"Uma guerra sempre é a derrota da humanidade: sempre!"
Palavras do Papa Francisco sobre a guerra
na Ucrânia antes de iniciar o encontro com os participantes do Congresso da
Fundação Pontifícia Gravissimum Educationis.
Na manhã desta sexta-feira (18), no encontro com os participantes do Congresso da Fundação Pontifícia Gravissimum Educationis, antes de iniciar seu discurso oficial, o Papa Francisco fez uma reflexão oficiosa de alguns minutos sobre a guerra na Ucrânia, respondendo a uma carta que havia sido lida pouco antes e foi escrita por Yurii Pidlisnyi, chefe da Comissão para a família e os leigos da Igreja Greco-Católica Ucraniana, chefe da Cátedra de Ciência Política da Universidade Católica Ucraniana e chefe de nosso projeto "Educação em um mundo fragmentado".
“Estamos acostumados a ouvir notícias de
guerras, certo, mas muito longe. Síria, Iêmen ... habituais. Agora que a guerra
está perto, ela está na nossa casa, praticamente, e isto nos faz pensar na
selvageria da natureza humana, até onde somos capazes. Assassinos de nossos
irmãos. Obrigado, Dom Thiviet, por esta carta que o senhor trouxe, que é um
chamado, ela chama a atenção para o que está acontecendo. Falamos de educação,
e quando pensamos em educação pensamos em crianças, jovens... Pensamos em
tantos soldados que são enviados para o front, muito jovens, soldados russos,
pobrezinhos. Pensamos em tantos jovens soldados ucranianos, pensamos nos
habitantes, nos jovens, nos meninos, nas meninas ... Isto acontece perto de nós.
Somente o Evangelho nos pede para não olhar para o outro lado, que é
precisamente a atitude mais pagã dos cristãos: quando um cristão se acostuma a
olhar para o outro lado, ele lentamente se torna um pagão disfarçado de
cristão. É por isso que eu quis começar ente encontro com esta reflexão. A
guerra não está longe: ela está perto da nossa casa. O que eu estou fazendo?
Aqui em Roma, no Hospital Bambin Gesù, há crianças feridas pelos bombardeios.
Levá-los para casa. Devo? Faço jejum? Faço penitência? Ou eu vivo
despreocupado, como normalmente vivemos em guerras distantes? Uma guerra sempre
- sempre! - é a derrota da humanidade: sempre. Nós - os instruídos, que
trabalhamos na educação - somos derrotados por esta guerra, porque por um lado
somos responsáveis. Não existem guerras justas: não existem!”.
.................................................................................................................................................. Fonte: vaticannews.va
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