nos passos dos discípulos de Emaús
No caminho rumo à
Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2021, a passagem dos discípulos de
Emaús (Lc 24,13-35) é apresentada como “pano de fundo” das reflexões contidas
no texto base. Durante o Seminário Nacional da CFE 2021, o subsecretário
adjunto de Pastoral e assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo
e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), padre Marcus Barbosa Guimarães, apresentou um “olhar pastoral” do texto
dos discípulos de Emaús, relacionando com as reflexões da campanha.
O convite dessa
campanha, de acordo com padre Marcus, “é educar para o diálogo”. E é por meio dele
e do testemunho da unidade na diversidade, “inspirados e inspiradas no amor de
Cristo”, que a CFE 2021 quer “convidar comunidades de fé e pessoas de boa
vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para a superação das
polarizações e das violências que marcam o mundo atual”.
O caminho de Emaús
Assim como após a
ressurreição Jesus caminha com os discípulos que retornam a Emaús, o Senhor
“entra na nossa caminhada para abrir os nossos olhos, ensinar o diálogo, para
nos animar na missão”, relaciona padre Marcus.
Nessa passagem, há
um processo em três momentos, refletidos na metodologia ver, julgar e agir
aplicada no texto-base da CFE 2021.
O processo de
Emaús
“No primeiro
momento, o ver, olhar a vida, e ver muitas vezes as escolhas que nós temos
feito que não são escolhas de verdadeiros caminhos de fraternidade , mas são
atalhos, são desvios de falta de comunhão, de falta de solidariedade, de
rupturas entre nós”, contextualiza o padre.
É necessário,
segundo Barbosa, “descobrir os projetos de vida que estamos desviando, também
como Igrejas, e estão sendo desviados na nossa sociedade”.
Na parte do
julgar, a CFE apresenta o convite a voltar-se a Jesus Cristo: “ouvir a palavra,
escutar, dialogar, partilhar, como no processo dos discípulos de Emaús”.
Por fim, o chamado
a envolver-se na missão, com palavras e, principalmente, com ações concretas.
“É o momento do agir. É o terceiro capítulo do texto-base que, no processo dos
discípulos de Emaús, a destinação é a missão”, indica padre Marcus.
Assim como os
discípulos, “o coração arde, os olhos se abrem e o ardor, que agora reinicia na
vida desses discípulos a paixão pela causa do Reino, o anúncio do Evangelho, a
dimensão profunda da fraternidade”.
Assim como em
Emaús, é no caminho que a experiência do diálogo gera fraternidade.
“Somente pelo
diálogo, nos recorda essa Campanha da Fraternidade, nós conseguiremos ir
profundamente nas questões da vida. A pedagogia do diálogo gera esperança,
constrói pontes, sempre no caminho, porque é um processo. Também nós que
estamos na caminhada somos aprendizes do diálogo que gera esperança, e por ele
se constroem pontes, se derrubam muros”, afirmou padre Marcus Barbosa.
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