segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Reflita com dom Carmo:

Outubro: mês de Nossa Senhora Aparecida e das Missões

Quem ama a Jesus Cristo, mostra-O pela evangelização que realiza.

1 – O Concílio Vaticano II afirma, claramente, que todo cristão deve ser missionário. Evangelizador. Isso não significa que deva ir, para terras distantes, mas que deve fazer do seu lar, da comunidade, do ambiente de trabalho, um local de testemunho cristão. Não precisa, tornar-se um fanático, mas um convicto: viver seu batismo onde estiver. O testemunho é o lado externo da fé e da caridade. Santa Terezinha, nunca saiu da França, mas é padroeira das missões: viveu sua vocação com fé, alegria e perseverança.

2 – Infelizmente, os cristãos não assumem, como deveriam, sua fé e batismo. Os pais querem que seus filhos sejam batizados, mas não os educam pelo testemunho. Isto é lastimável. Contratestemunho. Os genitores são os primeiros educadores, de seus filhos. A família deve tornar-se o primeiro santuário cristão. A Bíblia devia vir a ser o livro de cabeceira dos batizados e a Eucaristia o nutrimento das comunidades. Não basta o Brasil ser grande em extensão, se não o for no testemunho.

3 – Cristãos, há algo errado na vivência de nossa fé. Parece existir medo ou até vergonha em ser cristão, para alguns. Jesus afirmou: “quem se envergonhar de Mim, diante dos homens, Eu me envergonharei dele, diante de meu Pai” (Cf. Lc 9, 26). Famílias se desfazem. A participação na celebração eucarística diminui. Cresce a violência nas escolas. Cá ou lá, notam-se manifestações de ódio. Jovens ou até adultos perdem o sentido da vida. Drogas campeiam e a preparação para o futuro é descuidada. Há rumores, para a legalização do aborto. Em certos lugares, o crucifixo não é bem-visto. Suicídios aumentam. Não há como negar: é preciso voltar a Cristo, ao Evangelho, à vivência do bem, do respeito e da justiça. Reivindicar direitos é bom e correto, mas assumir deveres é necessário e urgente.

4 – Jesus nos pediu que fossemos “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13). Ele foi fiel, até o fim: não nos traiu. Assumiu a cruz (nossa!), carregou-a e nela morreu, por nós. Não basta admirá-Lo, mas é necessário imitá-Lo. Repito: falta evangelização nas igrejas. Cita-se Evangelho “a rodo”, mas o testemunho se evapora. Cristãos, há em certos lugares, que são até ridicularizados. Outubro nos lembra Nossa Senhora Aparecida. Ela, depois de Jesus, é nosso maior exemplo. Lembra-nos, ainda, a dimensão missionária, portanto, nossa vocação. Não é correto pedir as bençãos de Deus, negando nosso testemunho: nosso exemplo de vida. Possa, portanto, o mês de outubro, nos fazer pensar, e meditar. Rever nossa caminhada. Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

Dom Carmo João Rhoden, SCJ - Bispo Emérito de Taubaté- SP

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                                                                                                                          Fonte: cnbb.org.br

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