Papa Francisco:
Cesse a violência na Síria, não a guerras para vender armas;
a paz requer paciência
Cidade do
Vaticano (RV) - "Caminhemos com orações e obras de paz" e
rezemos a fim de que, sobretudo na Síria, "cessem imediatamente a
violência e a devastação".
Em estreita
continuidade com a Vigília de oração e jejum celebrada neste sábado à noite na
Praça São Pedro, também no Angelus deste domingo o Papa voltou a invocar a paz
para todo o Oriente Médio. Diante de dezenas de milhares de pessoas, o Santo
Padre repetiu com veemência: "Não ao ódio fratricida e às mentiras de que
se serve"
Basta com o ódio
entre povos irmãos e basta com as guerras que encobrem interesses mais
perversos do que os objetivos oficiais a que se propõem. Na oração mariana, o
Papa evidenciou mais uma vez a inutilidade da guerra, reiterando seu apelo em
favor da paz na Síria e no mundo:
"Para que
serve fazer guerras, tantas guerras, se não se é capaz de fazer essa guerra
profunda contra o mal? Não serve para nada! Não está bem... Isso comporta,
entre outras coisas, essa guerra contra o mal comporta dizer não ao ódio
fratricida e às mentiras de que se serve. Dizer não à violência em todas as
suas formas. Dizer não à proliferação das armas e a seu comércio ilegal. Existe
muito. Existe muito!"
E é também
abundante, objeta realisticamente o Pontífice, aquela "dúvida" que
"fica" quando alguém impele a dar a palavra às armas:
"Caminhemos com orações e obras de paz!" |
O Santo Padre
fez apelo às consciências de cristãos, não cristãos e homens e mulheres de boa
vontade, a fim de que façam uma escolha de campo em favor da "lógica do
serviço", "não seguindo outros interesses senão os da paz e do bem
comum". E a todos esses renovou o agradecimento com o qual concluíra na
noite precedente as quatro horas da Vigília pela paz:
"Mas o
compromisso deve seguir adiante: continuemos com a oração e com as obras de
paz! Convido-vos a continuar a rezar para que cesse imediatamente a violência e
a devastação na Síria e se trabalhe com um esforço renovado por uma justa
solução do conflito fratricida."
Em seguida, o
Sucessor de Pedro deteve-se sobre os países do Oriente Médio, referindo-se
especificamente a alguns deles. "Rezemos também pelos outros países do
Oriente Médio, particularmente pelo Líbano, para que encontre a desejada
estabilidade e continue a ser um modelo de convivência; pelo Iraque, para que a
violência sectária dê lugar à reconciliação." E rezou por dois outros
conflitos, um antigo e outro recente:
"Pelo
processo de paz entre israelenses e palestinos, para que possa avançar com
decisão e coragem. E rezemos pelo Egito, para que todos os egípcios, muçulmanos
e cristãos, se comprometam em construir, juntos, uma sociedade para o bem de
toda a população. A busca pela paz é um longo caminho que exige paciência e
perseverança! Continuemos com a oração!"
Antes de
despedir-se da multidão de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro,
Francisco recordou a Beatificação de Maria Golognesi, ocorrida neste sábado na
localidade italiana de Rovigo.
"Viveu toda
a sua vida a serviço dos outros, especialmente pobres e doentes, suportando
grandes sofrimentos em profunda união com a paixão de Cristo. Demos graças a
Deus por este testemunho do Evangelho."
O Pontífice
dirigiu, ainda, uma série de saudações a vários grupos presentes na Praça,
entre os quais aos fieis do Patriarcado de Veneza, conduzidos pelo Cardeal
Patriarca Francesco Moraglia.
Antes de desejar
um bom domingo a todos, o Santo Padre concedeu a sua Bênção apostólica.
Fonte: www.news.va Banner: www.radiovaticana.va Foto: catedralmariana.blogspot.com.br..............................................................................................................................................
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