quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Papa Francisco:
A família nos salva da colonização do dinheiro

Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 30 mil fiéis e peregrinos participaram da Audiência Geral na Praça São Pedro com o Papa Francisco.
Esta quarta-feira (16/09), sob céu encoberto, o Pontífice concluiu seu ciclo de reflexões sobre a família, recordando que a Igreja está prestes a viver dois importantes eventos: o Encontro Mundial das Famílias, em Filadélfia, e o Sínodo dos Bispos, em Roma.
Família de refugiados sírios chega à Grécia 
Para Francisco, diante de uma sociedade administrada pela tecnocracia econômica, é necessária uma nova aliança do homem e da mulher para emancipar os povos da “colonização do dinheiro”. Esta aliança, defendeu o Papa, deve voltar a orientar a política, a economia e a convivência civil.
Desta aliança, a comunidade conjugal-familiar do homem e da mulher é a gramática gerativa. Deus confiou  à família não o cuidado de uma intimidade fim em si mesma, mas o projeto de tornar “doméstico” o mundo. “Propriamente a família está no início, na base desta cultura mundial que nos salva; nos salva de tantos ataques, destruições, colonizações, como a do dinheiro e a das ideologias que tanto ameaçam o mundo. A família é a base para defender-se”, disse o Papa.
Francisco salientou que tudo o que acontece entre o homem e a mulher deixa marcas na criação. Em concreto, o pecado original – a rejeição à bênção de Deus – adoeceu o mundo. Mas, recordou, Deus nunca abandonou o homem; no livro do Gênesis, a promessa feita à mulher parece garantir a cada nova geração uma bênção especial para defender-se do maligno. “Existem muitos clichês, às vezes ofensivos, sobre a mulher sedutora que inspira o mal. Ao invés, há espaço para um teologia da mulher que seja à altura desta bênção de Deus para ela e a para geração!”, defendeu.
Cristo, recordou o Papa, nasceu de uma mulher. “É a carícia de Deus sobre as nossas chagas, nosso erros e pecados. Mas Deus nos ama como somos e quer levar-nos avante com este projeto, e a mulher é a mais forte a leva-lo avante.”
Por fim, Francisco ressaltou que a promessa que Deus faz ao homem e à mulher inclui todos os seres humanos até o fim da história. “Se tivermos fé suficiente, as famílias dos povos da Terra se reconhecerão nesta bênção. Caminhando juntos, sem fazer proselitismo”, disse o Papa, pedindo a bênção de Deus às famílias de todos os ângulos da Terra. (BF)
Assista à integra da Audiência em português


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Francisco pede aos fiéis que rezem por sua próxima viagem

No próximo sábado (19/9), o Papa partirá para a sua 10ª viagem apostólica, tocando desta vez Cuba e Estados Unidos. Nesta quarta-feira, aos milhares de fiéis que lotaram a Praça São Pedro na última audiência geral antes da viagem, o Pontífice pediu que rezassem por ele.
Rezemos pelo Santo Padre e pelo êxito de sua viagem
“Uma missão à qual me dedicarei com grande esperança. O motivo principal desta viagem é o VIII Encontro Mundial das Famílias, a se realizar em Filadélfia. Irei também à sede central da ONU, no septuagésimo aniversário desta instituição. Desde já, comprimento com carinho os povos cubano e estadunidense que, conduzidos por seus Pastores, se prepararam espiritualmente. Peço a todos que me acompanhem com a oração, invocando a luz e a força do Espírito Santo e a intercessão de Maria Santíssima, a Padroeira de Cuba Nossa Senhora do Cobre, e Padroeira dos Estados Unidos, Imaculada Conceição
Confira toda a agenda papal
e a programação da RV na viagem do Papa na página da Rádio Vaticano.
Ainda no próximo sábado, em San Miniato (na região italiana da Toscana) será beatificado Pio Alberto del Corona, Bispo daquela diocese falecido aos 75 anos em 1912, fundador da Congregação das Irmãs Dominicanas do Espírito Santo. 
Francisco recordou o novo beato como um “zeloso guia e sábio mestre do povo a ele confiado. Que o seu exemplo e sua intercessão ajudem a Igreja a caminhar no espírito do Evangelho, gerando frutos de obras de bem”. (CM)
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Papa recorda a ministros preceitos contra mudanças climáticas
O Papa recebeu na manhã desta quarta-feira (16/9), um grupo de ministros do Meio Ambiente da União Europeia. Para contribuir com o debate, o Papa apresentou três aspectos fundamentais que desafiam os Países a tomarem atitudes concretas contra as mudanças ambientais.
Cuidemos da presente e das futuras gerações
Ao recordar que o ministério do meio ambiente assumiu, nos últimos anos, uma posição de destaque nos governos, Francisco afirmou que essa responsabilidade requer uma colaboração eficaz ao interno da Comunidade internacional.
Às vésperas da declaração das Nações Unidas sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável e da Conferência do Clima de Paris, o Pontífice reiterou que os que mais sofrem com as mudanças climáticas são os mais pobres.
Solidariedade
Francisco fez um chamado à genuína solidariedade que, neste caso, quer dizer colocar em prática instrumentos eficazes que unam a luta contra o degrado ambiental com aquela contra a pobreza.
“Existem numerosas experiências positivas em tal direção. Trata-se, por exemplo, de desenvolvimento e transferência de tecnologias apropriadas, capazes de utilizar da melhor maneira os recursos humanos, naturais, socioeconômicos, grande parte destes acessível em nível local, para garantir uma sustentabilidade também a longo prazo”, explicou o Papa.
Justiça
Soma-se a isso o princípio da justiça, já explanado pelo Pontífice na encíclica Laudato si. Aqui, Francisco destacou a questão do “débito ecológico” existente entre o Norte e o Sul, ligado a desiquilíbrios comerciais com consequências também em âmbito ecológico.
“Devemos honrar este débito. Os Países ricos são chamados a contribuir, a resolver este débito dando um bom exemplo, limitando em modo importante o consumo de energia, provendo recursos aos Países mais necessitados para que possam promover politicas e programas de desenvolvimento sustentável”, afirmou o Papa.
Participação
Ao terminar sua reflexão, Francisco apresentou o preceito da participação que requer o envolvimento de todas as partes em causa, principalmente “daquelas que frequentemente ficam à margem dos processos decisórios”.
“Trata-se, obviamente, de um grande desafio cultural, espiritual e educativo. Solidariedade, justiça e participação para o respeito da nossa dignidade e para o respeito da criação”, concluiu o Papa ao garantir que da sua parte e da Santa Sé não faltará apoio para responder de maneira adequada tanto ao grito da Terra quanto ao grito dos pobres. (RB)
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                                                                    Fonte: radiovaticana.va      news.va

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