terça-feira, 18 de abril de 2017

Vivendo e aprendendo

Qual o significado da Oitava Pascal?

Com a celebração da Ressurreição do Senhor, na Vigília do Sábado Santo, entramos no Tempo Pascal, formado por sete semanas até a Solenidade de Pentecostes. Este tempo é marcado pela alegria da vida nova que recebemos de Cristo. É o tempo litúrgico mais forte do ano, pois é a passagem da morte para a Vida.
Durante o Tempo Pascal, em todas as celebrações litúrgicas, o Círio Pascal permanece aceso, pois ele representa o Cristo Ressuscitado que ilumina nossa vida, que dissipa as trevas da morte e faz resplandecer em todos nós a luz de Deus. O Círio é como essa grande coluna luminosa que nos guia para a libertação plena da vida.
A Ressurreição de Cristo dá sentido a sua Cruz
Dentro do Tempo Pascal temos a Oitava de Páscoa. Como a Festa da Páscoa é o coração da nossa fé, reservam-se oito dias para celebrar solenemente a Ressurreição de Cristo. A Oitava Pascal é, portanto, os primeiros oito dias do Tempo Pascal, iniciados no domingo após a Vigília da Ressurreição. No Tempo Pascal os Domingos tem uma mesma unidade solene, não se diz 2º Domingo depois da Páscoa, mas se diz: Segundo Domingo da Páscoa. Por isso, na Oitava Pascal, a Igreja, comunidade do Ressuscitado, proclama solenemente: “este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos” (Sl 118, 24). O dia que o Senhor fez para nós é o dia que a vida venceu. “Na verdade Ele não poderia estar no sepulcro, pois não pode mais haver morte onde o viver se tornou missão”.
A Oitava Pascal traz para o centro da celebração litúrgica da Igreja o mistério da Ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa de Jesus continua na ação da Igreja, por isso na Oitava Pascal celebramos que todo dia se tornou Domingo. Razão pela qual na Oitava Pascal se entoa o Hino de Louvor nas missas, que geralmente é cantado apenas na missa dominical, com exceção do tempo da quaresma e advento. Por isso, durante oito dias celebramos a Solenidade da Ressurreição de Jesus como se fosse um único dia - “o dia que o Senhor fez para nós!”
No passado, a Oitava Pascal era um tempo especial de contato com a fé para os que tinham sido batizados na Vigília Pascal. No batismo eles recebiam a veste branca, e essa veste era tirada no final da Oitava Pascal. Era momento para aqueles que renasceram pelo batismo poder experimentar a vida nova em Cristo.
Por isso, a Oitava Pascal convida-nos a fazer da nossa vida uma contínua Páscoa, um tempo de renovar a confiança no Senhor, colocando em suas mãos a nossa vida e o nosso destino. É um tempo para que, Ressuscitados com Cristo, aprendamos a buscar as coisas que são do alto - (Col 3,1).
                                                                            Pe. Luiz Camilo Junior, C.Ss.R.
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Oitava de Páscoa:
tempo de celebrar a Ressurreição

A melhor maneira de vivenciar o mistério da páscoa é assumir de forma consciente e responsável o próprio batismo, diz dom Geraldo
Durante todos os dias desta semana, até o próximo domingo, a Igreja comemora com alegria a Ressurreição de Jesus. Este é o acontecimento mais importante da história para os cristãos, pois, Jesus, morreu, ressuscitou e continua entre nós. O Arcebispo de Mariana (MG), dom Gerado Lyrio de Rocha, explica que Páscoa é uma solenidade tão grande que não dá para celebrar num dia só. Por isso a igreja na sua sabedoria de mãe e mestra prolonga por oito dias a celebração da páscoa. “A páscoa é o centro do ano Litúrgico por ser o centro da vivência e da fé cristã. Se Cristo não tivesse ressuscitado nossa fé não teria sentido vai dizer o apóstolo Paulo. Então, o mistério da morte e ressurreição de Cristo é o que está no centro, é o acontecimento fundante da nossa própria fé”, destaca o bispo.
Para dom Geraldo, a melhor maneira de vivenciar o mistério da páscoa é assumir de forma consciente e responsável o próprio batismo. “A oitava da páscoa tem essa característica batismal até porque na vigília da páscoa se celebram o batismo especialmente de adultos. Então, a oitava da páscoa tem um sabor bem batismal. Aí está o fundamento da nossa vivencia cristã. É assumir o nosso batismo para vivê-lo intensamente como filhos de Deus, como irmãos de Jesus Cristo, como templos do Espírito Santo, como membros do povo santo de Deus e a igreja de Cristo. Então, a oitava da Páscoa deve reavivar tudo isto em nós para vivenciarmos o que celebramos na fé traduzindo em atos concretos em nossa vida”. 
Após essa Oitava de Páscoa, a Igreja continua vivendo o Tempo Pascal até o domingo de Pentecostes que acontece cinquenta dias após a celebração da ressurreição de cristo. Este ano será celebrado dia 4 de junho. Neste período, a igreja convida, por meio da liturgia, a contemplar a presença do ressuscitado que continua no meio dos seus. “O pentecostes é o coroamento da páscoa, a obra realizada por Jesus. O que Ele fez com sua morte e ressurreição agora é coroado com a vinda do Espírito Santo e é ele que faz com que o mistério da páscoa que celebramos não seja uma coisa do passado que é apenas recordado numa oração. É muito mais do que isso. É o Espírito Santo de Deus que faz com que o mistério pascal se torne presente e realidade em nossa vida. Em todos os gestos litúrgicos, mas sobretudo na Santíssima Eucaristia. A Eucaristia é a celebração do mistério pascal de Cristo. A Páscoa de Cristo acontecendo em nova vida e a nossa inserida no mistério pascal de cristo quem faz tudo isso é o Espírito Santo que da vida a igreja e que vivifica o cristão na sua vivencia de fé para que mistério pascal seja realidade na sua existência”, ressalta dom Geraldo.
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