mais catequese e menos debate!
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Em 1956, no seminário de Corupá , SC , aprendi do Pe.
Tarcísio Raucholz, scj, que, primeiro, eu deveria passar por Jesus no sacrário
ao entrar na igreja. Depois, eu poderia fazer minhas outras devoções.
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Ele me orientou, oito antes anos antes do Concílio, a pôr a
Eucaristia primeiro. Tínhamos Jesus no sacrário, bem ali, no fim do corredor!
A primeira visita seria para o Coração de Jesus. Eu queria
ser padre scj ... (Dehoniano)
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Assim fiz e faço até hoje. Eu ia, primeiro ao sacrário e só
depois a Nossa Senhora e São José.
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Sei que muitos padres e leigos fazem o caminho inverso. Mas
espiritualidade é isto. A pessoa escolhe como conversar com os do Céu.
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Quando vou a qualquer templo católico, vou primeiro ao
sacrário e, só depois, aos altares laterais.
Resumindo: sou padre católico formado em outra fonte de espiritualidade.
Os outros tiveram outros mestres.
Sempre vou diretamente a Jesus no sacrário, e só depois, vou
agradecer também à Maria e aos santos.
Como ainda não tenho em casa, as imagens de São João XXIII,
nem São Paulo VI, nem São João Paulo II nem de Santa Tereza de Calcutá, eu olho
as suas fotos. Tais efígies não são muito comuns nas lojas católicas. A devoção
aos santos do Concílio ainda não colou.
Até porque os pregadores de internet divulgam outros santos,
e raramente falam do Concílio e dos santos que estiveram nele e o lideraram.
As devoções da TV e da Internet são outras. Eles tiveram e
escolheram outros mestres! Eu também escolhi.
Meus santos especiais de quem sou devoto desde rapaz, são a
Santa Mãe de Jesus, São José, São Paulo, São Domingos Sávio, Santa Maria
Goretti e, claro, agora, os santos Conciliares, o mártir e apologista São
Justino e Santo Agostinho.
Estes são especiais para mim.
Já me deram um quadro de Santa Dulce dos Pobres e, de vez em
quando eu o contemplo na minha sala, pois tive a graça de tê-la como amiga.
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Escrevo isto para ensinar o que aprendi antes dos meus 18 anos.
Eu posso, mas não “tenho” que rezar primeiro a Maria, São José e aos santos.
Posso tranquilamente ir primeiro ao sacrário, e conversar
com Jesus, sem passar primeiro por Maria. Nem tudo passa por Maria, como diz
certa canção que me enviaram estes dias!
A mãe do Cristo não brigará comigo por isto! Ela sabe que a amo.
Não teria feito 85 canções para ela se não a amasse.
Mas foi ela quem primeiro orientou o mestre-sala e os
organizadores daquele casamento a irem a Jesus.
Mãe atenta, ela percebeu a situação dos recém casados e se antecipou:
MEU FILHO ESTÁ ALI. FALEM COM ELE.
Mas,
1 - para alguns é normal um católico ir primeiro ao sacrário
2 - e para outros, primeiro lhes parece normal ir primeira as
imagens ou efígies dela.
3 - Maria não está naquelas imagens, mas o filho dela está
naquele sacrário!
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O gesto mostra que tipo de catequese recebemos. Tudo depende
das escolas de espiritualidades que frequentamos.
É claro que devemos amar muito a Maria, mas é bom saber que
na missa, do começo ao fim, o correto é conversar com o Pai. Está claro na
teologia católica.
Há padres que terminam a missa rezando uma Ave Maria. Eu
também às vezes faço. Mas faço isto, porque naquela hora, a missa já terminou.
A liturgia da missa católica, do começo ao fim é trinitária
e cristocêntrica.
Errou o celebrante que depois da consagração invocou São
Miguel Arcanjo.
Erra o outro que depois, do sermão todos os dias reza uma
Ave Maria. É devoção dele, mas não é prescrição da Missa!
O padre não celebra a missa dele. A missa é do Povo de Deus,
e é dirigida ao Pai. É por isso, que o celebrante conclui “Por Cristo, com
Cristo e em Cristo, A VÓS, Ó PAI…”.
Quem aprendeu diferente terá dificuldade de mudar, por achar
que isto é desmerecer Maria. Ao contrário, colocar o Filho em primeiro lugar é
obedecê-la!…
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