sábado, 28 de setembro de 2013

Leituras do Domingo

26º do Tempo Comum


1ª Leitura: Am 6, 1a.4-7                     Salmo: 145                   2ª Leitura: 2Tm 6,11-16
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EvangelhoLc 16,19-31

"Se alguém ressuscitar dos mortos , não acreditarão"
“Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter’. Abraão, porém, lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão’.”
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Reflexão
A chave da parábola do rico e do pobre encontra-se no versículo final: “se eles não escutam a Moisés e os profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos” (Lc 16,31). Jesus opõe, aqui, duas maneiras de articular a fé: o acento na escuta da Palavra - Moisés e os profetas são, no tempo de Jesus, uma das maneiras que o povo tinha de designar as Escrituras – e a crença em milagres e prodígios, optando, claramente, pelo primeiro caminho. A escuta atenta da Palavra é o caminho privilegiado da fé que nos fornece elementos para que possamos perceber a vontade de Deus e permanecer fiéis à sua proposta. 
A parábola ilustra, de maneira concreta, as conseqüências que provocam o distanciamento da Palavra e dos ensinamentos de Moisés e dos profetas, onde está a clara exigência de socorrer o pobre (Dt 5,1-11). O esquecimento do pobre é o esquecimento de Deus, de tal maneira que aqueles que oprimem os fracos e pequenos cavam um abismo entre eles e o mundo de Deus. 
Alimentar-se continuamente das Escrituras, não perder uma só migalha do que Deus nos fala, atentar para o sinais que nos comunica através dos acontecimentos da vida, entregar-se disciplinadamente a buscar sua vontade são algumas possibilidades que se descortinam diante de nós como anúncio desta palavra e como fundamento da nossa fé. 
Em nossa celebração, sobretudo a liturgia da palavra, é momento privilegiado de escuta de Deus que se revela a nós, ajudando-nos a tomar consciência de nós mesmos, julgando nossas atitudes egoístas, indicando o caminho a seguir, transfigurando nosso coração para uma conduta de acordo com a vida e o ensinamento de Jesus.
       Fonte: revistadeliturgia.com.br     Banner: cnbb.org.br     Ilustração: franciscanos.org.br
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