sexta-feira, 10 de março de 2017

Frei Cantalamessa em pregação da Quaresma:

Proclamamos o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo

Cidade do Vaticano (RV) – Frei Raniero Cantalamessa, Pregador oficial da Casa Pontifícia, fez, na manhã desta sexta-feira, na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, a sua primeira pregação de Quaresma sobre o tema: “Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”, extraído da Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 12,3).
O Santo Padre não esteve presente nesta primeira meditação porque está participando dos Exercícios Espirituais de Quaresma, junto com a Cúria Romana, que se realizam desde o último domingo (5/3) e se concluem nesta sexta-feira (10/3), em Ariccia, nas imediações de Roma.
Pregações quaresmais do Frei Raniero Cantalamessa
O Frei Cantalamessa, Capuchinho e pregador oficial da Casa Pontifícia, desde 1980, deu seu testemunho pessoal em sua pregação quaresmal de hoje falando sobre o Espírito Santo que nos introduz no conhecimento do mistério de Cristo.
Desta forma, o Padre Cantalamessa dá continuação à pregação sua de Advento, ou seja, sobre “o Espírito Santo permeia toda a vida da Igreja e seu anúncio”. Agora, nestas sextas-feiras de Quaresma, ele procura aprofundar o papel do Espírito Santo na Morte e Ressurreição de Cristo.
Neste sentido, o Pregador aborda os diversos aspectos do Espírito Santo em relação a Jesus: testemunho, conhecimento e pessoa de Cristo.
Ao longo dos séculos, continua-se a falar de Jesus como o Senhor: “Nosso Senhor Jesus Cristo” ou “Jesus é o nosso Senhor? São duas coisas diferentes. Uma coisa é dizer “Nosso Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Pai” e outra “Jesus Cristo é o nosso Senhor, a glória de Deus Pai”.
Hoje, não pronunciamos somente um Nome, mas fazemos a sua profissão de fé. Ao proclamarmos o nome de Jesus Cristo imergimos no conhecimento de Cristo ressuscitado e vivo. Aqui, Cantalamessa retomou as palavras do Papa Francisco na Evangelii gaudium:
“Convido todo cristão, em qualquer lugar ou situação que se encontrar, a renovar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de deixar-se encontrar por Ele, a procurá-lo todos os dias, sem cessar! Este é um convite para todos os cristãos”. (MT)
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Papa Francisco agradece
a Pe. Michelini pela pregação dos Exercícios espirituais

Ariccia (RV) - Os Exercícios espirituais da Quaresma propostos ao Papa e à Cúria Romana chegaram ao final na manhã desta sexta-feira (10/03) com a nona meditação feita pelo pregador do Retiro, Pe. Giulio Michelini.
Tomando a palavra após a meditação que teve como tema “O túmulo vazio e a Ressurreição” segundo o Evangelho de São Mateus, o Pontífice agradeceu ao frade menor pela naturalidade e a preparação com a qual os guiou na reflexão fazendo-lhe votos de que, sobretudo, continue sendo um bom frade.
A página final de Mateus, a da Ressurreição – que esteve no centro da reflexão desta sexta-feira –, é finalmente uma página de respiro que revela o mistério cristão, comentou Pe. Michelini.
Após a dor e a Paixão não se encontra o fim, mas um novo início, que é a Ressurreição. Mas como anunciá-lo ao homem de hoje?
Papa Francisco agradece
ao pregador do Retiro espiritual, Pe. Giulio Michelini
Àquele homem que se mostra ainda emblematicamente como o protagonista da história de Franz Kafka nas Metamorfoses, Gregor Samsa, que acorda um dia transformado em inseto, sozinho, fechado em si mesmo, ansioso e sem laços de afeto com a família? É preciso partir novamente de Jesus homem e da sua mensagem:
“A Ressurreição indica uma novidade real de Cristo em relação ao Jesus histórico, claro; o seu corpo é um corpo pós-pascal. Mas é uma novidade que é antecipada nos sinais históricos de Jesus pré-pascal. E onde quero chegar, com esta minha tentativa de resposta? Que quando ouvimos dizer que ressuscitou, podemos partir novamente do homem Jesus, de Jesus da Galileia, cuja mensagem é de libertação do homem.”
Portanto, uma mensagem de libertação para o homem de hoje que pode chegar até ele mediante dois caminhos, ambos ressaltados e ilustrados pelo Papa Francisco: o empenho cultural no aprofundamento das Escrituras e em sua nova explicação e o caminho da caridade.
“Esforçar-nos para entender melhor aquilo que os 27 Livros do Novo Testamento, e os outros Livros do Antigo Testamento querem dizer, e para que possamos explicá-los novamente, mediante – naturalmente – a vida da Igreja, a Liturgia, a homilia que é o centro de tantos números da Evangelii Gaudium, mas através também do empenho cultural. Mas outro caminho, se pudéssemos abrir o quarto onde Gregor Samsa está trancado, é o da caridade. Se Gregor Samsa ao invés de ficar ali, num esquálido quarto fechado – entenderam? Quero dizer: é um túmulo! –, se fosse socorrido por alguém, teria reencontrado a sua humanidade. Ao invés de inseto, talvez tivesse podido reconhecer algum traço de seu corpo humano.”
No Evangelho segundo São Mateus o anúncio da Ressurreição é dado pelo Anjo. O frade menor partiu daí para ressaltar que não basta o túmulo vazio, deve-se falar da Ressurreição, a mensagem de Cristo Ressuscitado deve ser anunciada.
As palavras de Mateus evidenciam também outra dimensão da Ressurreição, o perdão. Jesus Ressuscitado quer encontrar os onze discípulos e os chama de “irmãos”, perdoou-os por tê-lo abandonado; e os encontra na Galileia, “prostrados” e, ao mesmo tempo, “cheios de dúvidas”.
No entanto, aproxima-se deles, e a narração de Mateus conclui-se com as palavras: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”. Verdadeiramente, concluiu Pe. Michelini, este é o “modo de fazer de Deus”, cuja Palavra é “capaz de iluminar nossos limites e transformá-los em oportunidade”:
“O Pai de Jesus Cristo aproximou-se de nós através de sua Palavra e o seu Filho que, de fato, no Evangelho segundo São Mateus é chamado ‘Emanuel’, o Deus-conosco. E o Evangelho de Mateus termina assim: ‘Eu estarei convosco, Emanuel, até o fim dos tempos’. Trata-se do maior recurso que temos, apesar das nossas dúvidas e da nossa parte ruim e dos nossos pecados.” (RL/GC)
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Papa retorna ao Vaticano e faz doação aos pobres de Aleppo
Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre retornou ao Vaticano às 11h30 desta sexta-feira, depois de ter concluído os Exercícios Espirituais. Nesta manhã, Francisco celebrou a Santa Missa em Ariccia pela Síria e enviou 100 mil euros aos pobres de Aleppo, graças à contribuição da Cúria Romana. A doação será feita através da Esmolaria Apostólica e da Custódia da Terra Santa.
No final da tarde de hoje às 17h, hora de Roma, o Papa se dirigirá ao Vicariato de Roma para se encontrar com os párocos prefeitos da Diocese. Trata-se de um encontro privado, que faz parte da prática normal da vida da Igreja. (SP)

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