sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Domingo da Palavra de Deus

Santa Sé autorizou
que celebração no Brasil ocorra em  setembro

A Igreja, em âmbito universal, celebra no próximo domingo, 23 de janeiro, o Domingo da Palavra de Deus, conforme estabelecido pelo Papa Francisco com o Motu Proprio “Aperuit illis”. No documento, o pontífice definiu que o 3º Domingo do Tempo Comum deve ser dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus.  

Já aqui no Brasil, há o incentivo que a data seja lembrada, como forma de conservar a unidade com a Igreja que, em todo o mundo, vai se dedicar ao pedido do Papa Francisco. Mas a ênfase nas celebrações deve permanecer em setembro, uma vez que há no país uma tradição cinquentenária de celebrar o Mês da Bíblia, por ocasião do dia de São Jerônimo, em 30/9. 

É importante lembrar, inclusive, que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por intermédio da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, fornece subsídios e indicações para intensificar a celebração do Mês da Bíblia em setembro. 

Consulta à Santa Sé

A autorização para tal organização foi concedida pela Santa Sé, mediante um pedido específico. Após consulta do episcopado brasileiro, foi autorizado manter a tradição de celebrar o Dia da Bíblia no último domingo do mês de setembro, que há 50 anos é, no Brasil, dedicado à Palavra de Deus.  

Durante a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o episcopado aprovou o envio de um pedido à Santa Sé para que o Domingo da Palavra de Deus fosse celebrado aqui no Brasil no último domingo de setembro, próximo à festa do santo que traduziu os textos sagrados para o latim. 

“Fomos autorizados a manter a celebração do Domingo da Bíblia no último domingo de setembro, conforme o nosso costume precedente”, explica a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Mariana Aparecida Venâncio.  

“Por esse motivo, ainda que recordemos a Palavra de Deus no 3º Domingo do Tempo Comum, como maneira de reafirmar nossa comunhão com o Papa Francisco e com a Igreja do mundo inteiro, a ênfase nas celebrações e os subsídios oferecidos permanecem em setembro, que já é, tradicionalmente, o Mês da Bíblia, celebrado com grande entusiasmo no Brasil há mais de 50 anos”, salienta Mariana.  

A manutenção dessa tradição nacional, sublinha a assessora, deve-se ao fato de que “o empenho das nossas comunidades para com o mês de setembro realiza o desejo expresso pelo Papa Francisco na Aperuit illis, de que o Domingo da Palavra de Deus promova ‘a celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus’ (AI 3)”. 

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Saiba quem são os brasileiros que serão instituídos ministros catequistas
em celebração presidida pelo Papa Francisco

Wanderson e Regina

Em celebração presidida pelo Papa Francisco neste domingo, 23, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, haverá momentos significativos, dentre os quais, a realização do rito pelo qual o ministério de catequista será conferido a fiéis leigos, mulheres e homens.

Receberão o ministério do leitorado alguns fiéis leigos provenientes da Coreia do Sul, Paquistão, Gana e de várias partes da Itália. Do Brasil, para receber o ministério de catequista estarão presentes Wanderson Saavedra Correia  e Regina de Sousa Silva, provenientes da diocese de Luziânia, Goiás.

Wanderson Saavedra Correia é catequista há 11 anos na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Luziânia, Goiás, e animador da forania de Luziânia. Ele também ajuda nas formações de catequistas na diocese e é membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, do regional Centro-Oeste da CNBB.

Ele explica que o convite surgiu a partir do bispo diocesano, dom Waldemar Passini, para serem instituídos ministros da catequese pelo Papa Francisco, em Roma. Ele explica que os dois, ele e Regina, estão cumprindo protocolos sanitários no Vaticano – isolamento de dez dias – para que no próximo dia 23, domingo, possam ser instituídos pelo Papa Francisco como ministros da catequese.

Ele conta que é uma honra representar o Brasil e sua caminhada na catequese. “Para nós representar o Brasil, mostrar como anda a nossa caminhada com a iniciação à vida cristã que se torna tão importante nos dias de hoje está sendo uma graça”, disse.

“Para nós, hoje, é gratidão que se resume tudo. É uma graça e não por questões de mérito nosso, mas em representar todo o Brasil nessa caminhada de estar próximo a Cristo e de mostrar a pessoa de Cristo a todos os nossos irmãos e irmãs que precisam estar mais próximo, então é muito gratificante”.

Para Wanderson, pensar num futuro após essa instituição, pelo Papa Francisco, é pensar que eles estão de fato levando o Evangelho a todos, “que seremos portadores dessa mensagem de uma forma mais especial, porque esse carinho todo, essa alegria que o Papa nos demonstra é algo que devemos transmitir”.

Já Regina de Sousa Silva é catequista há 11 anos na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Céu Azul, em Valparaíso de Goiás (GO). Ela é coordenadora paroquial de catequese, é catequista e animadora da forania de Valparaíso de Goiás, pertencente à diocese de Luziânia (GO).

Para ela é uma grande honra representar o Brasil e toda a caminhada. “Até aqui foi uma grande surpresa. Nós não esperávamos que fôssemos escolhidos entre tantos catequistas no Brasil, mas nós temos a ciência de que não é só o nosso mérito”, disse.

Regina salientou que ela e Wanderson estão representando todos os catequistas e a catequese que é constituída por homens e mulheres, que obedientes à ação do Espírito Santo dedicam a sua vida com muito esforço e com muitas lutas.

“Ser catequista é um serviço essencial para a vida da Igreja. A catequese vem à frente de grandes desafios, um deles é despertar o entusiasmo de cada batizado e, para isso, requer a escuta da voz do Espírito Santo, que nunca deixa falta a sua presença que é fecunda em nós, para que nós possamos revelar Deus a todas as pessoas, então para nós é uma grande graça’, apontou.

Regina apontou que, após essa instituição, o foco é continuar a missão, só que com a alegria maior porque houve o reconhecimento pelo Papa Francisco e por todo o carinho que ele emprega na missão. “Somos eternamente gratos”, finalizou.

Acesso das mulheres aos ministérios do leitorado e acolitado

O Papa Francisco modificou um cânon o Código de Direito Canônico e agora está institucionalizado o acesso das mulheres aos ministérios do leitorado e acolitado. Na carta apostólica em forma de Motu Proprio Spiritus Domini, divulgada no início de janeiro, Francisco estabeleceu que esses ministérios sejam de agora em diante também abertos às mulheres, de forma estável e institucionalizada, com um mandato especial.

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