quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sábia reflexão

A Boa Nova da família

A Igreja tem um modelo próprio de família. Proclama-a como boa nova para a humanidade. E o faz por duas razões:
Primeiro, porque se trata de uma obra de Deus. De fato, o ser humano não foi criado por Deus como indivíduo, mas como casal. Criou-o homem e mulher, declarando não ser bom o homem viver só.
Segundo, porque a família é fonte de graças e de vida. Está baseada num sacramento, sinal eficaz e permanente das graças divinas, não só para garantir sua unidade e indissolubilidade, mas também para proporcionar felicidade a seus membros e amparar a vida que nela se gera.
Família: caminho para a plena realização humana  e para a santidade
Podemos resumir esta boa nova no amor. Envolve aconchego, carinho e convivência. Vem por isso definida como Igreja doméstica. São João garante que quem ama conhece Deus, o que equivale a dizer que faz uma experiência de Deus e, consequentemente, tem junto de si, uma presença contínua para o amparo, o incentivo e a felicidade. Jesus prometeu que estará presente onde dois ou mais estiverem reunidos em seu nome. Por isso, antes de instaurarem sua convivência matrimonial, que se deseja estável e consistente, o casal cristão vai à Igreja para buscar esta presença inefável e carinhosa.
A boa nova da família se concretiza no relacionamento familiar. O ser humano não é indivíduo, mas família. Retrata e concretiza quatro relações fundamentais, simbolizando o mistério da SS. Trindade: conjugal, paterna, filial e fraterna, concretizadas nas pessoas queridas dos esposos, dos pais, dos filhos e dos irmãos. É neste aconchego que a vida humana se desenvolve e realiza. Pessoa quer dizer relação. Quanto mais alguém se relaciona, mais pessoa é e, inversamente, quanto mais se fecha sobre si mesmo, mais indivíduo e menos pessoa se torna.
A Igreja proclama a boa nova da família. O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consotio, garante que o futuro da humanidade passa pela família. Evidentemente trata-se do modelo da família que a Igreja propõe, baseada na Revelação divina. Por isso o Papa Bento XVI declara este modelo de família patrimônio da humanidade. Significa que deve se investir nela para preservá-la e promovê-la.
A promoção da família envolve quatro atitudes básicas: Primeiro é preciso amá-la. É o que temos de mais precioso em nossa vida. Merece nosso tempo e dedicação. Segundo, o dever anunciar esta boa nova à humanidade como modo sublime de convivência e de realização humana. Terceiro, a preparação para ela, para que produza os devidos frutos de convivência e de fecundidade. Quarto, o amparo às famílias em crise, para que recuperem seu ideal original e voltem ao primeiro amor, realizem seu primeiro sonho em toda a sua profundidade e se relacionem de modo cada vez mais profundo e amoroso, no plano do amor conjugal, da paternidade responsável e da fraternidade acolhedora. 
Creio na família
Creio, Senhor, na família: tal como saiu de vosso projeto criador, fundada sobre a rocha do amor eterno e fecundo. Vós a escolhestes como vossa morada entre nós, vós a quisestes como berço da vida.
Creio, Senhor na família: também quando em nossas casas entra a sombra da Cruz, quando o amor perde seu fascínio originário, quando tudo se torna árduo e penoso.
Creio, Senhor, na família: como sinal luminoso de esperança em meio à crise de nosso tempo; como fonte de amor e de vida. Como contrapeso das muitas agressões do egoísmo e da morte.
Creio, Senhor, na família: como meu caminho para a realização humana plena, como minha vocação à santidade, como minha missão para transformar o mundo à imagem de vosso Reino, Amém. (E. Masseroni)
                               Dom Dadeus Grings - Arcebispo Emérito de Porto Alegre
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                                                                                                    Fonte: a12.com

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