Espiritualidade e piedade!
Pe. Zezinho, scj |||||||||||||||||||||||||||||||
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Minha mãe rezava muito. Era muito piedosa. Conversava com o “o coração de Jesus”, com o coração de Maria e com dois ou três santos.
Não sabendo ler, ela recitava um Rosário por dia. Um dia ela me perguntou o que era este negócio de espiritualidade. Uma das comadres era espírita!
Expliquei a diferença. A Espiritualidade Católica tem vinte séculos.
Sempre expliquei que os grandes místicos de todos os tempos tinham um trato com Deus; um trato com as pessoas que procuravam Deus; e percebiam as necessidades dos vizinhos. Dialogavam com Deus e com o mundo. Tudo isto era espiritualidade. Era mais do ser piedoso e três horas por dia.
Falei de São Paulo que ensinava aos Efésios (3,14-21) que havia mais para aprender sobre as dimensões da fé em Jesus.
Achou bonito, mas preferiu ficar com o terço e com o Sagrado Coração. Era mais simples para ela!…
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De fato, cultivar espiritualidade é mais do que recitar terços e passar horas orando e cantando num acampamento ou num templo.
Quem quer “ensinar” espiritualidade tem que estudar muito! Quem quer apenas vive-la nem de livros vai precisar. Minha mãe não sabia ler, mas levava a sério aquela fita do apostolado da Oração!
A História da Igreja está repleta de espiritualidade. São mais de 38 séculos de procura de Deus e 20 séculos de procura por Jesus.
Piedade pessoal é uma coisa, espiritualidade é outra! A gente aprende como os grandes santos encontraram Jesus.
Espiritualidade é um curso exigente em Faculdades católicas e ortodoxas. E entre evangélicos o curso em divinities (divindade) inclui anos de estudos!
Este assunto de ciência infusa. que muitos garantem ter recebido depois de alguma experiência mística num acampamento de oração, ainda não é espiritualidade cristã e católica.
Dizer que basta o fiel orar ao Espírito Santo que será atendido, no mínimo é ousadia.
Isto, se não for blasfêmia. Não se inventa revelações do Céu. Ou elas vêm de Deus ou o sujeito inventou!
A maioria das “revelações” jogadas na internet são daqui mesmo. Do Céu é que não são!
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