quinta-feira, 27 de abril de 2017

55ª Assembleia Geral da CNBB

Núncio Apostólico no Brasil
celebra missa e fala sobre testemunho

O segundo dia da 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começou com a celebração da Santa Missa no Altar Central do Santuário Nacional, presidida pelo Núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello que falou sobre o testemunho, um dos temas chave do Evangelho de São João.
“Vencendo com o amor e com o perdão o filho que se fez carne a morte e o pecado, definitivamente, foram transformados pela vida que transcende o tempo e o realiza. A morte a ressurreição de Jesus são o lugar o momento culminante da revelação do Deus anunciado por Jesus como Pai. Nesse contexto, o Evangelho afirma que devemos dar ouvidos ao testemunho de Jesus”, destacou.
Durante a celebração Dom Giovanni falou da rejeição que Jesus sofreu mesmo depois da morte.
Dom Giovanni D'Aniello na homilia
“Com a sua paixão e morte Ele penetra no abismo no mistério da iniquidade, no mistério da dureza obstinada do homem, da rejeição do projeto de Deus em sua vida e no mundo. No diabólico, da fatal ignorância do humor de Deus da parte dos homens das mulheres, a qual o próprio Jesus fez referência do alto da cruz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Quando a luz e a força de sua obediência ao Pai e com a sua solidariedade aos homens Jesus ao alto da cruz ilumina e redime as trevas e o fechamento do pecado. No entanto, Deus pai testemunha Pedro ressuscitou seu filho Jesus e, justamente, aqui se revela de forma evidente incontrovertível que Deus é Pai, Santo, onipotente e misericordioso que dá vida aos mortos e chamam a existência as coisas que não são”.
O Núncio destacou ainda que é preciso construir nos nossos corações, o ambiente natural para que os fieis possam encontrar no próprio testemunho, o Cristo que é vida, paz e amor.
“Sejamos cada um de nós, cuja responsabilidade é grande, estas pessoas capazes de testemunhar com a própria vida a presença de Cristo no mundo, uma presença que é salvadora, uma presença que reconciliar, uma presença que ama”.
Encerrando sua homilia pediu a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para que rogue a Deus pelo povo brasileiro, pela igreja e pelo povo peregrinante aqui na terra.
“Queremos te pedir nossa Mãe que como você acompanhou seu filho, acompanhe cada um de nós, nas nossas responsabilidades, nem sempre fácil, mas cheio de consolação quando podemos apresentar aos outros seu Filho”.
Os trabalhos da 55ª Assembleia Geral da CNBB continuam hoje (27) no Centro de eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.
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2º dia de coletivas aborda

Tema Central, Conferência de Aparecida e Educação


O segundo dia de Coletivas de Imprensa da 55ª Assembleia dos Bispos do Brasil trouxe como temáticas o tema central da assembleia, os 10 anos da Conferência da Aparecida e o projeto “Pensando Brasil” que aborda neste ano o tema da educação.
Na conversa com os jornalistas a coletiva teve a presença do Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), Dom Joel Portela Amado, o Arcebispo coadjutor de Montes Claros (MG), Dom João Justino de Medeiros e o Bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Brustolin.
Tema Central preocupa-se com transmissão da Fé
Dom Leomar destacou a preocupação do episcopado com o tema da iniciação da vida cristã. Ele abordou algumas preocupações, por exemplo, como a questão da transmissão da fé às novas gerações e a grande preocupação da Igreja em formar não só adeptos, mas discípulos. “É preciso avaliar e dizer quais caminhos retomar”, disse.
Dom Joel Portela - Dom João Justino - Dom Leomar Brustolin
Para tal a missão dos bispos é traduzir toda a linguagem que for técnica de forma acessível e concreta para a pastoral, por isso o texto tem sido encarado por uma comissão, que constatou que muitas paróquias do Brasil já conhecem a iniciação da vida cristã, mas também o fato de que muitas ainda não chegaram neste ponto, e por isso, o texto visa uma retomada dessa caminhada. “Percebeu-se que o texto deveria ser conciso e que fosse dirigido a um público que seria os catequistas em primeiro lugar, com linguagem acessível, direta e com mudança de prática. Uma renovação paroquial, não é uma reforma de catequese, mas uma conversão pastoral de toda comunidade para acolher, inserir, e comprometer os novos cristãos”.
Conferência de Aparecida pode ser traduzida como conversão pastoral
Ao falar dos 10 anos da Conferência de Aparecida, Dom Joel revela que não é simplesmente momento de fazer memória, mas refletir o quanto ele é importante. Para ele é importante saber que o Documento de Aparecida é uma mudança não no sentido de como a Igreja se anuncia, mas como exerce sua missão.
Ele também refletiu sobre a questão da transmissão da fé, que assim como tem sido refletida nesta assembleia, também já se apresentava no Documento de Aparecida, o que mostra uma igreja preocupada em cumprir a missão. “Aparecida também assume publicamente que não é mais tão tranquila a transmissão da fé naqueles que foram durante séculos os mecanismos tradicionais de transmissão e propõe recomeçar a partir de Jesus Cristo”, aponta.
Um aspecto relevante é o fato de não pressupor que Jesus seja conhecido pelas pessoas, mas apresentar a pessoa de Jesus e ajudar a tirar consequências disso. Aparecida mostra que esses 10 anos precisam de mais tempo, porque tudo se transforma com rapidez absurda, no mundo econômico, social, político e cultural. O que servia pra fazer a ponte entre fé e vida foi se mostrando frágil”, disse.
O Bispo auxiliar do Rio de Janeiro também lembrou que o Cardeal Bergoglio foi o presidente da comissão de redação do documento. “Ali tem o suor, o emprenho e o esforço daquele homem”, relembrou.
Dom Joel finalizou dizendo que é preciso encontrar uma série de riquezas no Documento de Aparecida e que significa que ainda existirá muito tempo de mergulho em detalhes do documento. “Aparecida precisa ainda de muito tempo para ser assimilada”.
Propostas para uma educação enfraquecida
Dom João Justino encerrou o dia de coletiva apresentando o quarto ano do projeto Pensando Brasil, que nasceu para ser um espaço de contribuição na sociedade a partir da experiência da Igreja em temas que tocam a sociedade.
Atualmente tem sido trabalhado e pensado uma educação que cuide da pessoa em todas as dimensões humanas.
Ele mostrou aspectos relevantes que mostram um aumento no acesso a escola, mas que também traz o desafio da permanência. Segundo o bispo há um enfraquecimento da educação. “A escola tem de ser responsabilidade de todos”, citou.
O bispo também criticou as contínuas reformas na educação que não visam um processo de continuidade.
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                                                                                                                    Fonte: a12.com

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