Mensagem às famílias no Encontro Mundial
das Famílias
Tema: “O amor familiar: vocação e caminho
de santidade”
No caminho sinodal proposto pelo Papa
Francisco, cada membro desempenha seu papel fundamental, unido aos demais. As
famílias, Igrejas domésticas, formam parte deste caminho oferecendo-se como
âmbito de “comunhão, participação e missão”, palavras-chave do processo
sinodal. Entretanto, se por um lado, é necessário “despertar” as famílias,
torná-las conscientes do dom que elas mesmas são para a Igreja; por outro lado,
é importante que a Igreja aprenda a aproveitar os dons que o Espírito Santo
concede à família, reconhecendo-a como protagonista da evangelização: as
famílias devem ser “Igrejas domésticas e fermento evangelizador na sociedade”
(AL 290).
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Dom Félix |
“A família cristã é chamada a tomar parte
viva e responsável na missão da Igreja de maneira própria e original, isto é,
pondo a serviço da Igreja e da sociedade seu próprio ser e agir, enquanto
comunidade íntima de vida e de amor” (FC 50). “Se a família cristã é
comunidade, sua participação na missão da Igreja deve realizar-se segundo uma
modalidade comunitária; juntos, pois os cônjuges enquanto casal e os pais e os
filhos enquanto família hão de viver seu serviço à Igreja e ao mundo” (FC 50).
“Quanto mais cresce nos esposos e pais cristãos a consciência de que sua
família, “Igreja doméstica”, é participante da vida e da missão da Igreja
universal, tanto mais poderão ser formados os filhos no ‘sentido de Igreja’ e
sentirão toda a beleza de dedicar suas energias a serviço do Reino de Deus”
(ChL 62).
Infelizmente, “há tristes situações de
violência familiar que são caldo de cultivo para novas formas de agressividade
social, porque as relações familiares também explicam a predisposição a uma
personalidade violenta. As famílias que influem para isso são as que têm uma
comunicação deficiente; nas que predominam atitudes defensivas e seus membros
não se apoiam entre si; nas que não há atividades familiares que propiciem a
participação; nas que as relações dos pais são conflituosas e violentas; e nas
que as relações paterno-filiais se caracterizam por atitudes hostis” (AL 51).
“Destaco a vergonhosa violência que às vezes se exerce sobre as mulheres, o
maltrato familiar e distintas formas de escravidão que não constituem uma
amostra de força masculina, mas uma covarde degradação. A violência verbal,
física e sexual que se exerce contra as mulheres em alguns matrimônios
contradiz a natureza da união conjugal” (AL 54).
Daí a importância da Pastoral Familiar, que
tem como meta uma adequada e constante evangelização da família para que,
educada no amor, possa cumprir seus deveres gerais: a formação de uma
comunidade de pessoas; o serviço à vida; a participação no progresso da
sociedade; a participação na vida e missão da Igreja. Por isso, ela se destina
a toda pessoa humana, seja qual for sua situação familiar. Visa promover a
inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa e de toda família,
bem como motivar as lideranças cristãs e as comunidades eclesiais nessa missão
de evangelizar e promover humana e socialmente a pessoa e a família tendo em
vista a construção de uma sociedade ética, pacífica, justa e solidária.
Recebam o meu abraço fraterno e a minha
bênção apostólica! Fiquem com Deus!
Dom Antônio Carlos - Bispo de Governador Valadares - MG
.................................................................................................................................................. Fonte: cnbbleste2.org.br
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