. O Pontífice reconhece os passos importantes dados nos últimos 50 anos, mas volta a encorajar ao compromisso conjunto desde o âmbito da catequese e realidades eclesiais até às instituições civis.

No texto, Francisco demonstra proximidade a quem atravessa situações particularmente difíceis sobretudo durante a emergência sanitária do coronavírus. Apesar de estarmos “todos no mesmo barco, no meio de um mar agitado”, afirma o Pontífice, há “pessoas com deficiências graves que têm de lutar mais”.

A partir do próprio tema da jornada deste ano, «Reconstruir melhor: rumo a um mundo pós-Covid-19, inclusivo da deficiência, acessível e sustentável», o Papa conduz a mensagem através da expressão “reconstruir melhor” que o lembra da parábola evangélica da casa construída sobre a rocha ou sobre a areia (cf. Mt 7, 24-27; Lc 6, 46-49). Por isso, aprofunda sobre a ameaça da cultura do descarte e o fortalecimento da inclusão e da participação ativa, duas rochas para sustentar um novo mundo de inclusão.

A cultura do descarte

Assim como a chuva, os rios e os ventos ameaçam a casa, a cultura do descarte “afeta sobretudo as categorias mais frágeis, entre as quais se contam as pessoas com deficiência”, especialmente em nível cultural. E o Papa afirma:

“Existem atitudes de rejeição que, por causa também de uma mentalidade narcisista e utilitarista, conduzem à marginalização, sem considerar que, inevitavelmente, a fragilidade é de todos. [...] Assim, de modo especial neste Dia, em defesa nomeadamente dos homens e mulheres com deficiência, é importante promover uma cultura da vida que afirme sem cessar a dignidade de toda a pessoa, independentemente da sua idade e condição social.”

A inclusão a partir da Igreja e sociedade civil

A pandemia da Covid-19 também acabou evidenciando ainda mais as disparidades e desigualdades, com particular detrimento dos mais frágeis. Por isso, “uma primeira ‘rocha’ sobre a qual construir a nossa casa é a inclusão”, encoraja Francisco, ao procurar “ser bons samaritanos” e não “viandantes indiferentes” ao desprezar pessoas “com traços da deficiência e da fragilidade” que encontramos pelo caminho:

“A inclusão deveria ser a ‘rocha’ sobre a qual construir os programas e iniciativas das instituições civis para que ninguém, especialmente quem enfrenta maior dificuldade, fique excluído. A força de uma corrente depende do cuidado dispensado aos elos mais frágeis.”

Quanto às instituições eclesiais, o Papa reafirma a exigência de preparar instrumentos idôneos e acessíveis para a transmissão da fé:

“Espero também que os mesmos sejam disponibilizados, da forma mais gratuita possível, àqueles que precisam deles, inclusivamente através das novas tecnologias que se revelaram tão importantes para todos neste período de pandemia. Do mesmo modo encorajo, para sacerdotes, seminaristas, religiosos, catequistas e agentes pastorais, uma formação ordinária sobre a relação com a deficiência e o uso de instrumentos pastorais inclusivos.”

Francisco enaltece a importância do empenho das comunidades paroquiais em “fazer crescer, nos fiéis, o estilo acolhedor das pessoas com deficiência”. A criação de uma paróquia plenamente acessível, complementa o Papa, “requer não só a eliminação das barreiras arquitetônicas, mas sobretudo atitudes e ações de solidariedade e serviço, por parte dos paroquianos, para com as pessoas com deficiência e suas famílias”.

A participação ativa

Para “reconstruir melhor” a sociedade, acrescenta o Pontífice, é preciso que a inclusão “englobe também a promoção da participação ativa” para que as pessoas com deficiência se tornem “sujeitos ativos” e “não só destinatários” tanto na sociedade como na Igreja:

“Reafirmo veementemente o direito de as pessoas com deficiência receberem os Sacramentos como todos os outros membros da Igreja. Todas as celebrações litúrgicas da paróquia deveriam estar acessíveis para que cada um, juntamente com os irmãos e irmãs, possa aprofundar, celebrar e viver a sua fé. Deve ser reservada uma atenção especial às pessoas com deficiência que ainda não receberam os Sacramentos da iniciação cristã: poderiam ser acolhidas e inseridas no percurso catequético de preparação para estes Sacramentos.”

O Papa, então, traz a indicação da participação ativa na catequese das pessoas com deficiência, que “constitui uma grande riqueza para a vida de toda a paróquia”. Dessa forma, finaliza Francisco, é possível edificar, contra todas as intempéries e junto à sociedade civil, a “casa” sólida, capaz de acolher também as pessoas com deficiência, “porque construída sobre a rocha da inclusão e da participação ativa”:

“Portanto, também a presença entre os catequistas de pessoas com deficiência, de acordo com as suas próprias capacidades, representa um recurso para a comunidade. Neste sentido, deve-se favorecer a sua formação para que possam adquirir uma preparação mais avançada nomeadamente em campo teológico e catequético. Espero que, nas comunidades paroquiais, cada vez mais pessoas com deficiência possam tornar-se catequistas, para transmitir a fé de maneira eficaz, inclusive com o seu próprio testemunho (cf. Discurso no Congresso «Catequese e Pessoas com Deficiência», 21/X/2017).”

...........................................................................................................................................................................

O Papa na intenção de dezembro:

rezando, mudamos a realidade e nossos corações

Na intenção de oração para este mês, o Santo Padre recorda que, por meio de uma vida de oração, nutrimos o nosso relacionamento com Jesus Cristo. “O nosso coração muda quando reza”, diz Francisco.

Mariangela Jaguraba - Vatican News - Foi divulgada, nesta terça-feira (1°/12), a videomensagem do Papa Francisco com a intenção de oração para dezembro, último mês de 2020, ano marcado pela pandemia da Covid-19. O Santo Padre confia a intenção de oração a toda Igreja por meio da Rede Mundial de Oração do Papa.

“O coração da missão da Igreja é a oração. A oração é a chave para podermos entrar em diálogo com o Pai. Cada vez que lemos uma pequena passagem do Evangelho escutamos Jesus que nos fala. Conversamos com Jesus. Escutamos Jesus e respondemos. E isto é a oração. Rezando, mudamos a realidade. E mudamos nossos corações. O nosso coração muda quando reza. Podemos fazer muitas coisas, mas sem oração não funciona. Rezemos para que nossa relação com Jesus Cristo se alimente da Palavra de Deus e de uma vida de oração. Em silêncio, cada um reze com o coração.”

A oração do Papa durante a pandemia

O Papa é um homem de oração e a videomensagem testemunha isso com imagens tiradas dos momentos mais emocionantes de 2020: a oração pela pandemia na Praça São Pedro vazia, sua peregrinação ao crucifixo de São Marcelo na Via del Corso, no centro de Roma, os momentos de recolhimento diante do ícone bizantino da Salus Populi Romani na Basílica Romana de Santa Maria Maior. Para o Papa Francisco, a oração não se reduz apenas a um espaço ou momento de contemplação interior. A oração sempre produz uma mudança.

A oração do Papa em tempos de pandemia 27.03.2020

O diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, pe. Frédéric Fornos S.J, recorda que a missão da Igreja está a serviço dos desafios do mundo e isso não é possível sem oração. Francisco resumiu de forma muito simples: “O coração da missão da Igreja é a oração”.

“Para muitos, a oração se resume em um momento de silêncio ou reflexão, mas para aqueles que descobrem sua profundidade é a respiração do coração.”

"A oração nos abre para o Amor, que tem rosto, Jesus Cristo, e nos leva ao Pai. A oração é essencial para a missão da Igreja. Rezemos para que a nossa relação pessoal com Jesus seja sempre nutrida pela Palavra de Deus e por uma vida de oração."

O vídeo do Papa deste mês termina com um convite especial de Francisco a rezar com o coração, durante seu encontro com a Rede Mundial de Oração, em 28 de junho de 2019, por ocasião dos 175 anos do Apostolado da Oração.

Na Audiência Geral do dia 4 de novembro, Francisco aproveitou a ocasião para explicar a vida de oração que Jesus sempre teve: “Durante sua vida pública, Jesus recorre constantemente à força da oração. Os Evangelhos nos mostram isso quando ele se retira para lugares isolados para rezar. São observações sóbrias e discretas, que só nos permitem imaginar esses diálogos orantes. No entanto, eles testemunham claramente que, mesmo nos momentos de maior dedicação aos pobres e doentes, Jesus nunca descuidou do seu diálogo íntimo com o Pai.”

...........................................................................................................................................................................

A partir de 4 de dezembro

pregações do Advento com o novo cardeal Cantalamessa

O novo cardeal e pregador da Casa Pontifícia Raniero Cantalamessa fará as meditações deste Advento com o tema: "Ensina-nos a contar nossos dias, para que venhamos a ter um coração sábio" (Salmo 90, 12). As meditações, com a presença do Papa, serão realizadas na Sala Paulo VI para o devido distanciamento por causa da pandemia.

Gabriella Ceraso – Vatican News - A partir da próxima sexta-feira, 4 de dezembro, com a presença do Papa, terão início as meditações para o Advento. O anúncio foi dado pela Prefeitura da Casa Pontifícia. As meditações foram confiadas ao pregador da Casa Pontifícia, o recém eleito Cardeal Raniero Cantalamessa O.F.M. Cap. que escolheu para este ano o tema: "Ensina-nos a contar nossos dias, para que venhamos a ter um coração sábio " do Salmo 90, 12.

Escolhido por João Paulo II

Desde 23 de junho de 1980, quando João Paulo II o escolheu como pregador, o frade capuchinho continua o seu caminho. Neste longo período o novo cardeal teve a apreciação por parte de três pontífices, causando muita admiração como ele mesmo teve a oportunidade de dizer em uma recente entrevista: "Pensar", disse, "que um Papa como João Paulo II, Bento XVI e até mesmo Francisco encontram tempo para ouvir um pobre e simples frade capuchinho é um exemplo que eles dão a toda a Igreja, um exemplo de estima pela Palavra de Deus. Em certo sentido, são eles que me fazem a pregação".

Para este ano o lugar escolhido para os três encontros de dezembro em preparação ao Natal é a Sala Paulo VI, porque, explica a Prefeitura, responde à necessidade de permitir a devida distância entre os participantes em termos de prevenção anti-Covid.

Os convidados às meditações são os cardeais, arcebispos, bispos, prelados da Família Pontifícia, funcionários da Cúria Romana e do Vicariato de Roma, os Superiores Gerais ou Procuradores das Ordens religiosas que fazem parte da Capela Pontifícia.

O calendário das pregações segue o do Advento, assim desde a primeira semana, 4 de dezembro, depois sexta-feira, dia 11 a segunda semana, e finalmente sexta-feira, 18 de dezembro, sempre às nove horas da manhã.

..............................................................................................................................................................
                                                                                                                       Fonte: vaticannews.va

Nenhum comentário:

Postar um comentário