sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Dia do Papa em Nova Iorque

Trabalhar pela paz e em paz:
Francisco saúda funcionários da ONU
Nova Iorque (RV) – Trabalhar pela paz, mas também em paz: esta foi a mensagem que Francisco deixou aos funcionários da Organizações das Nações Unidas (ONU), ao visitar a sede da instituição esta sexta-feira, em Nova Iorque.
Francisco reza
diante da placa que recorda funcionários da ONU mortos em serviço
O Papa foi acolhido pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, no ingresso do Secretariado, com um piquete de honra e por duas crianças, filhas de funcionários da ONU mortos em serviço, que lhe ofereceram flores.
Após o encontro a portas fechadas com Ban Ki-moon e da troca de presentes, o Pontífice fez uma breve saudação aos funcionários da entidade, agradecendo-lhes por tudo que fizeram na preparação desta visita.
O Papa falou da importância do empenho silencioso, mas eficaz, que os funcionários realizam nos bastidores – um trabalho fundamental para o êxito das iniciativas diplomáticas, culturais, econômicas e políticas das Nações Unidas, para responder às necessidades e às expectativas da família humana.
“Hoje, e todos os dias, gostaria de pedir a cada um de vocês para, segundo as próprias capacidades, cuidar um do outro: ser solidários uns com os outros, respeitar uns aos outros, de modo a encarnar em vocês mesmos o ideal desta Organização, ou seja, uma família humana unida, que vive em harmonia, que trabalha não só pela paz, mas em paz; que age não só pela justiça, mas num espírito de justiça.”
Depois da saudação, Francisco depositou flores diante da placa em memória de funcionários da ONU que morreram em serviço. (BF)
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Papa na ONU:
Educação para superar crise ambiental e social
Depois do histórico pronunciamento no Congresso dos Estados Unidos, em Washington, esta sexta-feira o Papa Francisco cumpriu mais uma etapa marcante desta sua viagem apostólica ao discursar na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Papa durante o discurso na sede da ONU
Diante de mais de 170 chefes de Estado e de governo, do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, o Pontífice definiu a sua visita como uma continuação daquelas realizadas por seus predecessores: Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.
Francisco reconheceu o esforço das Nações Unidas em dar uma resposta jurídica e política às complexas situações mundiais. “Apesar de serem muitos os problemas graves por resolver, todavia é seguro e evidente que, se faltasse toda esta atividade internacional, a humanidade poderia não ter sobrevivido ao uso descontrolado das suas próprias potencialidades”, constatou o Papa.
O Pontífice falou ainda dos órgãos com capacidade executiva real, como o Conselho de Segurança e Organismos Financeiros Internacionais. Estes, todavia, devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países, e não sufocá-los com sistemas de crédito que levam as populações a maior pobreza, exclusão e dependência.
“Dar a cada um o que lhe é devido, segundo a definição clássica de justiça, significa que nenhum indivíduo ou grupo humano se pode considerar omnipotente, autorizado a pisar a dignidade e os direitos dos outros indivíduos ou dos grupos sociais.”
Laudato si
Todo o pronunciamento de Francisco foi inspirado nas reflexões propostas em sua Encíclica Laudato si. O Papa reforçou dois direitos: o direito à existência da natureza e os direitos da pessoa humana.
“Qualquer dano ao meio ambiente é um dano à humanidade. (...) O abuso e a destruição do meio ambiente aparecem associados com um processo ininterrupto de exclusão. Na verdade, uma ambição egoísta e ilimitada de poder e bem-estar material leva tanto a abusar dos meios materiais disponíveis, como a excluir os fracos e os menos hábeis. A exclusão econômica e social é uma negação total da fraternidade humana e um atentado gravíssimo aos direitos humanos e ao ambiente.”
Cultura do descarte
O Pontífice recordou que os mais pobres são aqueles que mais sofrem esses ataques: são descartados pela sociedade, obrigados a viver de desperdícios e sofrer injustamente as consequências do abuso do ambiente.
Como sinais de esperança, o Papa citou a adoção da «Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável», que a Assembleia Geral começa a debater esta sexta-feira, e a Conferência de Paris sobre as alterações climáticas.
Todavia, advertiu, os compromissos solenemente assumidos não são suficientes. A vontade política, segundo Francisco, deve ser efetiva, prática e constante para preservar o meio ambiente e superar fenômenos como tráfico de seres humanos, drogas e armas, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo e terrorismo.
Já as vítimas devem se encontrar em condição de serem protagonistas do seu próprio destino. E a chave para fazê-lo é a educação de meninos e meninas, que são excluídas em alguns lugares.
Francisco ofereceu ainda os indicadores mínimos para que todos vivam com dignidade. Em nível material, são casa, trabalho e terra. Em nível espiritual, é a liberdade do espírito, que inclui a liberdade religiosa, o direito à educação e os outros direitos civis.
Conflitos
A guerra, acrescentou o Pontífice, é a negação de todos os direitos e uma agressão dramática ao meio ambiente. A experiência destes setenta anos de existência das Nações Unidas mostram tanto a eficácia da plena aplicação das normas internacionais, como a ineficácia da sua inobservância. Se respeitada, a Carta das Nações Unidas produz paz. Mas se aplicada quando convém, abre-se uma verdadeira “caixa de Pandora” com forças incontroláveis, que prejudicam seriamente as populações inermes, o ambiente cultural e também o ambiente biológico.
Francisco condenou a proliferação das armas, especialmente as de destruição em massa e as armas nucleares, por contradizer o princípio pacificador da ONU. A corrida armamentista levaria a instituição a se chamar “Nações Unidas pelo medo e a desconfiança”. “É preciso trabalhar por um mundo sem armas nucleares, aplicando plenamente, na letra e no espírito, o Tratado de Não-Proliferação para se chegar a uma proibição total destes instrumentos.”
O Papa renovou seu apelo por uma solução pacífica dos conflitos, principalmente em Ucrânia, Síria, Iraque, Líbia, Sudão do Sul e na região dos Grandes Lagos. “Antes dos interesses de parte, existem rostos concretos. Nas guerras e conflitos, existem pessoas, nossos irmãos e irmãs, que choram, sofrem e morrem. Seres humanos que se tornam material de descarte, enquanto nada mais se faz senão enumerar problemas, estratégias e discussões.”
Narcotráfico
Francisco denunciou ainda a morte silenciosa de milhões de pessoas provocada pelo narcotráfico. “Uma guerra financiada e pobremente combatida. O narcotráfico, por sua própria natureza, é acompanhado pelo tráfico de pessoas, lavagem de dinheiro, tráfico de armas, exploração infantil e outras formas de corrupção. Corrupção que penetrou nos diferentes níveis da vida social, política, militar, artística e religiosa, gerando, em muitos casos, uma estrutura paralela que põe em perigo a credibilidade das nossas instituições.”
Futuro
Para concluir o seu discurso, o Papa citou Paulo VI, para que as suas palavras sejam uma continuação do que foi dito na Assembleia 50 anos atrás: “Eis chegada a hora em que se impõe uma pausa, um momento de recolhimento, de reflexão, quase de oração: pensar de novo na nossa comum origem, na nossa história, no nosso destino comum”.
E deixou o seu apelo às lideranças mundiais: “O tempo presente convida-nos a privilegiar acões que possam gerar novos dinamismos na sociedade e frutifiquem em acontecimentos históricos importantes e positivos. Não podemos permitir-nos o adiamento de ‘algumas agendas’ para o futuro. O futuro exige-nos decisões críticas e globais face aos conflitos mundiais que aumentam o número dos excluídos e necessitados”. (BF)
Assista:
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Papa na visita ao Memorial Ground Zero:
Banir os nossos sentimentos de ódio, vingança e rancor
O Papa Francisco visitou o Memorial Ground Zero, em Nova Iorque, nesta sexta-feira (25/09), onde houve o Encontro Ecumênico e Inter-religioso.
Busquemos a justiça e a paz
“Vários sentimentos e emoções despertam em mim a presença aqui no Ground Zero, onde milhares de vidas foram arrancadas num ato insensato de destruição. Aqui, a dor é palpável. A água, que vemos correr para este centro vazio, lembra-nos todas aquelas vidas que estavam sob o poder daqueles que creem que a destruição seja o único modo de resolver os conflitos. É o grito silencioso de quantos sofreram na sua carne a lógica da violência, do ódio, da vingança”, disse o pontífice.
“Uma lógica, disse o Papa, que só pode produzir angústia, sofrimento, destruição e lágrimas. A água que desce é símbolo também das nossas lágrimas; lágrimas pela destruição de ontem, que se unem às lágrimas por tantas destruições de hoje. Este é um lugar onde choramos; choramos a angústia provocada por nos sentirmos impotentes perante a injustiça, perante o fratricídio, perante a incapacidade de resolver as nossas diferenças dialogando. Neste lugar choramos pela perda injusta e gratuita de inocentes, por não poder encontrar soluções para o bem comum. É água que nos recorda o pranto de ontem e o pranto de hoje.”
Angústia
O Santo Padre disse que minutos antes tinha se encontrado com algumas famílias dos primeiros socorristas caídos em serviço. “No encontro, pude constatar uma vez mais como a destruição nunca é impessoal, abstrata ou apenas de coisas; mas antes de tudo tem um rosto e uma história, é concreta, tem nomes. Nos familiares, pode-se ver o rosto da angústia; uma angústia que nos deixa atônitos e brada ao céu. Mas eles, por sua vez, souberam mostrar-me a outra face deste atentado, a outra face da sua angústia: a força do amor e da recordação. Uma recordação que não nos deixa vazios. Os nomes de tantas pessoas queridas encontram-se escritos aqui, onde estavam as bases das torres; e, assim, podemos vê-los, tocá-los e nunca mais esquecê-los”, disse Francisco.
Somos todos irmãos
“Aqui, no meio duma angústia lancinante, podemos palpar a bondade heroica de que também é capaz o ser humano, a força escondida a que sempre devemos recorrer”, disse o Papa acrescentando: 
“No momento de maior angústia, sofrimento, fostes testemunhas dos maiores atos de dedicação e de ajuda. Mãos estendidas, vidas oferecidas. Numa metrópole que pode parecer impessoal, anônima, de grandes solidões, fostes capazes de mostrar a poderosa solidariedade da ajuda mútua, do amor e do sacrifício pessoal. Naquele momento, não era uma questão de sangue, de origem, de bairro, de religião ou de opção política; era questão de solidariedade, de emergência, de fraternidade. Era questão de humanidade. Os bombeiros de Nova Iorque entraram nas torres que estavam a ruir sem dar muita atenção à sua própria vida. Muitos caíram em serviço e, com o seu sacrifício, salvaram a vida de muitos outros.”
Vida
O Santo Padre disse que “este lugar de morte transforma-se também num lugar de vida, de vidas salvas, numa canção que nos leva a afirmar que a vida está destinada sempre a triunfar sobre os profetas da destruição, sobre a morte, que o bem prevalece sempre sobre o mal, que a reconciliação e a unidade sairão vencedores sobre o ódio e a divisão”.
Que a vida reine soberana
“Enche-me de esperança, neste lugar de angústia e recordação, a oportunidade de me associar aos líderes que representam as numerosas religiões que enriquecem a vida desta cidade. Espero que a nossa presença aqui seja um sinal vigoroso das nossas vontades de compartilhar e reiterar o desejo de sermos forças de reconciliação, forças de paz e justiça nesta comunidade e em todo o mundo. Apesar das diferenças, das discrepâncias, é possível viver num mundo de paz. Perante qualquer tentativa de uniformizar, é possível e necessário que nos reunamos, das diferentes línguas, culturas, religiões, para dar voz a tudo aquilo que o quer impedir. Juntos, hoje, somos convidados a dizer «não» a qualquer tentativa de uniformização e «sim» a uma diferença acolhida e reconciliada.”
Banir ódio
O pontífice disse ainda que “com tal finalidade, precisamos banir os nossos sentimentos de ódio, vingança, rancor. Mas sabemos que isto só é possível como dom do Céu. Aqui, neste lugar da memória, proponho a cada um de vós que faça, à sua maneira, mas juntos, um momento de silêncio e oração. Peçamos ao Céu o dom de nos comprometermos pela causa da paz. Paz nas nossas casas, nas nossas famílias, nas nossas escolas, nas nossas comunidades. Paz naqueles lugares onde a guerra parece não ter fim. Paz naqueles rostos que nada mais conheceram senão angústia. Paz neste vasto mundo que Deus nos deu como casa de todos e para todos. Somente, paz”.
“Assim, a vida de nossos entes queridos não será uma vida que vai acabar no esquecimento, mas estará presente todas as vezes que lutarmos por ser profetas de reconstrução, profetas de reconciliação, profetas de paz”, concluiu o Papa Francisco. (MJ)
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Papa às crianças no Harlem:
“É bom ter sonhos e lutar por eles”
Francisco visitou na tarde desta sexta-feira (25/9), a escola Nossa Senhora Rainha dos Anjos, no bairro do Harlem, em Nova Iorque. Quase 300 crianças receberam o Papa Francisco, que fez um breve discurso. Ao chegar, o Papa brincou: “peço desculpas se ‘roubo’ alguns minutos da aula”.
"Onde há sonho, há alegria, aí sempre está Jesus, sempre"
Na escola, a maioria dos alunos é de filhos de imigrantes latino-americanos e de afro-americanos. “Explicaram-me que uma das bonitas características desta escola - e deste trabalho - é que alguns alunos vieram de outros lugares, até mesmo de outros países”, disse Francisco ao incentivar a vida da grande família que se forma na escola. 
Ao refletir sobre o desafio dos migrantes que se veem diante de um nova realidade, o Papa destacou o papel da escola em formar uma comunidade em que todos não se "sintam estrangeiros, estranhos, mas em casa". 
“Tenho um sonho”
Ao recordar o reverendo Martin Luther King, cujo nome identifica uma rua próxima à escola, o Papa lembrou da frase imortalizada pelo pastor evangélico: “Eu tenho um sonho”.
Ele, destacou Francisco, “sonhou que muitas crianças, muitas pessoas haveriam de ter igualdade de oportunidades. Sonhou que muitas crianças como vocês haveriam de ter acesso à educação. É bom ter sonhos e lutar por eles”. "Onde há sonhos, há alegria, aí sempre está Jesus, sempre", concluiu o Papa.
Assista:
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Papa: 
Deus vive nas nossas cidades e nos dá um rosto
“Deus vive nas nossas cidades, a Igreja vive nas nossas cidades e quer ser fermento na massa, quer misturar-se com todos, acompanhando a todos, anunciando as maravilhas d’Aquele que é Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz”.
O Papa Francisco concluiu o quarto dia de sua visita aos Estados Unidos presidindo a celebração da Santa Missa pela paz e a justiça no Madison Square Garden, “lugar emblemático desta cidade, sede de importantes encontros desportivos, artísticos, musicais, que congregam pessoas de diferentes partes, e não só desta cidade, mas do mundo inteiro. Neste lugar, que representa as diferentes faces da vida dos cidadãos que se reúnem por interesses comuns”.
Deus nos tira do vazio e preenche nossa vida de sentido
A homilia proferida em espanhol, inteiramente inspirada na passagem do Profeta Isaías “O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz”, foi ambientada em um contexto urbano atual, onde “o povo que caminhava, o povo no meio das suas atividades, das suas ocupações diárias; o povo que caminhava carregando seus sucessos e erros, seus medos e oportunidades, viu uma grande luz. O povo que caminhava com as suas alegrias e esperanças, com as suas decepções e amarguras, viu uma grande luz”. “E o povo de Deus – afirmou Francisco - é chamado, em cada época, a contemplar esta luz...que quer chegar a cada canto desta cidade, aos nossos concidadãos, em cada espaço da nossa vida”.
O Papa reconhece a complexidade da vida nas cidades, marcadas por “um contexto multicultural, com grandes desafios não fáceis de resolver”. “As grandes cidades – continuou - tornam-se pólos que parecem apresentar a pluralidade das formas que nós, seres humanos, encontramos para responder ao sentido da vida nas circunstâncias em que nos achávamos”. Por outro lado – fez a ressalva - “as grandes cidades também escondem o rosto de muitos que parecem não ter cidadania ou ser cidadãos de segunda categoria”:
“Nas grandes cidades, sob o ruído do tráfego, sob o «ritmo das mudanças», permanecem silenciadas as vozes de tantos rostos que não têm «direito» à cidadania, não têm direito a fazer parte da cidade – os estrangeiros, os seus filhos (e não só) que não conseguem a escolaridade, as pessoas privadas de assistência médica, os sem-abrigo, os idosos sozinhos – postos à margem das nossas estradas, nos nossos passeios num anonimato ensurdecedor. Entram a fazer parte duma paisagem urbana que lentamente se torna natural aos nossos olhos e, especialmente, no nosso coração”.
Neste contexto, a certeza da presença de Jesus que continua a envolver-se e envolvendo as pessoas numa única história de salvação, nos enche de esperança, disse Francisco:
“Uma esperança que nos liberta daquela força que nos impele a isolar-nos, a ignorar a vida dos outros, a vida da nossa cidade. Uma esperança que nos liberta de «ligações» vazias, das análises abstratas ou da necessidade de sensações fortes. Uma esperança que não tem medo de inserir-se, agindo como fermento, nos lugares onde nos toca viver e atuar. Uma esperança que nos chama a entrever, no meio do «smog», a presença de Deus que continua a caminhar na nossa cidade”.
Para “aprendermos a ver” a “luz que passa pelas nossas estradas”, “Deus que vive conosco no meio do «smog» das nossas cidades” e “encontrar-nos com Jesus vivo e operante no hoje das nossas cidades multiculturais”, o Pontífice propõe o Profeta Isaías como guia, pois ele apresenta-nos Jesus como «Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da Paz». Assim, nos introduz na vida do Filho, para que seja a nossa vida também”.
«Conselheiro admirável»: O Papa explica que “o primeiro movimento que Jesus gera com a sua resposta é propor, incitar, motivar. Sempre propõe aos seus discípulos que partam, que saiam. Impele-os a ir ao encontro dos outros, onde realmente estão e não onde gostaríamos que estivessem. Ide uma, duas, três vezes, ide sem medo, sem repugnância, ide e anunciai esta alegria que é para todo o povo”.
Como «Deus forte», Jesus é aquele que “se misturou com as nossas coisas, nas nossas casas, com as nossas «panelas», como gostava de dizer Santa Teresa de Jesus”. Como “Pai eterno”, “nada e ninguém poderá separar-nos do seu Amor. Pai que, no seu abraço, é boa notícia para os pobres, alívio para os aflitos, liberdade para os oprimidos, consolação para os tristes”.
Por fim, como «Príncipe da paz», Jesus nos impele a “ir ter com os outros para partilhar a boa notícia de que Deus é nosso Pai”:
“Ele caminha ao nosso lado, liberta-nos do anonimato, duma vida sem rostos, vazia, e introduz-nos na escola do encontro. Liberta-nos da guerra da competição, da auto-referencialidade, para nos abrirmos ao caminho da paz. Aquela paz que nasce do reconhecimento do outro, aquela paz que surge no coração ao ver, de modo especial o mais necessitado, como um irmão”.
Ao final da celebração, o Cardeal Arcebispo de Nova Iorque Dolan fez um caloroso agradecimento ao Santo Padre por estar cumprindo “o mais importante e poderoso ato que nós podemos fazer: o Sacrifício da Santa Missa”. (JE)
Assista:
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                                                                      Fonte: radiovaticana.va    news.va

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