Nós estamos crescendo e vocês diminuindo...
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Ela falou discordando de mim! Não me vê
como seu catequista. Acha que sou contra os carismáticos! Não sabe que eu
também sou carismático, mas não da RCC, que eu respeito!
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Foi o que disse a dona Dóris V.T. E
argumentou perguntando:
- POR QUE o Sr. acha que os mosteiros de vida
contemplativa estão cheios de candidatas? E as comunidades de louvor, oração e vida
estão com milhões de candidatos? E os seminários e noviciados de homens e
mulheres, dificilmente passam de 10 candidatos por ano?
Foram as perguntas que dona Dóris me fez! E
emendou:
- Será porque, depois do Concílio Vaticano,
a Igreja perdeu a essência e o rumo?
- Será porque os jovens católicos preferem
uma Igreja mais tradicional e conservadora?
EIS MINHA RESPOSTA:
- Todos os livros que li sobre grandes
mudanças no mundo e na Igreja, a resposta era a de que a cada reação sempre
houve uma contrarreação! A cada reforma era seguida por uma contra reforma.
Igrejas foram sucedidas por outras Igrejas.
E no decurso vieram outra contra-igrejas.
A mudança radical da parte de alguns
católicos esquerdistas ou reformistas que dominavam os meios de comunicação nos
anos 60/80, anos depois foram surpreendidos por uma reação dos anti Concílio.
Os que reagiram eram de perfil conservador
e tradicionalista.
Mas, atentemos para os ciclos da História:
-reformistas e conservadores políticos e religiosos cedem lugar para
atualizadores e, outra vez , vêm novos movimentos de purificação e, em seguida,
vem outra mudança e outro avanço. É o pêndulo da História!
Todas eras tiveram sua perestroika e sua
glasnost. Concílios sucederam a outros concílios e uma revolução sucedeu a
outra!
Em meio século, o pêndulo da História
política e religiosa do mundo costuma ir de um lado para o outro.
Na igreja católica estamos vivendo este fenômeno.
Mas não é coisa de jovem que opta para
voltar ao passado. Foram seus mestres que os convenceram de que o passado era melhor.
É coisa de pregador insatisfeito com as atualizações de sua própria Igreja.
Então dão marcha a ré.
A mídia e a internet completam estas mudanças.
Os jovens seguem. Os adultos os motivam!
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Vai mudar de novo? Haverá outros ciclos de atualização?
Tudo indica que sim! Quem viver verá!!!
Depois de 1959 -65 a maioria dos papas eram
atualizadores. Levaram adiante o Concílio.
Mas quem mais reagiu foram os leigos
católicos com posições políticas conservadoras, em guerra contra o avanço da
esquerda e contra o comunismo.
Estando em guerra ideológica tachavam
qualquer atualização como marxismo. Mas era apenas o novo catecismo atualizado
e nascido do Concílio. Eles nunca viram as atualizações da nossa Igreja com
bons olhos!
Houve, sim, uma pequena porcentagem de
padres e bispos descontentes com o VATICANO II , mas quem mais reagiu foram os
leigos com viés político disfarçados em católicos piedosos e defensores do
passado .
O assunto tornou-se fortemente ideológico e
partidário!
Releiam a história e constatem se não foi
isto mesmo!
Não era defesa da fé católica: era defesa
da democracia capitalista.
A esquerda perdeu e houve um ensaio de
retomada dos valores conservadores. A política foi para a direita e para o centro.
Sessenta anos depois muitos católicos leigos
influentes continuam atacando a TL marxista, que já perdeu o discurso.
Estes católicos agem como se não houvesse,
há 3 mil anos, a TL BÍBLICA.
Releiam os 150 salmos. Eram cantos e salmos
de libertação. Era a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO BÍBLICA.
O marxismo veio quase 3 mil anos depois… E
os catequistas da época, já estavam pregando libertação há 30 séculos!…
E, padre jovem, eu já cantava a Teologia da
Libertação Bíblica e sem o viés marxista!
O papa Bento XVI condenou apenas a TL com
viés Marxista, não a TL histórica e Bíblica.
Releia os 150 salmos. Eram cantos de libertação!
E era libertação política não marxista, e era teologia bíblica libertadora!… É
claro que eram políticos e religiosos!
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