Reecontro da Igreja
com o sentido da missão que o Senhor nos confiou
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu, na tarde deste sábado (11/04),
na Basílica Vaticana, às Primeiras Vésperas do Domingo da Divina Misericórdia,
por ocasião da convocação oficial do Jubileu extraordinário da Misericórdia.
A cerimônia teve
início no átrio da Basílica Vaticana, diante da ”Porta Santa”, com a entrega da
Bula “Misericordiae Vultus” (“O rosto da Misericórdia”) aos quatro
Cardeais-Arciprestes das Basílicas papais de Roma. O Regente da Casa
Pontifícia, Mons. Leonardo Sapienza, leu, na presença do Papa Francisco, alguns
trechos do Documento oficial de convocação do Ano Santo extraordinário da
Misericórdia.
| Sejamos instrumento da misericórdia do Pai |
O longo
documento divide-se, a grosso modo, em três partes. Na primeira, o Papa
Francisco aprofunda o conceito de misericórdia e explica o porque da escolha da
data de início em 8 de dezembro, Solenidade de Maria: “para não deixar a
humanidade sozinha à mercê do mal” e por coincidir com o 50º aniversário da
conclusão do Concílio Vaticano II, que que derrubou as muralhas, “que por muito
tempo, mantiveram a Igreja fechada em uma cidadela privilegiada”. “Na prática –
disse o Papa – todos somos chamados a viver de misericórdia, porque conosco, em
primeiro lugar, foi usada a misericórdia”.
Na segunda
parte, o Santo Padre oferece algumas sugestões práticas para celebrar o
Jubileu, como realizar uma peregrinação, não julgar e não condenar, mas perdoar
e doar, permanecendo afastado das fofocas e das palavras movidas por ciúmes e
invejas, tornando-se “instrumentos de perdão”; abrir o coração às periferias
existenciais, realizar com alegria obras de misericórdia corporal e espiritual
e incrementar nas dioceses a iniciativa de oração e penitência “24 horas para o
Senhor”, entre outros.
Por fim, na
terceira parte, Francisco lança alguns apelos contra a criminalidade e a
corrupção - dirigindo-se aos membros de grupos criminosos e aos corruptos;
exorta ao diálogo inter-religioso e explica a relação entre justiça e
misericórdia. A Bula se conclui com a invocação a Maria, testemunha da
misericórdia de Deus.
Como expressão
do seu desejo, de que o Ano Santo extraordinário da Misericórdia seja celebrado
em Roma e em todo o mundo, o Papa Francisco entregou uma cópia da Bula também
ao Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet; ao Prefeito da
Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni e ao Prefeito da Congregação
para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri. Como representante de todo
o Oriente, o Santo Padre entregou ainda uma cópia do documento ao Arcebispo de
Hong-Kong, Dom Sávio Hon Tai-Fai, Secretário da Congregação para a
Evangelização dos Povos. O continente africano foi representado pelo Arcebispo
do Benin, Dom Barthélemy Adoukonou, Secretário do Pontifício Conselho para a
Cultura. O documento foi entregue, enfim, ao Mons. Khaled Ayad Bishay, da
Igreja Patriarcal de Alexandria dos Coptas.
Após a leitura
do Documento oficial de convocação do Ano Santo extraordinário da Misericórdia,
o Pontífice presidiu à celebração das Primeiras Vésperas do II Domingo da Páscoa,
dedicado à Divina Misericórdia.
A Bula de
convocação do Jubileu extraordinário da Divina Misericórdia, que será exposta
na Porta das Basílicas, indica os tempos, as datas de abertura e encerramento,
e as modalidade principais do desenvolvimento.
O documento de
convocação do Ano Santo da Misericórdia constitui um documento fundamental para
reconhecer o espírito, com o qual é convocado, as intenções e os frutos
esperados pelo Papa Francisco.
Clique para ler a Bula na íntegra em português. (MT)
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Papa explica por que convocou Jubileu Extraordiário
Durante sua homilia, após a
leitura da apresentação oficial do Jubileu Extraordinário do Ano Santo da
Misericórdia, o Papa explicou por que decidiu antecipar em dez anos a
convocação de um novo Jubileu.
Foco no
essencial
![]() |
| Este é o tempo da misericórdia |
"Simplesmente
porque a Igreja é chamada, neste tempo de grandes mudanças epocais, a oferecer
mais vigorosamente os sinais da presença e proximidade de Deus. Este não é o
tempo para nos deixarmos distrair, mas para o contrário: permanecermos
vigilantes e despertarmos em nós a capacidade de fixar o essencial", disse
o Papa.
Francisco ainda
advertiu: "É o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o
Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do
Pai (cf. Jo 20, 21-23). Por isso o Ano Santo deverá manter vivo o
desejo de individuar os inúmeros sinais da ternura que Deus oferece ao mundo
inteiro, e sobretudo a quantos estão na tribulação, vivem sozinhos e
abandonados, e também sem esperança de ser perdoados e sentir-se amados pelo
Pai".
Ao lado dos que
sofrem
O Papa refletiu
ainda como deverá ser vivido o Jubileu. "Um Ano Santo para sentirmos
intensamente em nós a alegria de ter sido reencontrados por Jesus, que veio,
como Bom Pastor, à nossa procura, porque nos tínhamos extraviado. Um Jubileu
para nos darmos conta do calor do seu amor, quando nos carrega aos seus ombros
e nos traz de volta à casa do Pai".
Aqueles que se
colocarem no caminho do Senhor e abrirem seus corações à luz do Cristo,
poderão, conclui o Papa, ser "transformados pela sua misericórdia para nos
tornarmos, também nós, testemunhas de misericórdia. Eis o motivo do Jubileu:
porque este é o tempo da misericórdia". (RB)
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Assista à integra da homilia do Santo Padre:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
Assista à integra da homilia do Santo Padre:
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